Love Me Wrong

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— Você e Steve tiveram um... um relacionamento?

Natasha sentou-se e respirou fundo. Hora de mais uma meiaverdade.

— Olhe, Nick, a verdade é que... bem...
— Natasha, se vocês estão namorando, deveria ter me contado antes.

Steve estava sério.

— Não! Eu teria... isto é, não estou namorando com ninguém. Mas... mas ele é o homem que ficou preso no elevador comigo.

Confessou ela finalmente.
Nick a observou, boquiaberto. Então conseguiu falar.

— Por que não me contou da primeira vez que eu lhe disse o nome dele?
— Porque eu não sabia o nome dele. Só sabia que era Steve. E não o vi desde aquele dia.
— Por que ele não reconheceu você quando entramos no escritório de Karl?
— Meus cabelos estavam presos e eu estava bem diferente. E passamos a maior parte do tempo no escuro. Ele provavelmente teria reconhecido minha voz se eu... Bem, de qualquer forma, ele me identificou em algum
momento, mas não disse nada até que estivéssemos sozinhos.
— O que ele falou?
— Ele quis conversar sobre isso, mas eu insisti que deveríamos ir direto aos negócios.

Assegurou ela, esperando poder remover o suor que brotava em sua testa.

— Conversar? Sobre o quê?

Natasha rezou por uma divina intervenção, mas nada aconteceu.

— Humm... Acho que ele queria certificar-se de que eu havia me recuperado.
— Você tem andado de elevador desde o incidente, Natasha?
— Sim, claro. Todas as manhãs e todos os finais de dia.
— Certo.

Nick pegou o cartão sobre a mesa e o entregou para Natasha.

Quando ela o pegou, ele explicou.

— É o cartão de Steve. Ele pós o telefone residencial no verso e pediu que você ligasse à noite para combinarem um horário melhor para os dois.
— Ligar para a casa dele?

Perguntou Natasha, aumentando o tom de voz.

— Sim. Eu disse que você ligaria. Algum problema?
— Não, claro que não. Posso ir na empresa dele antes de vir para cá amanhã? Assim não precisarei subir duas vezes.
— Claro. Você quer ir ao médico para ver esse pânico por elevadores? Eu deveria ter lhe oferecido isso antes. Um psicólogo, talvez.
— Não! Foi apenas um incidente, Nick. Estou bem.
— Certo. Mas se você estiver com algum problema, qualquer tipo de problema, avise-me. Está me escutando?
— Sim, Papai Urso, estou ouvindo.

Brincou Natasha com um sorriso.

(...)

Alice insistiu para pegar o elevador com Natasha quando encerraram o expediente e até mesmo se ofereceu para descerem de braço dado, se isso pudesse ajudar.

— Obrigada, Alice. É muita gentileza sua, mas estou realmente bem. Obrigada por tudo que fez por mim esta tarde.
— Não tem de quê. Todos os meus filhos já saíram de casa e sinto falta de cuidar de alguém.

Assumiu Alice, dando-lhe um beijo de boa-noite quando elas chegaram ao térreo. Natasha foi para casa pensando em uma forma de contar tudo para sua mãe.

Não havia uma maneira simples de contar aquilo.

— Natasha?

Chamou sua mãe quando ela entrou na casa simples no subúrbio.

— Você chegou cedo hoje. Normalmente trabalha muito mais horas que o período normal. Está tudo bem?
— Tudo, mamãe.

Respondeu Natasha, beijando-a no rosto. Só as duas viviam na casa agora. A segunda filha, Yelena, tinha se casado e morava em Topeka, Kansas.

Touched On EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora