Steve normalmente adorava seu trabalho. Gostava de construir alguma coisa, sabendo que quando terminasse, lá haveria um edifício onde as pessoas poderiam morar ou trabalhar.
Mas aquele fora um dia que ele gostaria de poder apagar de sua vida.
Naquele dia, perdera um amigo. Ele e James Buck se conheceram quando Steve decidira seguir seu próprio rumo. Convidara Buck para serem sócios nos negócios. Buck recusara, não desejando investir suas economias em uma pequena empresa, mas concordara em ser o cabeça na parte de contabilidade.
Bem, então, ele tinha sido o departamento de contabilidade inteiro. Depois de cinco anos, Steve oferecera novamente a oportunidade para
Buck de tornar-se sócio da empresa.Sentia-se mal por estar ganhando tanto dinheiro e Buck, apesar de um bom salário, não estava incluso nos lucros da empresa. Porém ele recusara mais uma vez.
Quando Steve se casou, os dois casais estavam sempre juntos. Buck tinha filhos e Steve era o padrinho. Suas vidas eram totalmente interligadas.
E, de acordo com os contadores que o acompanharam ao escritório de Buck, Steve estava sendo lesado em grandes somas pelos últimos cinco anos.
Quando ele confrontara Buck, o homem não se desculpara. Alegara que merecia o dinheiro.
Não acreditava estar fazendo nada errado.
Os contadores sugeriram que Steve demitisse Buck, mas ele não sabia se seria capaz disso. Havia trocado as fechaduras, fechado sua conta no banco e aberto uma outra nova em outro banco. O nome de Buck então fora removido do livre acesso à conta da empresa.
Depois da reunião com Buck, tentando convencer-se de que queria apenas saber se Natasha havia executado alguma parte a mais do projeto, ele se dirigiu para o escritório de Karl Zor-El. Steve desceu do elevador no décimo sexto andar.
Eram quase seis da tarde, mas esperava que Natasha ainda estivesse lá.
Ligara para sua residência e a mãe dela o informara de que ela trabalharia até mais tarde naquele dia. Era sexta-feira.
O escritório estava quase vazio quando ele entrou no departamento de Projetos Especiais, exceto por uma bonita mulher. Estava sentada à sua mesa, a cabeça baixa, trabalhando.
— Natasha?
Ela levantou-se apressadamente.
— Você... você me deu um susto!
Exclamou ela, recostando-se na cadeira.
— O que você precisa, Steve?
— Você falou com Karl?
— Sim, claro. Está... Foi tudo bem?
— Acho que sim. Como pode estar tudo bem quando um amigo que você confia lhe apunhala pelas costas?
— Karl pediu para dizer-lhe que ele sente muito e que vamos fazer o melhor possível para ajudá-lo nessa história.Ele fitou aqueles lindos olhos verdes, sentindo a cumplicidade que havia neles. Sabia que nunca ganharia a cumplicidade de sua própria família. Oh, eles se lamentariam imensamente pela perda do dinheiro, mas não pela perda de um amigo.
Jamais entenderiam. De alguma forma, ele sentia que Natasha o compreendia.
— Foi horrível.
Steve murmurou, com uma expressão de tristeza. Ele a ouviu se mexer, mas não levantou os olhos, Então Natasha tocou-lhe o braço.
— Imagino que deve ter sido mesmo. Ele mostrou arrependimento?
— Não, nada. O tempo todo, pensei que ele fosse um bom amigo. Confiava nele!Steve aumentou o tom de voz, quase perdendo o controle, mas parou e respirou fundo.
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Touched On Eyes
FanfictionNo instante em que Natasha ouviu a voz dele, soube que Steve Rogers era o homem do elevador. Por semanas, ficou pensando naqueles braços fortes e na delicadeza de seu toque. E após o explosivo reencontro, ambos estão trabalhando juntos! Mas não sa...