Just The Way You Are

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— Boa ideia. Você sabe que ela conhece minha agenda melhor que eu.

Adicionou ele de modo amistoso. Com um aceno de cabeça para Steve, ela começou a sair.

— Ligo para você mais tarde.
— Ah... claro.

Era tudo que ela precisava. Mais um contato com Steve naquele dia. Pelo menos não aconteceria num elevador.

— Eu a coloquei em apuros?

Perguntou Steve, depois que eles voltaram a se sentar.

— Não, claro que não. Mas ela é nova para estar com toda essa responsabilidade. Nunca atendeu grandes contas e então nunca precisou estender convites para nossos clientes. Eu deveria ter pensado nisso antes.
— Você deveria tê-la visto com minha equipe hoje, Karl. Eles estavam mansos como carneirinhos perto dela. Nunca vi nada como aquilo.

Acrescentou Steve, tentando certificar-se de que não prejudicara a reputação de Natasha.

— Ela é uma mulher bonita. Nós, homens, tendemos a reagir a esse fator. Mas, você sabe, será um pouco estranho se... ela levá-lo para sair como cliente. Afinal, ela é inexperiente nesse tipo de coisa.

Steve dirigiu um olhar afiado a Karl.

— O que você está querendo dizer?
— Que isso não deixa de ser um problema. Eu realmente não havia pensado a respeito porque meus gerentes são todos homens, exceto uma, mas ela é casada e normalmente inclui o marido nos jantares de negócios.

Steve levantou a mão, detendo-o.

— Eu não passaria dos limites, Karl. Não em um jantar de negócios. Ela é bonita, claro, mas conheço muitas mulheres bonitas. E nunca tive
uma reclamação.
— Eu sei. Não quis dizer que você faria algo errado. Mas seria melhor que Nick os acompanhasse.
— Ou eu poderia convidar minha mãe para nos acompanhar.

Sugeriu Steve, sarcasticamente.

— Não é uma má ideia.
— Isso prova que você não conhece mesmo meus pais.
— Não, não conheço, mas a ideia foi sua. Nós, homens, temos que ser cuidadosos atualmente para não causar a impressão errada. Houve tempos em que pensei em levar Lena para jantar quando trabalhávamos até tarde. Qual a diferença entre isso ou pedir uma pizza aqui? Mas... mas não fomos...

Ele parou e respirou fundo.

— Sim, entendi a situação, Karl. Não se preocupe.

Ele sorriu, pegou o café e o tomou.

— Bem, melhor eu ir trabalhar.

Despediu-se ele, apertando a mão de Karl. Parecia que o único lugar que estaria sozinho de novo com Natasha seria o elevador.

E ela não gostava nada daquilo.

(...)

Lena marcou a reunião de Natasha com Karl para as duas e meia. Ela mal almoçou, pois ficou com medo de comer e passar mal no momento inoportuno.

Comentou com Nick sobre a reunião D e ele ofereceu-se para acompanhá-la, mas Natasha sabia que deveria encarar aquela conversa sozinha.

Se quisesse os benefícios de sua promoção, tinha de assumir as responsabilidades também.

Então delicadamente recusou a oferta de Nick. Chegou à sala de Lena alguns minutos antes.

— Olá, Lee. Não queria me atrasar. Posso esperar aqui?

Perguntou ela, apontando o sofá.

— Claro, Nat. Está tudo bem?
— Não tenho certeza. Acho que me comportei mal com o sr. Rogers hoje. Fui pega de surpresa. Espero que Karl me desculpe pela falta de experiência e não me acuse de incompetência.

Touched On EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora