018. Stay with me

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Edit 1: a musiquinha no topo é a que George, Jane, Sue e Emily cantaram no início da fanfic.
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SUSAN GILBERT:

Ninguém veio me ver ontem, ninguém apareceu hoje, mal respondem as minhas mensagens, nem o George que me manda mensagem por minuto tem ficado online, tem algo muito grave acontecendo e eu preciso saber o que é.

Alô, Maggie? É a Susan.

— Oi Susan, Boa tarde. Sinto muito pelo seu amigo — meu amigo?

Eu também.

— Ele era um ótimo rapaz, sinto muito que tenha falecido tão cedo. Espero que seu médico te libere para o sepultamento amanhã. Eu preciso ir agora, até depois, menina.

O que? O George morreu? MEU GEORGE? Não, isso só pode ter sido uma brincadeira de muito mal gosto. Só que a Maggie não brincadeira com uma coisa dessas, ainda mais sabendo que eu estou hospitalizada.

Entro na conversa com George e reparo que ele não fica on-line há quase 48h, algo de muito grave aconteceu porque aquele moleque nunca fica inativo. Minhas mensagens também não chegaram. Não, isso não pode ser real, o George não pode ter falecido, só pode ser um terrível engano.

Ligo a TV e o noticiário me choca, a notícia de que um jovem órfão foi assassinado com um tiro na cabeça é o assunto da cidade. O nome do garoto é... George? Que? Não!

Aperto o botão de emergência que havia ao lado da cama e rapidamente um enfermeiro aparece no quarto.

— Isso é mentira, né? — aponto para a tv

— Senhorita, você precisa se acalmar — ele desliga a tv e vira sua atenção para mim.

— É por isso que ninguém veio aqui? — as lágrimas começam a cair — por favor, não minta. George é meu melhor amigo, ou era... já não sei.

— senhorita Susan — se senta na cadeira perto de mim — o Doutor achou melhor que seus amigos e namorada não viessem falar com você, você não se recuperou do último trauma e contar uma coisa dessas agora só ia piorar tudo.

— Onde estão? Ainda é horário de visitas — digo aos prantos — se estiverem aí, por favor, permita que entrem, por favor!

— preciso pedir autorização ao seu médico, verei o que posso fazer para ajudar.

Ele sai na mesma velocidade em que entrou.

Então é verdade, George está morto, alguém o matou. Meu melhor amigo é o homem mais bondoso que conheço, não faz sentido nenhum alguém querer mata-lo. Ele reagiu a um assalto? São tantas dúvidas e nenhuma resposta.

Ouço batidas na porta que logo é aberta, consigo ver meus amigos com os olhos inchados e rostos abatidos.

— Cadê o George? — pergunto com o fio de esperança que me resta.

— Amor, o George... — Emily não consegue completar a frase.

— Susan — Austin diz chorando — O meu namorado ele... ele morreu.

Emily abraça Austin e logo depois todos os outros fazem um abraço coletivo. Queria também os abraçar mas estou congelada, não consigo mexer um músculo voluntário, pra ser sincera, também não consigo respirar ou piscar os olhos. Estou completamente imóvel. Minha visão está embaçada, meus olhos estão queimando. George, meu George morreu. O mataram. Ele estava me ajudando no trabalho e alguém o matou. Aquele tiro era pra mim.

— É tudo culpa minha — digo aos prantos — ele estava trabalhando para mim, eu devia ter impedido, era só eu ter impedido.

Todos interrompem o abraço e me olham, eles estão confusos e eu também. A dor da culpa é demais para mim, provavelmente também é para eles.

— Amor, do que você está falando? — Emily diz confusa.

— A verdade! Ele só saiu porque me cobriu no serviço — ponho as mãos no rosto para abafar o choro.

— Hey, Sue, não diz besteira não — Jane diz vindo em minha direção — você por acaso apontou a arma na direção dele? — faço que não com a cabeça e ela me abraça — então você não tem culpa de nada. Nada! Me entendeu?

— O George não iria gostar de te ouvir falando uma loucura dessas — Joseph finalmente se pronuncia — ele faria qualquer coisa por você... por nós! Não se culpe, Sue, você jamais teria culpa disso. O culpado é quem fez aquela barbaridade — ele se aproxima e me abraça junto com Jane — o que podemos fazer agora é torcer para que a polícia encontre o ou a culpada. Falaram que talvez ele tenha reagido a um assalto.

— Sue, eu... eu não sei o que falar para te consolar — minha possível cunhada diz aos prantos — tudo o que eu sei é que o Georginho iria querer que a gente se unisse muito mais.

— É verdade — Austin diz entre lágrimas e risos e se aproxima de mim — ele me fez aprender a letra de uma música, vivia dizendo que nós não éramos irmãos de sangue mas que sempre estaremos unidos não importa o que aconteça — Austin se junta ao abraço e logo depois todos se juntam em um longo abraço coletivo.

— Eu amo vocês! — digo com dificuldade já que estou por baixo de todos eles.

— Eu amo vocês — dizem em uníssono.

Passamos algum tempo relembrando grandes momentos de George e até cantamos a tal música, essa música sempre me trouxe paz porque ela significa que você pode estar no fundo do posso mas sempre terá aquela pessoa ao seu lado não importa o que aconteça.

O tempo de vida do meu amigo pode ter acabado, infelizmente, mas eu sei que ele está cuidando de mim não importa onde esteja, sei também que cuidará dos que estão aqui agora. Somos uma família um pouco desengonçada e informal, nós somos o que somos e nada vai mudar isso. Podemos nunca ter realmente conhecido o amor fraternal mas quem precisa disso quando se tem o amor incondicional daqueles que realmente estão ao seu lado em todos os momentos?

Hoje realmente não tem sorrisos, não terão gargalhadas com as piadas de tiozão do George, hoje só tem lamentos. Eu sei que ele não quer tristeza mas é impossível ver felicidade quando se perde um ente querido, talvez um dia tudo melhore e a dor da perda seja substituída pelas boas memórias. Até lá tentarei me recordar do meu amigo com um sorriso no rosto, mesmo que meus olhos marejados revelem o contrário.

Eu te amo, George, e espero te encontrar em outras vidas!


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Nota: blz Nath, não me cobre att no Twitter hoje hein🫶

O Acaso - EmisueOnde histórias criam vida. Descubra agora