Capítulo 11

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Sigo para minha casa indo em direção a cozinha. O carro da minha mãe ainda não está na garagem, sinal que ela não voltou do trabalho ainda.

Jogo a minha bolsa na bancada de pedra da cozinha. Olho para o relógio pendurado na parede em cima da geladeira e ainda faltam cinco horas para meu expediente no Red Night começar.

Estou agitada demais, ansiosa para ir logo para o trabalho e ver se Christian estará lá hoje. Emy havia dito que ele vai lá todas as noites e torço para que ele vá hoje, mesmo meu subconsciente falando que isso é errado.

Vou até a pia e lavo minhas mãos. Preciso ocupar minha mente, então decido fazer algumas batatas assadas com coxa de frango.

Pego meu celular na bolsa e coloco minha playlist no spotify para tocar. Ligo o forno para que ele pré-aqueça e lavo algumas batatas ao som de "too good at Goodbys de Sam Smith". Divido elas ao meio e as reservo em uma tigela de vidro. Pego uma assadeira no armário de cima da cozinha e jogo azeite por toda superfície. Deposito as batatas limpas e picadas em cima do azeite jogando alguns temperos que eu encontro em minha frente. Limpo as coxas de frango temperando elas separadamente. Assim que eu finalizo o processo coloco elas na assadeira junto com as batatas. Jogo mais um pouco de tempero em seguida coloco a assadeira dentro do forno.

Vou até a geladeira e pego algumas verduras para fazer uma salada. Lavo tudo e pico calmamente dançando de forma estranha quando troca a música da Rihanna. Assim que finalizo limpo toda a bancada e decido não usar a lava-louça para limpar todos os utensílios que eu utilizei para fazer a comida. Pego a esponja macia e jogo um pouco de sabão líquido que é sugado pelos poros esponjosos. Lavo os pratos com cuidado e redobro minha atenção quando vou lavar a faca.

Quando finalizo tudo, olho para o relógio e se passou apenas uma hora. Pego meu celular novamente e desligo a música. Vou até a internet e busco por "mecânico" depois de alguns minutos consigo falar com um homem - não muito educado - e marco uma visita para hoje daqui uma hora. Decido então fazer meus deveres enquanto espero o frango ficar pronto.

Me sento na banqueta que fica na bancada de pedra da cozinha e tiro todos meus livros e começo fazer os deveres que são muito para o segundo dia de aula. Faço primeiro o dever de história, depois passo para o de física e em seguida de cálculo quando começo o dever de literatura - não sei o por quê, mas amo deixar o melhor para o final - pulo da banqueta ao escutar duas batidas fortes na porta da frente. Olho para o relógio e já são quase cinco horas da tarde.

Corro para atender e um homem moreno baixinho e rechonchudo espera na varanda olhando pela janela da casa. Ele veste uma calça jeans clara rasgada suja com o que parece ser graxa e uma camisa de botão branca com alguns tufos de pelos brancos em seu peito que saltam para fora da camisa um pouco aberta. Sua careca reluz a luz do sol que se põe lentamente, é possível ver algumas gotículas de suor em sua testa protuberante.

- Elizabeth Brown? - O homem gorducho fala com sua voz de trovão lendo um papel meio amassado assim que eu abro a porta.

- Sim.

- Sou o mecânico Eddie. Qual o problema com o carro?

Se eu soubesse não teria te ligado. - Penso.

- Ham... não sei bem. Ele parou de funcionar ontem.

- Você tentou ligar ele? - Ele pergunta sem paciência.

Sério? Esse cara é um mecânico mesmo?

- Sim.

- Vou dar uma olhada. Cadê a chave? - O mecânico pergunta estendendo suas grandes mãos sujas de graxa.

Querido Sr. Fisher - Um romance proibido [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora