Oiê gente , desculpa mesma a demora para postar os capitulos , essa história não está concluída mas ainda tem muita coisa dela que eu amo para postar. Espero que gostem !!!!
As bochechas rosadas queimavam mesmo na noite fria, por dentro das cobertas Arizona ainda sentia suas pernas bambas e seu coração acelerado.
“O que eu fiz?” ela se perguntava vendo as horas do relógio passar, no momento que fechava os olhos e sentia as mãos de Callie passarem por suas costas, seu centro latejava e ficava cada vez mais convidativo. “Controle-se Arizona, você sabe a gravidade dos seus atos.” Com certa dificuldade ela pega no sono prometendo silenciosamente uma visita a igreja assim que conseguisse uma folga das aulas.Callie POV
Com um livro em mãos e uma camisola que se escondia dentro de um roupão de seda ela se senta no sofá vermelho recém comprado. Ainda sentia o suor nas suas mãos, era quase inevitável não pensar em Arizona seu jeito meigo se assemelhava a uma criança, ingênua, mas as curvas que moldavam seu corpo passavam longe da infância. Não prestava atenção ao livro que estava fechado entre seus dedos. A noite soprava o vento que invadia o cômodo pela janela aberta e ia direto ao seu pescoço arrepiando seus fios de cabelo.
A porta se abrindo lhe tira de seus pensamentos.
-Achei que teria plantão hoje. A morena se levanta indo em direção ao marido que tinha seu paletó nas mãos.
-Me liberaram hoje,mas amanhã vou ficar a noite toda. Ele sela seus lábios ao dela rompendo o silêncio da sala.
Ela passa o braço em volta de seu pescoço tenso e aspira o perfume que já estava fraco.
-Senti sua falta. Mark a pega pela cintura sem muita cautela e a ergue à altura de seus olhos esverdeados.
-Também meu amor. Com os pés suspensos no ar ela toma os lábios para si deixando pequenas mordidas avermelhadas. -Deixei seu jantar dentro do forno, vou esquentar para você. Ela diz escapando dos braços fortes
-Não precisa, estou sem fome. Ele a puxa de volta a colocando entre suas pernas causando uma risada alta, com a ponta dos dedos ele desenha em seu rosto os contornos de seus ossos. Mesmo com a pouca luz ele conseguia ver os olhos amendoados que lhe encaravam.
-Linda. Ele diz perto de sua orelha beijando desde de seu lóbulo até sua boca.
Dando beijos mais intensos eles caminham até o quarto e só param para respirar quando Mark já está sem camisa. Ele se joga por cima dela e Callie sente o peso do corpo musculoso em cima de si.
Seu relacionamento com Mark na maior parte do tempo funcionava bem, eles eram casados a sete anos e a parte que mais se davam bem era na cama. Se entendiam facilmente com o olhar, não se ouvia muito na cama apenas a respiração acelerada e alguns gemidos abafados da morena que se apertava no pescoço rígido.
O sol ainda não havia saído quando Callie sentiu a cama se mexer do seu lado. Ela abre os olhos ainda se acostumando com a luz acesa do quarto.
-Amor, hoje eu tenho plantão não volto para casa até amanhã de manhã. Ele terminava de ajeitar a gravata e colocar o paletó.
Ainda sonolenta a morena faz um beicinho e estende os braços na direção dele. Mark encarra a cena dando um sorriso bobo e vai na direção dela passando os braços envolta do colo desnudo da latina.
-Bom trabalho. É tudo que ela fala antes de voltar a dormir.O sábado tinha o sol do verão e o vento gelado da primavera. Sem pressa a latina caminhava pela praça da cidade segurando uma pequena bolsa entre as mãos que tinham uma luva fina e com seu vestido creme plissado e esvoaçante. Sem muito oque fazer o tédio consumia sua manhã. Até que ela vê uma figura angelical com um vestido azul claro de mangas três quartos com um véu branco sobre seus fios loiros presos em um coque saindo da igreja. Arizona passava com o olhar baixo segurando um rosário de contas esverdiadas. Sem hesitar Callie chega perto dela.
-Bom dia Ari. Ela fala acompanhando o passo da mais nova.
-Bom dia Callie. Responde com um sorriso fraco porém sincero.
-Conseguiu dormir depois do filme? A morena perguntava.
-Dormir como um pedra. Arizona responde engolindo seco com a pergunta, estava envergonhada pelo que tinha feito na noite passada e queria apagar esse momento da sua mente. -Não gostei muito do filme porém foi legal ver algo diferente dos romances que sempre vejo. Ela muda de assunto rapidamente tentando abaixar sua pressão.
-Sabia que você iria gostar, mas te prometi que na próxima veremos um de sua escolha.
-Não gosta de romances?
-Na tela do cinema não muito, prefiro os livros eles me fazem viajar, acho muito mais interessante ler e imaginar a cena do que assistir pelos olhos de alguém.
-Nunca tinha pensado por esse lado, apesar de ler bastante adoro ver os filmes,sei que as histórias se repetem porém me encanto com os finais felizes. A loira fala sorrindo como uma criança de frente a uma loja de doces.
-Nossas colegas de trabalho sempre falam que você vive no mundo da lua. Callie diz fazendo piada com a menor.
-Eu sei que elas fazem piada comigo mais parei de preocupar com a opinião das pessoas sobre a minha vida. Ela dá de ombros mostrando insatisfação.
-Não acho você desligada só que às vezes um livro nos faz muito melhor que algumas pessoas.
Sem mais o que dizer Arizona mostra seu maior sorriso e ambas seguem o caminho conversando sobre assuntos aleatórios.
Alheias ao redor elas só param de conversar quando chegam na entrada da pousada.
-Entra, toma um chá comigo. A loira arrasta Callie antes mesmo dela responder.
Dentro da pousada elas esbarram com Daniel que levava nas mãos um jornal e seu par de óculos na ponta do nariz.
-Bom dia papai. Arizona comprimenta o senhor que estava de pernas cruzadas no sofá da portaria.
-Bom dia meu amor, não te vi saindo hoje mais cedo, onde foi? Ele pergunta colocando os óculos de volta no lugar.
-Estava na igreja. -Essa aqui é a Callie papai, ela trabalha comigo. Puxa a morena para mais perto.
-É um prazer de conhecer Sr.Robbins.
-Prazer Senhora? Ele pergunta esperando apertando a mão da latina.
-Torres, Sr.torres.
-Bom dia Sr.Torres, acho que estou te conhecendo.
-Meu marido e eu nos hospedamos aqui por uma noite no final da alta temporada. É um prazer te rever. Eles desfazem o comprimento.
-Vamos estar na mesa perto da piscina.
-Ok querida daqui a pouco me junto a vocês.Elas passam pela cozinha rústica com móveis de madeira e Arizona coloca uma chaleira de metal no fogão, ela pega duas xícaras de porcelana com detalhes pintados a mão e algumas folhas secas de hortelã.
-Tem alguma preferência de sabor? Ela pergunta com um punhado de folhas na mão.
-Hortelã é um dos meus preferidos. Callie diz com um sorriso sincero.
-E então senhorita Robbins não sabia que acordava com os médicos para exercer sua fé. A latina brincava com a menor a observando retirar o véu de sua cabeça deixando com que os cabelos loiros caíssem em seus ombros com a ajuda de um arco que combinava com o vestido.
-E você o que fazia nas ruas tão cedo? Ela devolveu a pergunta colocando seu véu junto com o rosário em um altar no corredor e sentando próxima a morena enquanto esperavam o chá ficar pronto.
-Meu marido tem plantão hoje e já estava morrendo de tédio dentro de casa. De manhã a cidade é tão tranquila.
-Não só de manhã, aqui em geral é bem calmo. A loira afirma percebendo que a chaleira começava a apitar.
-É bem diferente da capital, já esteve lá?
-sim, mas só de passagem, meu irmão tinha alguns papéis para colocar em dia na capital e me levou junto. Eu era bem pequena. Ari pega as xícaras coloca em uma bandeja com um pequeno pote de açúcar duas colheres e a chaleira que já fervia.Elas se sentam na varanda perto da piscina e a loira serve chá nas duas xícaras. o Cheiro de hortelã rodeava as duas e por mais que tentasse Callie não conseguia tirar a atenção dos dois grandes pedaços do céu no rosto da loira que contrastava perfeitamente com a grama e as flores que cresciam no chão e nos vasos ao redor do quintal.
Quando mais conversavam mais descobriam coisas em comum, apesar da personalidade ser completamente diferente seus interesses e seus gostos pessoais eram bem semelhantes. Arizona se encantava com cada palavra que saia dos lábios carnudos e cobertos por um batom vermelho carmim. Ela conversavam sobre todo tipo de assunto com uma intimidade que a loira jamais teve com nenhuma amiga na vida, quem olhasse de longe podia jurar que ambas tinham uma amizade de anos pela forma com que se sentiam à vontade uma com a outra. Do lado de dentro seu pai observava as duas com um sorriso no rosto, era bom ver que sua filha tinha amigas. Ele sempre achava Arizona muito sozinha, depois do falecimento de Barbara a menina ainda pequena aos olhos do pai se fechou ainda mais para o mundo encontrando nos livros a companhia que lhe faltava. Porém vendo sua filha se tornar uma mulher e olhar para o mundo com outros olhos podia sentir algumas lágrimas brotarem no canto dos olhos. Ele pega uma xícara e vai na direção delas para tomar um pouco do chá que cheirava longe.
-Desculpe interromper o papo das duas, só vim pegar minha xícara de chá. Pega a chaleira nas mãos e se serve colocando algumas colheres de açúcar.
-Minha filha você tem que desocupar o antigo quarto as reformas vão começar na segunda. Ainda em pé ele fala se lembrando que Arizona teria que se mudar de quarto.
-Verdade, quase tinha me esquecido, Teddy falou que iria me ajudar na parte da tarde.
-Se quiser, posso te ajudar também. Callie se intromete oferecendo ajuda.
-Seria muito generosidade da sua parte, Arizona tem pilhas de livros para se moverem. Daniel olha na direção da latina deixando a loira envergonhada.
-Papai! Nem são tantos livros assim. Ela coloca as mãos no rosto escondendo suas bochechas quentes.
-Não tem problema. A morena fala dando uma risada. -Eu te ajudo assim você termina mais rápido, ainda temos que repassar o roteiro para a apresentação segunda. Ela fala de bom grado.
-Ok, se você não se incomodar aceitarei sua ajuda.
-De maneira nenhuma. Quando começamos? Pergunta empolgada, estava curiosa para saber o máximo possível sobre a loira.
-Quanto mais cedo começarmos, melhor.
Em uma sincronia elas se levantam ao mesmo tempo e vão para dentro junto com Daniel, sem muito cuidado sobem as escadas indo até o final do corredor até a penúltima porta que Callie já sabia que era o quarto da loira.
-Não repare a bagunça, estou tentando tirar tudo dos cantos escondidos. Elas entram e só o que se podia enxergar era papéis soltos e pilhas de livros por toda a parte.
Callie se assusta com a quantidade de coisas fora do lugar.
-Uau. As vezes é muito facil te confundir com uma criança. Ainda chocada ela caminha entre as folhas jogadas no chão vendo o rosto da loira queimar de vergonha.
-É brincadeira Ari, vamos começar. Solta uma risada gostosa fazendo ela rir também.
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Forgive us ours sins
RomanceInspirado na novela chilena -Perdona nuestros pecados. Arizona é uma menina inocente ingênua e católica sua mãe morreu cedo é ela vive com seu pai e seu irmão mais velho,é a filha perfeita. A primeira de sua família que saiu para fazer universidade...