Calliope?

47 5 0
                                    

O outro quarto era na ponta oposta do corredor tinha duas camas de solteiro que logo logo seria remodelado. Carregar aquelas caixas repletas de livros fazia Callie transpirar por dentro de seu vestido, já estavam trabalhando a horas e cada vez o antigo quarto ficava mais vazio.

-Teddy havia me prometido que viria ao entardecer. A loira falava frustrada se sentando no chão sem se preocupar com sua saia que subirá um pouco.
-Deve estar ocupada com alguma coisa, não sobrou muitas caixas. Elas se entreolham e depois olham ao redor do quarto com as poucas coisas que haviam nele.
-Obrigada por ter me ajudado, desculpe te fazer trabalhar tanto. Ari diz envergonhada.
-Imagina foi muito melhor do que ficar em casa o dia todo esperando meu marido. A morena se levanta do chão limpando as mãos em seu vestido. -Estou faminta.
- A janta não demora a sair. A loira olha para seu pequeno relógio de pulso. -Vamos na doceria da esquina, todos aqui adoram as tortas que eles fazem. Ela fala pegando seu casaco que estava pendurado na cadeira ao seu lado.

Elas saem e não demoram muito para chegar a modesta doceria repleta de confeitos e doces que todos os tipos, alguns até que Callie não sabia que existiam.
-Boa noite Endrick. Vou levar duas dessas tortas de limão maravilhosas que estão aqui. A loira aponta com o dedo na bancada as duas tortas brilhantes que estavam só esperando algum freguês chegar.
-É pra já Robbins. O jovem confeiteiro que usava um avental branco com algumas manchas coloridas abria o vidro e puxava o par de guloseimas para fora do mostruário. O rapaz não tirava os olhos de Arizona que dava seu sorriso simpático para ele. Com as caixas cuidadosamente fechadas elas saem da confeitaria.
-Robbins espero que tenha reparado o jeito com que ele te olhava. Callie fala em um tom de brincadeira.
-Quem? Ele? Arizona e pega de surpresa com a pergunta. -O Endrick? Ele é só um amigo, um velho amigo. Eu venho quase todo dia na confeitaria ele meio que vê minha cara com frequência. A luz dos postes iluminam os olhos castanhos que estavam um pouco mais claros que o normal.
-Sei, mas que tipo de desculpa mais esfarrapada senhorita Robbins. A morena lhe dá um tapinha no ombro direito.
-Estou falando a verdade, ele me vende os melhores croissants e pães de mel. Ela suspira lembrando dos doces que sempre levava para casa depois de sair do trabalho.
-Vou acreditar na sua história. Fala desconfiada segurando uma das caixas que tinha um divino cheiro de cítrico.

Com o jantar dos poucos hóspedes do fim da temporada sendo servido fora da cozinha elas passam para dentro da mesma onde seu pai já estava sentado com Timothy já colocando o espaguete no prato. Arizona pega a caixa na mão de Callie e leva para a bancada da cozinha.-Sinta-se a vontade Callie.
-Maninho de volta tão cedo. Ela o abraça mesmo ele estando mais concentrado no prato a sua frente. -Esta é Callie, minha amiga do trabalho. A loira aponta para ela que já tomará lugar à mesa.
-Boa noite, Timothy Robbins é um prazer. Ele estende a mão sobre a mesa e aperta firme as unhas pintadas de vermelho.
-Onde está a ..... Antes de Arizona terminar a frase uma mulher que vestia uma blusa de botões branca com uma saia preta surge dentro da cozinha. Anny era a cunhada de Arizona que estudava na capital e às vezes vinha passar algum tempo no interior.
-Anny. Ela suspira vendo a ruiva que tinha um rabo de cavalo alto na cabeça.
-Que saudade florzinha, parece que faz anos que não te vejo, mas você continua a mesma de sempre. Ela abraça Arizona que retribui da forma mais educada que conseguia pois Anny não era nem de longe a pessoa que queria ver no jantar.
Ela não responde nada além de um sorriso leve e constrangido e se senta ao lado de Callie.
-Espero que você goste de espaguete a carbonara. Tradição das noites de sábado. Arizona serve o prato da morena e o seu finalizando com um pouco de queijo ralado.

Callie não demora muito para dar a primeira garfada e suspirar com um pouco de molho no canto da boca.
-Meu deus é muito melhor que o macarrão que eu faço. Ela fala pegando mais um pouco com o garfo.
-Não deixe seu marido te ver falando isso. Daniel fala limpando o molho que estava em seu rosto com o guardanapo que estava em seu colo.
-Ele sabe que meus dotes culinários não são os melhores. Ela fala olhando direto para o senhor.
-A gente trouxe sua torta preferida papai. Arizona desconversa voltando a atenção do pai para ela.
-É um sábado de costume, não podia faltar aquela torta da cookies bakery. Fala terminando seu prato de espaguete.

Forgive us ours sinsOnde histórias criam vida. Descubra agora