Forgive us ours sins

Me sinto a vontade com você

Oiê gente !!! Então nesse capítulo as coisas vão começar a acontecer! Empolgada.

O café quente na xícara soltava fumaça no rosto de Arizona. Por um milagre ela não havia se atrasado e tomava seu café com tranquilidade. Daniel a acompanhava do lado oposto a mesa, seu irmão e Anny ainda dormiam. Ela gostava de passar tempo com seu pai apesar de algumas vezes esse tempo ser melhor aproveitado em silêncio.

-Estou tão empolgada com nossa peça, hoje apresentamos a proposta para diretora. Espero que ela aprove; depois de duas semanas o roteiro está finalizado. Ela fala empolgada com o pai que a escuta degustando seu chá de hortelã.

-Eu entendo que você é apaixonada pelo que faz, que se fascina pela arte de ensinar e sei que as crianças são encantadas com você; eu entendo essa parte. Ele fala repousa a xícara no pires de porcelana e encarar os olhos confusos da filha.

-Sim. Ela diz na esperança de que ele fosse parar por ali.

-Mas eu não quero que você seja a solteirona do colégio meu amor, uma coisa dessas me deixaria muito triste. O que ela mais temia aconteceu, o elefante na sala era mais uma vez colocado em assunto na mesa.

-Porque está falando sobre isso papai? Estou falando do meu trabalho e você começa a falar sobre solteirice. O que você pretende com esse assunto a essa hora da manhã? Arizona começa a se revoltar com o assunto que nunca ia embora da boca de seu pai.

-Eu quero netos Arizona, netos. Não quero que no dia de amanhã você fique para titia. Bebe mais um gole do seu chá que já estava frio como o clima da mesa.
-Filha eu não vou estar para sempre aqui, não quero que termine solteira e sozinha. Ela abre a boca para falar mas Daniel a corta.
-Ari você ainda não pensou bem, não sabe a minha felicidade no dia em que voe formar uma família, ter um homem que a acompanhe que cuide de você, que te ame. Sem querer te ofender mas você não vai ter essa idade e essa aparência para sempre é bom fazer isso o quanto antes. Ele solta de uma vez fazendo o desconforto subir e descer na garganta de Arizona.

-Sem querer ofender papai? Ela pergunta com uma voz quase chorosa.

-Eu não necessito de homem nenhum para ser feliz. Arizona afirma olhando em seus olhos através do óculos.

-Meu amor. Toda mulher necessita de um homem para completar sua vida é assim que funciona desde que o mundo é mundo.

-Arizona como não pode haver um homem por aí que te corteja, sempre há alguém que te chame atenção, alguém com quem você se sinta à vontade ,com quem goste de passar o tempo. Por favor me diga que sim. Arizona estava com seu olhar congelado pensando nas palavras do pai, só havia uma pessoa com quem sentia tudo o que ele havia falado ou achava que sentia. Mas não falaria isso para ninguém, seu segredo estava a sete chaves.

-Bom parece que sim. Me diga, eu o conheço? O pai observa seus movimentos nervosos.

-Não, não tem ninguém papai. Sempre voltamos nesse assunto e sempre te falo que não há ninguém. Estou cansada disso. Ela levanta pegando suas coisas e saindo com a raiva estampada em seus olhos.

Ela odiava quando seu pai tocava nesse assunto, ela já se achava estranha o suficiente por não se interessar por nenhum homem da cidade. Mas o que podia fazer, não queria namorar alguém por pura pressão de seu pai.

A escola ainda estava vazia e ela aproveita o silêncio para ir a um dos lugares que mais gostava de passar o tempo. A biblioteca.
Vai até a porta de madeira escura que ficava no canto do pátio ainda com poucas crianças e abre sentindo o cheiro dos livros As estantes eram grandes e preenchidas com todo tipo de gênero para leitura, Arizona sempre andava por entre todas elas correndo seus dedos nas páginas. Ela para em uma delas e puxa um livro aleatório vendo um rosto com o olhar vazio do outro lado da estante.