Pedido de desculpas enciumado

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Era como andar descalço sobre as nuvens Arizona se sentia flutuando; alguma coisa dentro dela havia despertado. Quando ela abre os olhos seus pés aterrizam no solo e ela volta a realidade.
-Calliope me desculpe,perdão. Entra em pânico se afastando.

-Arizona eu não... Foi minha culpa, eu não... Foi minha culpa. Callie passa a mão nos lábios ainda quentes vendo a loira totalmente confusa e tensa.

-Eu não estou bem desculpa, me desculpa. Arizona sentia seu corpo todo tremer ela precisava sair dali.
Com muita pressa pega sua pequena bolsa e abre a porta encontrando Teddy pronta para lhe chamar.

-Arizona! De longe Teddy ouvia o grito da morena que ainda estava perdida com a sensação do beijo passando em lupe na sua cabeça.

-O que aconteceu com ela? A loira mais velha pergunta após ver sua amiga passar como um foguete em direção as escadas.

Callie não conseguia falar tudo ainda estava se encaixando em sua cabeça. Seus pés se movem involuntariamente trilhando caminho atrás da loira.
As pequenas velas ainda estavam acesas na igreja quando Arizona entra ainda sentindo seu coração bater fora do compasso; Ela toma um lugar nos bancos vazios e abaixa sua cabeça.

Callie não demora muito para alcançar a pequena, da porta grande de madeira ela podia ver a loira abaixada rezando baixinho com seu véu no topo da cabeça.
A latina se senta no banco pesado ouvindo a respiração acelerada ao seu lado.

-O que você quer? Arizona pergunta levantando seus olhos lacrimejados.

-Não pode sair correndo assim como se tivesse visto o diabo.

-Preciso ficar sozinha um minuto. Estou muito confusa, não sei oque aconteceu comigo. Seus olhos cheios de lágrimas fitavam o rosto a sua frente. -Nunca na vida havia me sentido assim.

-Eu também não. Callie ainda sentia a alta voltagem correndo por seu corpo.

-Me sinto tão mal, não sei porque fiz isso. Arizona coloca as mãos sobre seu rosto sentindo sua bochechas queimar.

-Foi só um beijo Arizona. Calliope tenta tranquilizá-la.

-Um beijo inapropriado, nós somos amigas, somos boas amigas, não devia ter acontecido. Sua voz sai baixa.

-Tem razão. Por isso estou aqui porque não quero que se preocupe.

-Foi um ato sem pensar, não medi as consequências das minhas ações. A loira ainda estava inconformada com sua atitude.

-Claro, por isso quero te perguntar. Porque fez isso? Callie chega mais perto encostando seus joelhos na pele gelada das pernas de Arizona.

-Eu não sei, não sei. Nunca na minha vida havia beijado alguém nem se quer um homem. Com seu rosário na mão Arizona sente a mão quente da morena acariciando seus dedos.

-A única coisa que sei é que eu quero que aconteça de novo.
As palavras entravam no ouvido de Arizona a fazendo umedecer os lábios involuntariamente, não parava de pensar no beijo e antes que desse conta Callie diminuiu a pouca distância entre elas.
O cuidado de antes para não assustar Arizona agora não era tomado. A língua de Callie pedia passagem guiando o beijo e a loira abria espaço para a dança sem muita relutância. O véu rendado agora estava no chão dava lugar a mão ágil de Callie que prendia os finos fios loiros entre seus dedos. Mesmo não entendo Arizona se deixava levar sentindo cada parte de seu corpo pulsar e contrair. Porém a sensação logo foi embora quando ouviu os passos na madeira e a porta sendo aberta.
-Boa noite senhoras. O padre saia pela porta vendo as duas sentadas olhando para o altar.

Forgive us ours sinsOnde histórias criam vida. Descubra agora