Thirtieth

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Karina/Lil Nina; nesse momento.

Foi inevitável eu não me arrepiar quando Gabriel ao mesmo tempo que puxou meus cabelos com força, também fez um carinho na minha nuca com as pontas dos dedos. A língua dele invadiu a minha boca e eu quase dei um suspiro no meio do beijo na hora que ela massageou a minha. Eu tinha sentido saudades.

E se ele não tivesse vazado a guia de Fim de Semana no Rio eu provavelmente ia descobrir agora que eu gosto dele. Agora, quando sua língua tocasse a minha e a sua mão descesse pela minha coluna até apertar a minha bunda.

E aí o problema ia ser maior porque eu provavelmente entraria em choque e não conseguiria fazer mais nada, e a nossa noite iria pelo ralo. E pior que isso: eu não ia poder esconder que gosto dele, ele ia ficar sabendo ali na hora que eu soubesse.

Me dá tontura só de imaginar.

Eu sou do clube que esconde os sentimentos quando eles aparecem. E que quase sempre eles não precisam ser escondidos porque não aparecem. É difícil pra mim lidar com isso: com estar gostando de alguém de novo.

Mas é muito fácil sentir a mão de Gabriel entrando dentro do meu blusão enorme - tipo uma daquelas roupas dele - e apertando a minha pele. E também é fácil sentir seu perfume entrando com tanta força pelo meu nariz, a boca encaixando perfeitamente com a minha e meu coração acelerando.

É fácil estar com ele e é fácil gostar dele. Só é difícil aceitar isso. Aceitar a vulnerabilidade que é pra mim, estar apaixonada.

Gabriel me puxou pra ainda mais perto, soltando a minha boca pra fazer uma trilha de beijos que descia pelo meu pescoço. Levantou um pouco o blusão, fazendo o pano se embolar em cima da minha barriga e passou os dedos de raspão pela frente da minha calcinha, me fazendo dar uma mexidinha na minha perna.

Ele se mexeu um pouco na cama, começando a se inclinar pra deitar em cima de mim. Inclinei meu rosto pro lado e fui beijando ele de novo, segurando bem seu rosto e passando as minhas unhas pela barba dele. Com os olhos bem fechados, o coração muito acelerado e tomando com posse esses lábios carnudos e vermelhinhos pra mim.

Eu já sabia que eu estava diferente, que eu me apaixonei. Eu já sabia, não era novidade. A novidade foi que eu estou muito entregue. Eu estava molinha deitada na cama por um motivo além de tesão. Eu não tinha mais o que fazer: não era carnal. Nem casual. E eu sabia porque cada toque era diferente. A gente estava se olhando demais, a gente não tinha toda pressa do mundo, e eu realmente estava com o meu rosto tão perto do dele, as vezes na curva de seu pescoço, porque era reconfortante saber que não era qualquer pessoa ali, que era ele.

Gabriel Barbosa.

O meu Gabriel Barbosa.

Que levantou meu blusão inteiro, até passar ele pela minha cabeça e agarrar um dos meus seios, tentando e falhando em fechá-lo entre seus dedos. E depois, passando as pontas dos meus dedos pelas minhas costelas, cintura, quadril, bunda, coxa, bunda de novo e subindo pela linha da minha coluna. Tudo isso enquanto me beijava, e eu me perdia no lugar onde eu mais queria estar.

Seus braços.

Desci uma das minhas mãos pra puxar a blusa dele, joguei longe mas ainda restava a calça mostarda que ele mesmo levantou pra tirar. Fiquei deitada de lado, com total consciência dos olhos dele me fitando inteira, e retribuindo isso. Com a minha cabeça encostada no travesseiro, e o meu braço esticado na parte da cama onde ele estava antes, até que ele aceitou minha mão e eu puxei Gabriel pra deitar em cima de mim.

Ele parou com um joelho de cada lado do meu corpo, as correntinhas pratas do pescoço batendo muito pertinho do meu queixo e encostado os nossos narizes. Inclinei a minha cabeça pra frente e rocei os nossos lábios várias vezes, num jogo de beija ou não beija onde ninguém perde e nós dois ganhamos. A cada minuto, a minha cabeça borbulhava: estava muito claro pra mim o quanto essa vez é diferente das outras.

Amor em Dezembro - Lil GabiOnde histórias criam vida. Descubra agora