Capítulo 19

181 21 45
                                    

Connor, e Noah, entraram na minha vida em meados de abril, um pouco mais do que dois meses atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Connor, e Noah, entraram na minha vida em meados de abril, um pouco mais do que dois meses atrás. Eu jamais poderia imaginar que assinar um contrato profissional fosse me trazer mais do que prestígio na minha área de trabalho. Trabalhar com os Giants nas últimas semanas tem sido uma experiência diferente, mas incrível, e sei que isso só vai melhorar à medida que as coisas forem acontecendo, quando fizer os ensaios com os jogadores e, principalmente, quando eu começar a acompanhar os jogos.

Fala sério, é meu time do coração desde sempre.

E mesmo com tudo isso, não posso dizer que meu possível sucesso profissional seja a coisa mais importante para mim, ou a coisa que mais tem me feito feliz. Não é mesmo, e eu cansei de negar isso para mim mesmo.

Nem mesmo as oportunidades que eu sei que podem surgir diante da assinatura deste contrato podem ser maiores do que a importância que Connor conquistou em tão pouco tempo.

As conversas, as implicâncias, os apelidos e provocações, em meio a momentos divididos com Noah ou filmes assistidos jogados pelo sofá da sua casa ou por chamada de vídeo quando estamos cada um na sua própria casa. Tudo isso firmou sua companhia no meu coração, ele realmente se tornou alguém essencial na minha vida desde o momento em que nos conhecemos.

Ele é a pessoa mais próxima a mim desde o primeiro dia. Ter fugido para a sua casa quando estava me sentindo mal, buscando refúgio nele, apenas concretizou ainda mais nossa proximidade e a importância da sua presença.

E está aí algo que está mexendo com a minha cabeça: a nossa proximidade. Quando eu digo que estamos próximos, é porque realmente estamos, em um ponto em que eu me pego pensando nele mais do que o que seria aceitável, muito além do que eu consideraria estranho. Isso não seria um problema, não se todas as outras coisas não estivessem acontecendo.

Que coisas são essas? Aquelas das quais eu venho fugindo, ignorando completamente e fingindo que não estão acontecendo e, mais do que isso, fingindo que não estão me afetando como realmente estão.

E o que acontece é: estou cansado de fugir.

Cansado de fugir dos meus sorrisos quando ele me chama de delícia.

Cansado de ignorar suas provocações ou sua ambiguidade sexual.

Cansado de olhar para seus toques como apenas um toque qualquer de um amigo, quando na verdade o que sinto nesses momentos não tem nada a ver com amizade.

Cansado de fugir da sua proximidade quando ele invade meu espaço pessoal, quase dividindo comigo a mesma porção de oxigênio.

Cansado de fugir dos meus próprios pensamentos sonhadores quando estamos eu, ele e Noah, dividindo alguma função que parece rotineira na criação e convivência com uma criança.

E, mais do que tudo isso, estou realmente cansado das fugas, das minhas e das dele, quando a tensão que surge em um desses momentos nos afeta mais do que gostaríamos de admitir.

A Solidão do Cafajeste (Spin-off da Série Amores Nova-Iorquinos)Onde histórias criam vida. Descubra agora