Capítulo 22

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O que diabos foi tudo isso que aconteceu?

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O que diabos foi tudo isso que aconteceu?

Será que em algum momento nas últimas noites eu entrei em algum mundo paralelo e não estou me dando conta disso?

Apenas isso parece ser a justificativa correta para eu ter realmente vivido tudo aquilo com Jeff na noite passada. Ele veio mesmo aqui, disse que me queria, me beijou, me fez tocá-lo, me beijou mais uma vez? Isso me parece muito mais algo que a minha mente pervertida e carente fantasiaria.

Não posso negar que durante todas essas semanas desde que nos conhecemos eu tenho fantasiado com ele, com nós dois, mais vezes do que talvez pudesse ser considerado um número adequado ou minimamente aceitável. Mas nem mesmo nas minhas fantasias mais platônicas eu poderia pensar em algo como as coisas aconteceram ontem à noite.

Felizmente a mensagem no meu celular me lembrando que ele vem para cá ficar com Noah assim que terminar seus compromissos profissionais, me faz lembrar que aquilo tudo foi, sim, verdade. Tudo aquilo aconteceu mesmo, e por uma iniciativa toda dele. Eu retribui, claro, não sou idiota, mas foi ele quem deu o primeiro passo, foi ele quem veio atrás de mim, e isso me mostra e me deixa saber que mesmo que ainda tenha várias dúvidas e questões percorrendo sua mente, ele está seguro do que quer.

E isso sou eu.

Sou ele quem ele quer.

O que faz eu me sentir eufórico, extasiado, excitado mais uma vez, apenas por pensar em repetir todos aqueles beijos, apenas por me lembrar das suas mãos deslizando pelo meu corpo ou nas minhas percorrendo cada cantinho dele, com uma certa predileção por aquele micro pedaço de barriga onde pude roçar meu polegar antes dele me frear.

‒ Hoje o dia vai ser bom!

E animado, completo mentalmente. Um dia que começa com uma avalanche de tantas lembranças boas só pode ser um dia bom. Nem mesmo demoro a me levantar da cama, bem antes de Noah sequer dar algum sinal de que quer acordar.

Sigo para o banheiro e resolvo aproveitar essa oportunidade para tomar um banho com calma e começar o dia com o pé direito, não é sempre que tenho esse privilégio de ter o relógio a meu favor, junto à vontade do meu bebê em querer dormir mais do que o esperado.

Entrar no chuveiro para um bom banho gelado é tempo o suficiente para ficar revivendo cada momento, cada palavra, cada beijo, até me dá uma certa vontade de rir de mim mesmo, estou parecendo um adolescente com hormônios aflorados vivendo o meu primeiro amor. E não nego nada disso, é uma ótima sensação estar encantado por alguém. E por uma delícia como o meu Jeff, é melhor ainda.

Saio do banho antes que a minha mente pervertida me leve a pensar na outra parte da noite, naquilo que eu disse a ele mais de uma vez que eu iria fazer assim que me visse sozinho e eu realmente fiz, pela primeira vez levando ele nos meus pensamentos. Minha mão e as paredes do meu chuveiro são as testemunhas do quanto aquele prazer me arrebatou.

A Solidão do Cafajeste (Spin-off da Série Amores Nova-Iorquinos)Onde histórias criam vida. Descubra agora