Capítulo 14

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A semana foi corrida em todos os sentidos possíveis

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A semana foi corrida em todos os sentidos possíveis. Noah finalmente saiu por completo daquele salto de desenvolvimento e voltou a dormir noites inteiras. Aquela noite em que Jeff dormiu aqui foi a primeira realmente boa em algumas semanas que ele conseguiu dormir sem interrupção. Dormi tão bem, sem precisar acordar de madrugada ao som do seu choro, que acabei dormindo além da conta. Não que eu vá reclamar disso, afinal, além dos motivos óbvios de ter conseguido dormir bem, ainda tive o prazer de acordar e ter uma exímia visão.

O que eu disse para Jeff é mesmo verdade, eu tenho o sono extremamente pesado, apenas Noah tem a capacidade de me despertar em segundos. E naquele dia não foi diferente. Assim que ele resmungou a primeira vez, antes mesmo de começar a chorar, eu acordei. Estava me espreguiçando e esticando a coluna depois de uma noite no sofá quando o choro começou.

Peguei a babá eletrônica para levar comigo e colocá-la para recarregar, quando, no meio da escada, o aparelho me mostrou Jeff indo até Noah. Parei no lugar encarando a tela na minha mão, assistindo a conversa deles, a suavidade de Jeff, o carinho com meu filho.

Ainda pela tela, vi Jeff brincando com ele no berço, pegando-o no colo, reparando na fralda cheia de todas as manhãs e no incômodo de Noah com ela. Ouvi sua oferta em trocá-lo e assisti a delicadeza com que o depositou no trocador sob a cômoda.

Na posição em que ele agora estava, eu deixei de observá-los pelo visor do aparelho, fui espiá-los de camarote, da porta do quarto. Quis rir quando Jeff firmou um combinado com ele, ou ao menos tentou fazer isso, garantindo que não acontecesse um novo acidente com fraldas explosivas. Vi Noah se agitando com ele, sorrindo como ele aparentemente aprendeu a fazer e não cansa mais de fazer. Jeff não ficou imune ao bebê, até que ele voltou a reclamar da fralda suja.

‒ Olha só, eu vou trocar a sua fralda, mas se seu pai reclamar ou me achar invasivo, eu vou colocar a culpa em você.

Sorri, ligeiramente encantado para a interação dos dois. Quis rir até mesmo da preocupação de Jeff em questionar a si mesmo se deveria ou não trocar a fralda de Noah. Compreendo, valido e concordo com todos os questionamentos que ele levantou, eu estava de olho no que estava acontecendo entre os dois, porém, não interferi, deixei que ele cuidasse da fralda, enquanto secretamente torcia para aquela situação se repetir e, assim como quem não quer nada mais, Jeff ser obrigado a arrancar a camisa mais uma vez.

Eu sei, não deveria continuar pensando nele, ou no corpo dele, principalmente depois que ele cortou o meu barato. Dizer isso para a cabeça é fácil, para o pau nem tanto. Só Deus sabe o quanto eu queria, e ainda quero, vê-lo sem camisa novamente, é uma deliciosa visão. O apelido que dei a ele lhe cabe perfeitamente bem.

‒ Aquele brutamontes é um ótimo pai, mas está bem preguiçoso hoje, não acha?

Ele continuou conversando com Noah e enfim começou a fazer tudo que precisava para trocar sua fralda. Quase revelei minha presença antes da hora com uma gargalhada quando vi o que ele fez para checar se a fralda estava presa corretamente, levantando meu filho e sacudindo o corpinho para se certificar que não ia cair.

A Solidão do Cafajeste (Spin-off da Série Amores Nova-Iorquinos)Onde histórias criam vida. Descubra agora