Jeff Ridges pode ser definido em duas principais características: fotógrafo e cafajeste. Ok, talvez três palavras: inseguro. Essa é uma das grandes, ainda que ele tenha aprendido a disfarçar. Viveu a maior parte da sua vida concentrado em seu trabal...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Não demoramos mais do que trinta minutos para chegarmos à minha hamburgueria favorita. Já estar em Nova Jersey, facilitou o trânsito, mas, honestamente, mesmo eu que vivo reclamando de passar muito tempo dirigindo, aproveitei o caminho dessa vez. Conversar com Jeff é... fácil, para dizer o mínimo.
Durante todo o percurso pudemos conversar sobre coisas aleatórias, nada sério demais, apenas como duas pessoas normais que estão se conhecendo, independente de qualquer vínculo, fosse ele algo profissional ou não.
Basicamente, conversamos sobre músicas, durante todo o tempo. Assim que liguei o carro, tomamos um susto com a música infantil que começou a tocar. O pulo que eu dei foi o mesmo que ele, um tanto espantado principalmente com o volume da música.
‒ Foi mal. ‒ Ri alto ‒ Precisei sair com Noah essa semana para a pediatra e ouvir música no carro é a única coisa que faz com que ele fique quieto o suficiente para eu conseguir dirigir sem precisar parar a cada dez metros percorridos para fazê-lo parar de chorar. ‒ Disse a ele enquanto abaixava o volume e trocava a playlist para qualquer outra coisa que não fosse música infantil.
‒ Tudo bem. ‒ Desconsiderou ‒ Estava sem ajuda nesse dia? ‒ Perguntou.
‒ Ajuda?
‒ É, uma babá ou algo assim.
‒ Ah, não tenho babá. ‒ Respondi ‒ Noah ainda é muito pequeno e quero ser eu o responsável por cuidar dele. Tenho ajuda da minha governanta quando preciso, como hoje, mas não quero terceirizar a criação dele. ‒ Ganhei um belo sorriso por ter dito isso.
‒ Acho isso bom.
‒ Sei que não vou conseguir fazer isso sozinho por muito mais tempo, vou precisar de uma babá quando a temporada começar e eu precisar voltar a treinar diariamente e também quando os jogos começarem, mas, até lá, somos só nós dois.
‒ Ele tem três meses, não é?
‒ Sim.
‒ Então tem mais um tempo até precisar de uma. Quantos meses antes de começar o campeonato vocês começam a se preparar?
‒ Bom, o campeonato sempre começa em setembro e vai até fevereiro, então se prepare porque esses serão seus meses de trabalho. ‒ Ele riu enquanto confirmava.
‒ Na verdade, vou ter que começar muito antes. ‒ Me olhou de soslaio ‒ Não sei se você prestou atenção nas reuniões, mas meu nome agora é Sombra. ‒ Riu ‒ Vou ter que seguir você e todos os outros por muito tempo, bem antes de setembro.
‒ Isso parece nome de vilão da Marvel. ‒ Ele riu alto comigo ‒ O Sombra.
‒ Não pretendo ser vilão, mas realmente parece.
‒ Bom, voltando ao assunto... ‒ Retomei ‒ Estamos no início de março e, normalmente, a preparação mais intensa para o campeonato começa em junho. São três meses intensos de treinos diários, conversas sobre jogadas e armações, reuniões com a equipe tática do time, sessões de fisioterapia, banhos de gelo e tudo mais.
