Capítulo 7

177 19 29
                                    

Por que?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Por que?

Por que diabos eu abri a minha boca para falar aquilo? Eu não poderia simplesmente ter ficado quieto e deixado que ele continuasse com as suas provocações? Estou mais do que acostumado com essas brincadeiras, nunca caí na pilha de Nick com as constantes provocações deles, porque eu inventei de fazer isso justo agora quando as brincadeiras existem mas com um caráter diferente e bem mais ousado?

Linguarudo.

Com Nick, eu revidava as provocações e brincadeiras por saber como brincar de volta, por me sentir confortável com ele e com a maneira como ele é leve nesse sentido. Com Connor, me parece diferente. As provocações dele tem um fundo diferente das de Nick, tem um quê malicioso, de interesse. São as mesmas brincadeiras, mas diferentes ao mesmo tempo. Dá para me entender?

O fato curioso é que eu não simplesmente brinquei de volta como faço com Nick há anos, eu revidei a provocação impondo nela o mesmo tom desejoso dele. E por que diabos eu fiz isso?

Eu não sei exatamente qual a resposta para essa pergunta ou qual a motivação maluca para eu ter reagido dessa forma diante dessa provocação ou do fato dele ter me chamado de delícia, eu realmente não sei, mas, ao mesmo tempo, não quero pensar demais sobre isso.

Falei, foi estranho, mas ok.

Bola para frente.

‒ Dois podem jogar o mesmo jogo, Falcon. ‒ Digo a ele quando entramos no carro, apenas para que ele entenda que para mim esse comentário também foi uma brincadeira, ainda que eu não compreenda exatamente a minha motivação por detrás.

‒ Me surpreendeu, Ridge, eu admito.

‒ Vamos embora de uma vez, cara. ‒ Rio ‒ Pode me deixar em casa?

‒ Não quer que eu te deixe na casa de Julian para pegar seu carro?

‒ Não precisa, tenho certeza que mais tarde algum dos caras estará lá em casa com a desculpa de levar meu carro, mas, na verdade, o que vão mesmo querer saber é como foi a reunião.

‒ São fofoqueiros assim mesmo?

‒ Você não faz ideia. Se eu mandar uma mensagem para Nick agora, falando que preciso falar com ele, ou ele me ligará no mesmo instante ou estará na porta do meu apartamento antes mesmo de chegarmos lá. ‒ Rio ‒ A velha não deixaria ele agir de outra maneira.

‒ Velha? Que velha?

A cara confusa dele me faz rir enquanto conto sobre as peripécias e maluquices de Nick. E esse assunto se torna outro, depois outro e mais outro, de uma maneira tão natural e simples que me deixa um tanto pensativo sobre isso.

Nunca fui um cara de ter problemas em fazer amizades. Bom, não depois que vencíamos a barreira da raça quando estamos falando de preconceituosos. Mas, de modo geral, conversar com alguém, conduzir um diálogo sempre foi fácil, porém, mesmo nesses casos, às vezes um ou outro precisávamos inserir um assunto para dar continuidade na conversa.

A Solidão do Cafajeste (Spin-off da Série Amores Nova-Iorquinos)Onde histórias criam vida. Descubra agora