Capítulo 12

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Exibido

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Exibido.

Egocêntrico.

Narcisista.

Masoquista.

Acho que todas essas palavras podem me definir nesse exato momento. Masoquista acima de todas as outras. Entende-se como masoquista aquele que sente prazer ligado à dor física, sofrimento e humilhação. Fala sério, esse não sou eu nesse momento? Afinal, por qual outro motivo plausível senão esse, eu poderia exigir que ele me encarasse de cima a baixo e ainda me elogiasse sem papas na língua?

Eu só posso mesmo querer sofrer.

Sofrer fisicamente, de maneira óbvia, porque ser observado por esse delícia e ter que conter as reações do meu corpo já seria sofrimento o suficiente. Agora, ter que fazer isso depois de estar na seca há mais de cinco meses, é tortura.

Sofrer pelo sofrimento e humilhação também, afinal de contas, apenas isso justifica exigir esse tipo de atenção de uma cara hétero. Eu sou acostumado a brincar e provocar, sou desse jeito com qualquer cara que eu conheça. A diferença é que em todas as outras vezes, isso me fez chegar onde eu queria, na minha cama, acompanhado deles. Dessa vez, eu sei que independente de qualquer provocação que eu faça, eu não vou a lugar nenhum com Jeff, ao menos não para onde eu queria ir.

Então, com tudo isso, como não dizer que eu sou masoquista. E ainda por cima do tipo insistente. Eu falei o que falei a ele, e aqui ainda permaneço, encarando os olhos seguros, observando o corpo definido que nem mesmo as roupas conseguem esconder e do qual eu já vi, ao menos parte dele, graças à fralda explosiva de Noah que o obrigou Jeff a retirar a camisa no outro dia.

Por sinal, ela continua aqui, a camisa no caso. Quis rir de mim mesmo quando pensei que, em outros tempos, quando algum cara deixava alguma peça de roupa para trás na minha casa, sempre era significado de uma noite tórrida regada a sexo selvagem, roupas essas que eu, antes de devolver, aspirava o perfume até não deixar rastros.

Qual a ironia quando dessa vez a roupa que ficou para trás era justamente do cara que eu queria poder sentir o cheiro, marcar em mim o perfume dessa delícia, mas não podia fazer isso pois estava besuntada no cocô do meu filho?

Sofrimento. De todos os modos possíveis.

‒ Ande, Ridge. ‒ Retomo o assunto quando ele permanece quieto ‒ Admita.

‒ Está se esquecendo de uma coisa, Falcon.

‒ Do que?

‒ De que eu não sou um cara hétero com uma masculinidade tão frágil assim, não é à toa que já te disse que é normal entre eu e os caras nos cumprimentarmos com beijos no rosto. ‒ Dá um passo para frente, chegando um pouco mais próximo de onde estou ‒ Outra coisa que ainda não sabe sobre mim é que eu não tenho problemas para admitir verdades.

‒ Ah, não?

‒ Não nesses casos. ‒ Ele volta atrás.

Ele pode ser direto em muita coisa, mas também é um cara que mantém muita coisa para si. Hoje à tarde apenas deixou isso mais claro para mim, fugiu de qualquer coisa que pudesse estar relacionado a desabafar sobre o que quer que fosse que estivesse o deixando mau humorado daquela forma.

A Solidão do Cafajeste (Spin-off da Série Amores Nova-Iorquinos)Onde histórias criam vida. Descubra agora