Enquanto aguarda ansiosa pelos papéis, recebo uma mensagem de Charles. Droga! Havia esquecido de ligar para ele.
― Alô?
― Oi Charles, me perdoe, demorei para retornar a ligação... ― ele suspira longamente.
― Tudo bem, sempre serei a sua segunda opção!
― Não fale assim, sabe que gosto muito de você e tenho muita consideração pela sua pessoa. ̶ me deixava triste ferir seus sentimentos.
― Eu sei Ellie, e fico feliz que esteja bem. Bom, preciso desligar, tenho uma reunião de negócios em poucos minutos. Se precisar de mim, estarei aqui.
― Obrigada Charles, você é um presente de Deus para mim, não esqueça disso!
Desligo o celular e a moça volta com alguns papeis em mãos.
― Eu não tenho a segunda via da certidão de óbito de seus pais, talvez esteja no outro cartório da cidade. ― ela pigarreia e fita seus olhos verdes em mim. ― Meu pai era muito grato ao seu pai, pois foi o médico que salvou a minha vida quando nasci e por isso se tornaram muito amigos. Ele ficou arrasado quando soube do que havia acontecido e, segundo minha mãe, papai acreditava que eles estavam vivos.
A olho estupefata.
― Seu pai é vivo?
― Não. ― seus olhos ficaram turvos. ― há seis anos ele foi assaltado e esfaqueado.
― Sinto muito pela sua perda.
― Tudo bem. ― ela segura firme aqueles papeis e os estende para mim. ― aqui está toda a pesquisa do meu pai sobre sua família. Ele acreditava que seu pai havia deixado um recado.
Seguro aqueles papeis como se fosse um diamante prestes a quebrar.
― Muito... Obrigada. ― a olho com compaixão. ― Como é seu nome?
― Elisabeth, mas pode me chamar de Liss.
― Obrigada Liss, espero que seu pai esteja certo.
Ela sorriu ternamente para mim.
Entro no mustang com as mãos trêmulas.
― Jesus, eu não sei do que esta acontecendo, mas o Senhor sabe de todas as coisas. Me ajude a solucionar se for a Tua vontade, mas se não for, tira esse sentimento de desconfiança de mim.
Uma foto de um acidente me chamou a atenção. Havia duas e o rosto de uma delas estava circulado a caneta: o de uma mulher loira.
Mamãe não era loira.
Folheio aquele monte de papeis e encontro uma folha de jornal com a mesma foto a qual eu havia visto.
― As pessoas desse acidente não eram meus pais!
Meu diário!
Dirigi apressadamente até a casa antiga de Hugo, saio desesperada do Mustang e vou até o muro em que H construiu.
Estava cheio de cimento, era quase impossível aquela foto estar preservada. Não consego retirar, precisava de uma marreta.
― O que faz aqui? ― viro-me assustada.
― Ronnie!
― Ellie? ― sua expressão aturdida não havia me deixado notar que o pátio estava limpo e a casa reformada.
― Oh, me perdoe a invasão Ronnie. ― pigarreio. ― não quis incomodar...
― Tudo bem. ― Ronnie cruzou os braços. ― O que esta procurando exatamente?
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Meu Céu Mais Azul
Teen FictionLIVRO REVISADO. Seasons City, Califórnia. Em um fatídico acidente de carro, os pais da jovem Ellie Lord acabam deixando ela e seu irmão caçula Rapha aos cuidados da avó. Desde então, conforme cresce, a garota descobre que o seu porto seguro está em...