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Dou as costas e corro para o Mustang. Era muita informação em um dia só. Parecia loucura.

Chego em casa agoniada, o que eu poderia fazer a respeito?

Meu chefe é um homem perigoso, pai da noiva do homem que eu amo, e que esta usando Hugo.

Balanço a cabeça para tentar entender tudo.

― Você está bem, Ellie, ― Rapha estava de pijama, comendo biscoitos com leite.

― Rapha, me conte por favor. Quando Harry lhe ofereceu um emprego, o que ele te disse realmente?

― Ele quase implorou para que eu cuidasse da loja dele, uma loja de suprimentos para laboratórios. Mas escutei o seu conselho e disse não. Alias, quando você volta a trabalhar?

― Semana que vem, mas acho que irei voltar essa semana ainda.

― Hugo esteve aqui, te procurando. E um cara engraçado também, disse era Dylan King.

― Obrigada, vou me deitar. ― Lhe dou um beijo de boa noite e vou para meu quarto. Pego as folhas que Liss me deu, analiso-as com calma. Uma outra foto me chamou atenção. Era a metade de uma foto na verdade, estava rasgada ao meio, havia um Harry mais jovem segurando um canudo escrito Biomedicina.

Ah não...

Pego meu telefone.

― Alô? ― fala uma voz arrastada e cansada.

― Hugo, onde você está? ― pergunto, tentando vestir uma calça confortável enquanto segurava o celular.

― No meu apartamento.

Desliguei o celular, calcei minhas botas e saindo despercebida de Rapha, fui até o apartamento de H.

Apertei a campainha e Hugo aparece com cara de sono, com o rosto amassado e o cabelo desgrenhado, e, sem camisa. Antes que meus olhos pecassem me virei.

― Ellie, precisamos conversar...

― Vista-se por favor, preciso da sua ajuda!

― Aonde vamos? ― como eu gostaria de dormir em seus braços e ver essa carinha de sono todos os dias.

― Vamos pra sua casa, você tem uma marreta?

Hugo me encara como se ainda estivesse sonhando.

― Por que eu teria uma marreta em meu apartamento?

― Vamos!

Entramos em meu Mustang e em poucos minutos chegamos a casa antiga da Familia Perry. Todas as luzes estavam apagadas. Ronnie deveria estar dormindo ou foi para algum luagar.

― Não sabia que Ronnie estava morando aqui. ― sussurra H, como se houvesse acordado agora.

― Precisamos tirar o meu diário daquele muro, Hugo. ― digo, tirando da bolsa um pequeno martelo que Vovó usada para pregar as camas de solteiro que eu e Rapha afrouxava de tanto pular.

― Ellie, você está bem? Te liguei tantas vezes, fui na sua casa e você não me atendeu...

― Por favor, só me ajuda...

Hugo se dá por vencido e começa a dar batidinhas de leve no muro, contudo o silencio da noite fazia com que o ferro do martelo soasse como se fosse uma enorme marreta ecoando por entre as ruas de Seasons City.

― Você me deve uma... ― disse, arrancando a capa do diário que era o que prendia no muro.

Pego o diário rapidamente e o abro nas ultimas paginas. A foto estava intacta, apenas empoeirada.

Meu Céu Mais AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora