Capítulo 23

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― Vamos esquecer isso! ― diz ele, oferecendo champanhe para um senhor grisalho. ― Você aceita sair comigo, morango?

Fito o seu sorriso largo. Dylan King era muito feliz, e isso contagiava.

― Sair? ― questiono-o. Não sou uma garota que sai com qualquer um, ainda mais se a pessoa tem segundas intenções depois do encontro.

― Sim, sair. ― ele firma a vista avaliando-me. ― Se pensa que sou um babaca que sai por ai para dormir com as mulheres, está enganada.

Ele parecia ofendido, talvez minha face carrancuda tenha me denunciado.

― Me desculpe Dylan, eu não quis...

― Estou brincando contigo! ― ria-se ele. ― Faço teatro quando tenho tempo. E pela sua expressão está com medo de sair comigo.

― Não é isso. ― tento me explicar enquanto ele sorri divertido, suspiro profundamente. ― É que não vou a encontros para depois dormir com o cara e...

― Uau! Rápida e direta essa garota! ― ele larga a bandeja no sofá e cruza os braços. ― Primeiro morango: Eu não convido qualquer garota para sair comigo, pois tenho meus princípios. Segundo: Não saio por ai atrás de mulheres para dormir comigo e terceiro: Quero casar com a garota que será a minha lady, então não estou me divertindo com garotas erradas até encontrar a certa. Como eu disse, eu tenho meus princípios e vou entender se não quiser sair comigo!

Dylan ainda estava sorrindo e não consegui decifrar se aquilo era atuação ou se realmente pensava assim.

― Tudo bem.

― Isso é um sim? ― seus olhos se estreitam e ele faz uma careta.

― Com certeza. ― digo rindo de suas palhaçadas. Fazia tempo que eu não ria assim.

Dylan King é muito divertido e até infantil para uma pessoa de vinte e seis anos, mas eu estava adorando ter sua companhia e suas rizadas gostosas comigo.

― Finge de morto! ― diz ele olhando por cima do ombro.

― Por quê? ― me viro para onde seus olhos correram e vejo Hugo vindo em nossa direção. Começo a rir da expressão que Dylan faz, até Hugo se aproximar.

― Senhorita, foi um prazer estar em sua companhia esta noite. Desejo um bom evento! ― fala Dylan, pegando sua bandeja e saindo poucos segundos antes de Hugo chegar.

Continuo sorrindo vendo-o sumir na multidão.

― O que aquele garçom ficou fazendo aqui com você? ― questiona-me Hugo, sisudo.

― Conversando?! ― seus olhos pareciam estar com uma cor avermelhada.

― Conversando? Se você gostaria de conversar porque não foi até mim?

Meu coração martela constantemente, apenas sentir Hugo mais próximo me deixava tonta.

― O que deu em você, H? ― falo mais alto do que eu queria e algumas pessoas que estão perto nos encaram assustados.

― O que ele queria?

― Você está de brincadeira, não é mesmo? ― tento controlar a raiva que subia pela minha garganta formando um nó.

― Quer saber? ― diz fazendo seus lábios tremerem. ― Vai atrás do senhor sorriso e divirtam-se, vocês se merecem!

Hugo me dá as costas e sai do evento, fazendo-me ficar com uma terrível culpa corroendo meu coração apertado.

Meu Céu Mais AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora