― Charles só vem amanhã!
― É o Hugo. ̶ diz ele, me lançando um olhar pávido.
Desespero-me. Estava sem maquiagem, mal vestida e sem perfume.
― Ai Jesus me ajude! ― sibilo, derrubando as roupas do guarda roupas em cima da cama. ― O que vou vestir? Pijama? Não... Não... Essa camisa de bolinhas que H me deu? Não posso usar isso, irá me denunciar!
Apareço sem jeito na sala, talvez eu houvesse passado muito perfume, o cheiro estava coçando minha garganta.
― Oi H. ― digo tossindo.
― Oi. ― ele levanta-se. ― Você quebrou o vidro de perfume?
― É... Sim. ― eu sou doida mesmo.
Sento-me no sofá e faço sinal para que ele faça o mesmo.
― Eu vim saber como você está. ― sibila, devido ao cheiro forte do meu perfume não consigo sentir o seu.
― Estou bem, e você? ― ah, se você soubesse o quanto almejei a sua presença!
― Bem. Ele gesticula algo com as mãos, parecia nervoso. ― Vim trazer o convite do meu casamento.
Hugo me entrega um papel em alto relevo em dourado e branco escrito: Ingrid Walker Perry e Hugo Perry. Sua mão tremia.
― Obrigada, nem sei o que dizer...
― Se não quiser ir, tudo bem. Eu vou entender.
― Eu vou sim. Posso levar Charles como acompanhante? ― seus olhos se estreitaram e ele sorriu de lado.
― Quem diria que iríamos casar com namorados da nossa juventude.
Ri pelo nariz, eu estava nervosa se continuasse assim iria estragar tudo.
― Pois bem, o importante é sermos felizes, sempre foi nosso lema não é?
― E você é feliz com ele? ― diz sem jeito. Reparo que ele está usando o cabelo mais curto do que na adolescência. Seu maxilar está menos acentuado e seu corpo ganhou mais músculos do que eu me lembrara. Seus olhos encontram os meus e eu desvio fitando sua camiseta branca.
― Sou feliz porque tenho Jesus, não por causa de pessoas...
― Entendo. ― vi tristeza em seus olhos.
― Você quer sair para tomar café?
Olho para o relógio e tento achar alguma desculpa para recusar sua oferta.
― São quase dez horas da noite e não tenho ninguém para deixar com Vovó, Rapha saiu para ver a namorada.
― Sinto muito pelo que aconteceu a Vovó Emma, eu a amo muito e fiquei de coração partido.
Levantei de um salto.
― Quer vê-la? ― quem sabe alguém diferente faria bem a ela, ou não.
― Com certeza! ― disse animado.
Estendo a mão para que ele me acompanhasse até o quarto de Vovó. Já estava na hora de lhe dar os remédios das vinte e duas horas.
― Que bom que está acordada Vovó. Você tem visita!
Vovó Emma me analisa enquanto toma a água logo após ingerir os remédios.
― Tudo bem Vovó Emma? ― H chega de mansinho, pois sabia como falar com pacientes desta doença.
― Meu menino Hugo veio me ver, Mary Helen! ― Vovó diz, me chamando pelo nome da minha mãe.
Hugo me olha por um momento e torna a conversar com ela.
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Meu Céu Mais Azul
Dla nastolatkówLIVRO REVISADO. Seasons City, Califórnia. Em um fatídico acidente de carro, os pais da jovem Ellie Lord acabam deixando ela e seu irmão caçula Rapha aos cuidados da avó. Desde então, conforme cresce, a garota descobre que o seu porto seguro está em...