CAPÍTULO 12

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Minerva olhou para a sala, um grande espaço que integrava estar, tv e jantar, procurando algo mais para limpar, mas tudo estava impecável. Sheer e Lily eram ordeiros, Pride mais ainda.
Ela suspirou, tomou um banho e ia saindo do banheiro para vestir a camisola que tinha deixado sobre a cama, quando deu de cara com Pride dentro do quarto dela. Ele olhou para a toalha em que ela estava enrolada e inspirou. Minerva se sentiu derreter, os olhos dele estavam quentes, brilhantes. Ele deu um passo, Minerva não saiu do lugar, ele a prendia com os olhos. Ele deu outro, ela continuou sem se mover até que ele chegou bem perto e ronrronou. Minerva fechou os olhos. Ela já o tinha visto rosnar e estava bem com isso, Novas Espécies falavam baixo, tinham vozes graves e rosnavam, nada demais, mas ronrronar como um gato, como se estivesse excitado, mexeu com ela.
"Pride?" Ela disse, ele piscou, parecia um pouco em transe e ela viu que ele não estava em seu normal. Pride porém, num movimento muito rápido puxou a toalha que lhe envolvia o corpo, a abraçou e lhe tomou a boca.
Minerva se sentiu dissolver no turbilhão de sensações que os lábios, dentes e presas dele lhe provocou, foi um assalto a sua alma, ela se desmanchou em meio ao calor que a abrasou.
Logo ela estava deitada de costas na cama com aquele monte de homem sobre ela, gigante, quente, delicioso de tocar. Ele beijou as pálpebras dela, suas bochechas e chupou seu queixo, tudo antes de descer os lábios para seu pescoço. Minerva gemeu, ele lhe beijou o pescoço, lambeu bem em cima de sua pulsação, enquanto lhe alisava as pernas, das coxas as panturrilhas, até que lhe apertou uma nádega e do pescoço lhe beijou um seio. Ela fechou os olhos com força, ele lhe lambeu num mamilo e depois o outro, ela queria que ele sugasse, que mamasse nela, mas Pride lhe beijava e lambia de leve os seios, até que ela apertou sua cabeça contra o peito dela, implorando que que sugasse. Ele sorriu contra seu seio e obedeceu. Minerva tinha ouvido por alto sobre orgasmo mamário, e isso passou pela mente dela enquanto ele lhe sugava os seios, de uma forma totalmente deliciosa. Ela apertou os músculos das costas dele, desceu as mãos e chegou na bunda musculosa. Minerva continuou tocando o máximo de pele e músculos que estavam ao seu alcance, ele rosnava quando a beijou de novo. Outro beijo de abalar as estruturas dela. Todo o corpo dela estava em chamas, Minerva sentia que aquele seria o clímax de toda a sua vida. Pride mordeu seu lábio inferior e puxou, Ela abriu os olhos, viu que os olhos dele estavam abertos e que havia um toque frio no fundo das íris azuis. Ele colou as bocas, a invadiu com a língua de forma tão deliciosa que Minerva lhe chupou a língua, mas algo dentro dela se rompeu.
"Pride." Ela afastou a boca e o chamou. Pride a ignorou e lhe enfiou um dedo, Minerva fechou os olhos e jogou a cabeça para trás, foi um choque. Ele tirou o dedo de dentro dela se afastou um pouco e chupou o dedo olhando para ela, Minerva ficou sem reação, era muito erótico.
Mas também era calculado. Ela sentiu isso e quando ele foi descendo a boca por seu corpo, por sua barriga, Minerva pediu:
"Pride, pare." Ele ainda lhe abriu as pernas e inspirou seu cheiro com o nariz quase encostando em seu clitóris. Minerva pediu de novo, sua voz denotando o início de pânico que a tomava:
"Pride, por favor, pare!" Ele parou. Suspirou, saiu de cima dela e ficou em frente a cama, Minerva não conseguiu não olhar para o pênis ereto dele. Grande e grosso. Ele inspirou e se tocou, sua mão subiu e desceu por seu comprimento, ele ainda tocou suas bolas com a outra mão. Minerva ficou olhando.
"Se toque." Ele não usou a voz hipnótica, mas Minerva precisou de toda a sua força para não obedecer, os olhos dele continuaram frios, calculistas.
"Não." Ela disse, ele aumentou a velocidade da manipulação, como se a negativa dela o excitasse ainda mais e rosnou, Minerva fechou os olhos quando ele gozou. Pride se sentou na cama, ela se cobriu e se afastou.
"Você está excitada, mas não me quer." Ele disse.
"Eu poderia querer se você me quisesse, mas seus olhos estão distantes." Ele acenou, se levantou, pegou suas roupas, que Minerva nem tinha visto quando ele as tirou e saiu do quarto. Minerva quis chorar, quando ele a beijou, ela sentiu tanto prazer, ela não imaginaria que acabaria daquele jeito. Ela vestiu a camisola, saiu do quarto, entrou no quarto dele, passou pela porta de vidro que estava aberta e o viu em sua oficina. Ele estava desmontando alguma máquina com uma chave de fenda.
Ela notou umas pedrinhas na mesa e pegou uma parecia um...
"Isso é um diamante?" Ele a olhou, ainda parecia diferente do Pride normal, seus olhos estavam até mais claros. Pride acenou.
"São mesmo muito caros? Onde você conseguiu?" Ele a encarou.
"O que quer, Minerva? Não basta você ter me rejeitado, tem que ficar aqui, me fazendo sentir o cheiro da sua buceta?" Ele era brusco quando queria, ela estava aprendendo isso.
"Por quê?" Ela perguntou.
"Estamos só começando, você parecia confortável comigo, agora você está estranho. Eu te desejo, você viu isso, mas você não está normal." Ela continuou. Ele inspirou.
"Vá dormir." Ele disse.
"Não até você me contar o que aconteceu na casa dos seus pais. O que Violet disse?" Ela insistiu.
"Livie não morreu. Ela está viva e está na casa da minha tia Kit nesse exato momento. Violet a trouxe a força, até quebrou um braço fazendo isso."
Minerva se sentiu como se ele a estapeasse. Livie, o amor da vida dele, mãe de Sheer e Lily estava de volta. Ela teria de sair dali.
"Eu nem sei o que dizer, Pride." Ela se virou. Ia voltar para o seu quarto, ia pensar nas possibilidades. Ainda bem que não viu o proprietário do imóvel onde a livraria ficava... Minerva era uma sobrevivente, ela daria um jeito, ainda que também era uma idiota por fantasiar que ficaria com ele.
"Diga que vamos voltar para a cama, e vamos consumar nosso casamento." Ela abriu a boca e esqueceu de fechar.
Ele colocou o que quer que estava desmontando na mesa e se aproximou.
"Não." Ela se afastou. Ele não parou. Minerva andou até ser impedida pela parede, ele lhe ergueu o queixo. Minerva abriu a boca para dizer que não, ele aproveitou e a beijou. Minerva se sentiu escaldada, todo o corpo dela formigou, ela era como argila nas mãos dele. Mas isso estava errado.
Ele lhe beijou o pescoço, ela o empurrou. Ele se afastou e a olhou com aqueles olhos estranhos, havia um fogo neles, mas ele estava distante.
"Por que seus olhos estão diferentes?"
Ele se afastou mais.
"Eu não quero vê-la. Eu não quero ouvir as desculpas dela." Ele disse deu a volta na mesa e voltou a mexer na máquina, parecia uma lixadeira.
"E quer me usar para afastá-la? Como se eu fosse um escudo? Consegue imaginar de quantos modos tudo isso é errado?" Ele largou a lixadeira, ou qualquer porra que era aquilo, Minerva estava puta com ele.
"Você quer." Ele disse e sorriu sarcástico.
"Não. Assim, não."
Minerva o olhou bem, Pride estava sofrendo. Era doído ele ter tocado nela por que estava com raiva de Livie, mas Minerva sentiu a dor dele.
"Pride?" Ele elevou os olhos da máquina.
"Jogue essa porra de lixadeira no chão e olhe pra mim!" Ele sorriu tão triste que alguma coisa apertou dentro dela.
"Não é uma lixadeira." Ele disse largou a coisa e a puxou para uma cadeira que havia ali. Ele se sentou, a sentou no colo dele e a abraçou com força.
"A minha vida inteira é feita de decisões erradas. Toda ela. Eu pareço viver de tentar consertar as coisas erradas que eu faço." Ele escondeu o rosto no pescoço dela e inspirou, Minerva acariciou os cabelos vermelhos dele.
"Às vezes não dá pra saber que uma decisão tão simples, tão banal pode mudar toda a nossa vida. Eu sempre penso naquela noite, quando Dany passou mal. Connie perguntou se eu queria ir com ela, mas eu só pensei que ficaria sentada numa cadeira toda a noite esperando e não fui." Ela contou.
"Livie perguntou se eu era James, quando eu a toquei. Eu a sugestionei a fechar os olhos. O cheiro dela era demais, meu corpo ficou louco, mas bem no fundo eu poderia ter dito que era eu. Por mais doido de tesão que eu estivesse se ela dissesse 'não', eu pararia. E se ela me visse, ela diria não." Ele lhe acariciou as coxas e subiu a mão por suas costas.
"Pride..." Ela o advertiu quando ele lhe apertou a lateral da bunda.
"Minerva. Está me custando muito não sugestionar você." Ele beijou a lateral de seu pescoço e disse isso em seu ouvido, baixinho com aquela voz musical dele. Minerva respirou fundo.
"Você disse que ela estava no cio. Ela não era humana?" Minerva o distraiu.
Ele a afastou até se olharem nos olhos.
"Ela é Nova Espécie de segunda geração, assim como eu. Filha do meu tio V.. Mas todas as fêmeas têm cio. O seu está próximo." Ela se debateu no colo dele até ele soltá-la e se afastou.
"Eu ia pedir para Violet ensinar você a disfarçá-lo. Segundo meus planos, seria quando consumaríamos o casamento. Agora..." Ele a olhou, Minerva sentiu a cabeça rodar.
"Não. Não vamos consumar nada. Vamos dormir, e amanhã você vai atrás dela. Não é como se nosso casamento fosse como o casamento de vocês, como é o nome?" Ela disse e isso doeu.
"Acasalamento. Ela demorou demais para voltar, eu estou casado, não vou jogar você daqui. Vou honrar minha palavra." Ele disse de uma forma diferente. Minerva não entendeu o tom dele.
"E eu não vou dormir. Não a quero fuçando na minha mente. Eu estou com tanta raiva! Ela sondava minha mente, me fazia sonhar com ela! Ela usava Lily como uma espiã. Eu não vou vê-la e se ela aparecer aqui, você vai mandá-la pro inferno." Minerva se preocupou. Ele estava nervoso, nos olhos dele Minerva viu alguns raios vermelhos. Ela sentiu medo.
"Eu não vou estar aqui. Vou embora amanhã." Ela falou num fôlego só, mas quando inspirou, seu peito doeu. Ela era tão idiota!
"Você não vai embora." Ele disse e sorriu, os olhos quase vermelhos. Pride se esticou, ele tinha mais de dois metros. Se dissesse que não a deixaria ir embora, não seria fácil ir.
"Vai me prender aqui? Só para não vê-la?" Minerva ergueu o queixo.
Ele se aproximou e ela se viu contra a parede de novo, dessa vez usou seu corpo quente para prensá-la.
"Pride, por que complicar isso? Eu sei que você deve estar magoado, mas ela deve ter uma explicação." Ele a encarou, os olhos vermelhos já, Minerva se encolheu.
"Tire a camisola." Ele usou aquela voz deliciosa, era impossível de se recusar.

FILHOTES DE VALIANT - PRIDEOnde histórias criam vida. Descubra agora