CAPÍTULO 16

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Violet se sentou na cama naquele quarto do hospital, agradecendo a Ros com um sorriso quando ela fechou a porta para ir chamar Florest.
Violet tentou coçar debaixo do gesso, mas era impossível. Ela, porém, tinha uma desculpa para ir ao hospital, estava muito incomodada com aquela imobilização.
A porta se abriu, porém foi Lunna que entrou. Violet sorriu para ela, Lunna a abraçou. A mãe de Lunna trabalhava ali, Lunna às vezes estava lá com ela.
"É mesmo verdade?" Lunna perguntou. Violet suspirou, essa seria uma conversa que ela teria várias vezes.
"Sabe, acho que vou gravar um resumo. Você é a terceira que me pergunta sobre isso." Lunna sorriu.
"Você virou uma heroína pra todos nós, e sabe que todos amamos seu irmão. Como ele está?"
Violet se lembrou da cena, de Pride dizendo 'não', segurando o rosto dela e implorando para ela dizer que era mentira, que Livie não tinha feito aquilo. Ela não conseguiu dormir, os olhos vermelhos, as lágrimas de sangue que viu no rosto amado de seu irmão, lhe deram pesadelos.
"Ele está indo. Acho que Minerva vai ajudar. Ou não. Eu torço para ela ajudar." Violet disse. Lunna olhou para ela e a pergunta que ela realmente queria fazer se desenhou em seu rosto:
"É verdade que Simple compartilhou sexo com Minerva? Antes dela se casar com Pride?" Violet segurou a mão da amiga, Lunna a apertou. Não era culpa dela, Lunna sempre foi atraída pelo extraordinário, afinal, ela própria era extraordinária. Simple era inteligente, complexo, indiferente e muito bonito, lógico que ele sempre foi o escolhido por Lunna.
"Sim. Ele e ela compartilharam sexo. Mas, em se tratando de Simple, não é como se fosse importante." Lunna olhou para as mãos dela unidas.
"Se Daisy estivesse aqui, ela iria bufar e dizer que eu sou uma idiota por ainda pensar nele." Violet sorriu, estava sentindo muito a falta de Daisy.
"Eu não diria idiota, eu perguntaria sobre o interesse de Romulus por você." Violet a encarou.
"Ele me beijou." Lunna disse. Violet sorriu.
"E como foi?" Lunna suspirou.
"Incrível. Ele me jogou contra uma árvore, eu perdi o fôlego. Ele não parecia saber fazer direito, eu acho que foi a primeira vez dele também." A voz dela tremeu. Ela olhou para longe. Violet se lembrou do primeiro beijo dela. Foi...
"Mas aí, por causa de Daisy, ele foi para a força tarefa. E vai demorar pelo menos três semanas para ele voltar." Ela bufou.
"Não seja injusta com ela, foi o tio V. que o obrigou." Violet defendeu Daisy. Ou ela mesma, já que Daisy meio que foi manipulada por Violet.
"Bom, eu já vou, está quase na hora do almoço." Ela sorriu maliciosa e saiu.
Violet foi justamente naquele horário por que sabia que o hospital em obras estaria mais vazio.
Seu telefone, o que Joe tinha lhe dado tocou, era Daisy. Ela ganhou um celular quando seu pai se encheu de orgulho por ela ir para a força tarefa.
"Oi."
"Eu acabei de saber! Por que não me contou?"
"Tudo foi muito rápido, D..Eu cheguei ontem e foi muito triste."
Daisy rosnou.
"E como ela está? Livie? Por que ela tem de estar muito mal, ou eu vou deixar ela mal." Daisy era como James, não era malvada, mas fingia como ninguém.
"Bom, você estará aí por três semanas, até lá, quando voltar, Pride já terá resolvido tudo. A menos que você volte para casa."
"Você está esperando que eu fracasse?" Ela perguntou.
"Talvez. Eu sinto sua falta. Embora estou feliz por você ligar." Violet nem podia imaginar que ficaria tão feliz por simplesmente falar com sua irmã, mesmo que por telefone.
"Eu não posso ligar, é a regra. Temos direito a uma ligação por semana. E terei de ligar para a mamãe."
"Então essa é a sua ligação? Não quer falar com a mamãe?" Violet sorriu.
"É lógico que não. Eu amo você, mas amo a mamãe mais. Estou ligando escondido.
"Sério? Daisy! Vai ser mandada de volta!" Violet a admoestou no exato momento em que Florest entrou no quarto.
"Acho que não, está na hora do almoço e estou limpando os banheiros masculinos." Violet franziu as sobrancelhas.
Florest se abaixou, tirou uma das sandálias dela e lhe deu um beijo no pé. Violet pulou, quase caiu da cama alta.
"Por que está limpando os banheiros masculinos?" Ele correu a mão pela sua panturrilha, seus olhos azuis estavam mais escuros.
"Romulus. E é por isso que estou ligando. Ele se vingou de uma coisinha boba que eu fiz." Florest beijou o calcanhar dela, Violet continuou conversando.
"Que coisinha boba?" Ele tirou a outra sandália.
"No primeiro dia, tínhamos de fazer uma droga de redação, eu não sou muito boa nisso, você sabe, então, eu esperei o idiota fazer, inventei uma mentira de que tinha de ser manuscrito, me ofereci para escrever pra ele e troquei as redações." Violet riu, não pelo que Daisy contava, mas por que Florest lhe fez cócegas no pé. Ele sorriu e Violet pensou que iria se lembrar daquela cena pelo resto de sua vida.
"E o que ele fez para se vingar?" Florest lhe mordeu o peito do pé, Violet tomou um choque. Ela sentiu seu meio das pernas ficar úmido e cruzou as pernas. Florest beijou onde mordeu.
"Eu sempre chego um pouco atrasada, essa manhã eu acordei sendo sacudida por Romulus, ele estava vestindo só uma sunga de banho." Violet se interessou, ainda que Florest subiu a boca e beijou sua canela.
"E... Como ele é?" Ela perguntou, Florest parou e a olhou. Violet levantou uma sobrancelha.
"Bom... Ele é Nova Espécie, Vi. Ele tem músculos, como todo mundo, não como Pride, ou Noble, mas é bem servido, como diria a mamãe. A bunda dele é gostosa, mas nada de mais."
"Continue." Ela sorriu, estava falando com Florest, ele lhe beijou a panturrilha.
"Ele me jogou um conjunto de ginástica, sutiã e calcinha, e disse que iríamos treinar na piscina e só esperavam por mim. Só que o conjunto era minúsculo, ficaria pequeno em Flora. Mas eu estava mesmo atrasada, vesti e sai correndo.
Eu cheguei e todos estavam perfilados, ninguém estava de roupa de banho, nem Romulus. Salvation quase teve uma apoplexia, ele gritou que eu saísse de lá e me vestisse, que se eu estava lá para me exibir, não seria no plantão dele. Eu tentei me explicar, mas o sutiã era muito pequeno, enquanto eu tentei falar um dos meus mamilos apareceu, um recruta, que eu vou chutar as bolas na primeira oportunidade, disse que por ele eu ficava lá. Salvation ficou ainda mais furioso, e realmente o sutiã era muito pequeno, ele disse que eu ia limpar os banheiros femininos. Eu achei muito injusto, ele não querer me ouvir, então eu tirei o sutiã, joguei na cara dele e perguntei qual seria a minha punição." Violet arregalou os olhos, Florest subiu a mão por sua coxa e lhe beijou o joelho. Ela se desmanchou.
"Vi? Está aí?" Daisy perguntou.
"Estou. E por isso você está limpando o banheiro masculino?" Violet disse, Florest riu baixo.
"Sim, mas eu pensei que você ficaria escandalizada, eu fiquei de topless na frente de todo mundo." Violet pensou que seria muita hipocrisia ela repreender Daisy, enquanto Florest lhe beijava a coxa.
"Está muito fedido aí?" Violet perguntou.
"Você nem imagina, alguém entrou aqui e só pode ter comido carniça no café da manhã, meus olhos estão ardendo. Eu não sinto cheiro nenhum." Ela disse.
"Basta se lembrar dos presentes que Candid nos deixava no nosso banheiro." Violet recomendou.
"Não, esse cara aqui põe Candid no bolso."
"Bom, só espero que não contem para a mamãe. Mas por que me ligou?" Florest se ergueu e beijou uma mão dela.
"Eu..."Daisy parou de falar, mas o celular continuou ligado.
"Me desculpe pelo cheiro, o café da manhã não me caiu bem. E a sua bunda também não é nada ruim." Violet ouviu a voz de Romulus. Ele estava no banheiro!
Florest lhe deu um beijo na boca, de leve, sugando seu lábio de baixo.
"Vi! Romulus estava aqui, escutando tudo. Aquele cagão desgraçado! Me ajuda, Violet, pense numa forma de esfregar a cara linda dele na parede. tchau." Daisy desligou.
Violet olhou para Florest, ele a beijou com mais sede.
"Eu fui no heliporto, mas seu pai saiu com você nos braços e eu achei melhor não ir atrás." Violet acenou. Seu pai seria um problema.
"Papai não gostou nada do que você fez. Teremos de esperar esse caso do Pride se acertar, não posso trazer mais confusão para minha família, Florest. Agora não."
Florest a beijou de novo, dessa vez lhe apertando uma coxa.
"E como faço com esse tesão que você me desperta? Como faço pra não ficar de pau duro quando te ver?" Ele pegou a mão dela e colocou na frente da sua calça. Violet se surpreendeu com o tamanho do pau dele, ela apertou por cima da calça, ele rosnou.
"Eu estou louco pra colocar meu pau nessa sua boca." Ele disse, Violet se assustou.
"Não." Ela disse, seu coração estava disparado. Florest foi beijá-la, ela se afastou.
"Eu não vou fazer isso. Você faz xixi com isso!" Violet tentou se levantar, ele lhe tocou no rosto.
"Eu esqueço o quanto você é uma criança, eu..." Violet segurou nas bolas dele com força. Florest rosnou.
"Se sou criança, por que está aqui?." Ele rosnou, Violet apertou mais um pouco.
"Pare!" Florest disse. Ela soltou, ele a encarou. Violet sentiu frio, o olhar dele a esfriou. Florest lhe deu as costas e saiu do quarto. Violet engoliu em seco. Como tudo desmoronou?



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