Sarah saiu do banheiro enrolada numa toalha e suspirou. Essa passou perto! Ou não, talvez ela apenas tenha se desesperado a toa. Ela ia se vestir e tomar um comprimido para as cólicas, que estavam fracas, mas a incomodavam, quando sua mãe lhe deu tchau da porta fechada.
Sarah os ouviu sair e suspirou. Não demoraria muito e ele apareceria. Noble era assim, ele explodia, depois pedia desculpas.
Ela vestiu um pijama velho, tomou o comprimido e se deitou. Logo uma enorme sombra estava a frente de sua janela. Sarah se lembrou das milhares de vezes que sonhou com ele fazendo isso.
"Você não está grávida." Ele entrou em seu quarto já dizendo. Sarah não respondeu.
"Mas se você achou que pudesse estar grávida..." Ele disse com a cara fechada. Noble era muito bonito, mas de um jeito másculo, ele era uma cópia do tio Valiant. Mas quando fechava a cara, parecia muito severo.
"Sim, Nob. Eu achei que estava grávida, por que minha garganta inflamou e eu tomei antibióticos e como tomo pílulas anticoncepcionais, eu fiquei com medo de fazer confusão. Eu e Patrick usamos camisinha, mas teve uma vez que..."
Ela falou, ele foi rosnando baixinho a cada palavra que ela dizia. Pena que não era por ciúmes.
"Tá, tá! Eu entendi!" Ele bufou.
"Então você e esse humano, esse Patrick, é sério?" Ele se sentou na cadeira dela, Sarah riu, a cadeira não cabia a bunda dele direito. Uma bunda firme e generosa.
"Essa cadeira, esses seus móveis, é como estar numa casa de bonecas." Ele se levantou. Ela sorriu.
"Você vai responder?" Ele perguntou.
"Sim, Nob. É sério. Eu corri pra cá, quando minha menstruação atrasou, mas se eu estivesse grávida, eu lamentaria por causa da faculdade, mas..."
"Você lamentaria? Um filhote não é motivo para lamentar! Nunca! Eu sabia que quanto saísse daqui, todas essas idéias humanas iam mudar você."
"Você quer me escutar? Por favor? Você está mais cabeça dura do que eu me lembrava." Ele apertou os lábios.
"Eu lamentaria por que estou indo muito bem na faculdade, Noble! Eu demoraria mais pra me formar, mas eu não lamentaria pelo meu bebê. Ele seria uma benção. E eu terminaria a faculdade, isso você pode ter certeza!"
Sarah não queria um filho agora. Patrick era um amor e ela estava gostando muito dele, estava até se apaixonando por ele, mas ela estava maravilhada com a faculdade! Com tudo o que poderia fazer no mundo do marketing, com o universo de marcas, empresas, esportes, indústria e política. O marketing estava em tudo, o mundo era o seu mercado de trabalho.
"Eu e Patrick conhecemos um casal que passou por esse problema. Não olhe assim pra mim. Para mim, não seria um problema, já disse que seria uma benção, mas para eles foi. Eu não os julgo por pensarem que foi. Ela trancou a faculdade, ele continuou. Logo, ele estava namorando outra e eles terminaram. Mas enquanto esperava o teste, eu visualizei tudo o que eu ia fazer, quer saber?"
"Eu saí do hospital me segurando pra não ir atrás do idiota arrancar a cabeça dele. Eu me visualizei criando o seu filhote. Mas acho que te ajudaria, eu me mudaria para perto da faculdade e cuidaria do bebê pra você estudar." Ele disse e Sarah balançou a cabeça de lado a outro, incrédula.
"Você é tão idiota!" Ela disse.
"O quê? Você ia ficar com raiva durante um tempo por eu matar o seu humano ridículo. Ou, talvez eu ligasse para Simple. Simple poderia forjar um acidente. Você viria pros meus braços sem esforço algum."
"Houve um tempo em que eu me joguei nos seus braços, Nob. Você não me quis." Ela disse, ele inspirou.
"Você era muito nova. Eu estava numa fase muito sexual, muito quente, por assim dizer. Eu não sairia desse quarto se tivesse uma provinha do seu gosto." Ele disse, os olhos dourados na virilha dela, Sarah sabia muito bem onde ele provaria.
"Já imaginou, o tio Brass entrando aqui depois de três dias ouvidos meus rugidos? E o seu pai é menor que eu mas, papai uma vez lutou com ele pra valer, não foi bonito." Noble disse.
Uma imagem deles enroscados, Noble dentro dela rugindo e seu pai batendo na porta, a fez ver que não seria legal.
"Não precisaríamos fazer aqui." Ela disse, ele fechou os olhos e rosnou baixinho.
"Sarah, por que me atormenta? Você está bem com o seu humano, não está?" A voz dele baixa e muito grave, era por si só afrodisíaca.
"Esse tempo já se foi, Nob. Eu amei você desde meus nove anos quando pisei nesse lugar pela primeira vez. Mas as coisas mudam, sentimentos se transformam, eu ainda estou começando a viver minha vida, não sabemos o que a vida nos trará.'
"Ele é inteligente pelo menos? Toca alguma coisa? Por que eu achei ele minúsculo. Acho que ele é menor que você." Ele disse, torcendo a boca com desdém.
Patrick era mais alto que ela, mas Sarah era pequena. Perto de Noble, Patrick pareceria um anão. Um anão muito bonito, mas um anão. Sarah se lembrou dos olhos verdes escuros de Patrick, olhos normais, olhos que não escureciam de desejo como os dourados de Noble, nem tinham uma pupila vertical.
"Patrick é muito inteligente. Ele é engraçado, generoso e me ama. Ele não perdeu a oportunidade de dormir comigo quando ela apareceu."
Noble acenou. Ele inspirou de novo, isso incomodou Sarah.
"Eu estou sangrando, Noble. Quando você inspira assim, eu fico com vergonha." Ela disse ele se sentou no chão ao lado da cama.
"O cheiro não é ruim, não quando você usa esse tipo de absorvente. Eu só consigo pensar que ainda dá provar você." Ele disse.
"Nob, por favor!" Ele fazendo sexo oral nela menstruada! Sarah nem conseguia cogitar isso, embora estava em seu primeiro dia e usando um absorvente interno. Será que...
"Tudo bem. Eu estou feliz por você não estar prenha. Você vai ir para a faculdade e se tornar uma grande profissional do marketing, vai arrumar um emprego numa empresa chique e eu vou sentir orgulho de você." Ele disse se encostando na parede.
"Eu sempre vou amar você, Nob. Não me pergunte, porém que tipo de amor, se fraterno, ou outro tipo, mas eu cresci, e se for sincera, depois de tudo o que estou experimentando na faculdade, acho que foi bom você ter se segurado." Ele fechou os olhos.
"Susan e as outras, não foi algo amoroso, Sarah. Eu estava com tesão demais, eu precisei." Ele disse, Sarah sorriu triste.
"Lunna, Violet e até a minha mãe me disseram que não era para eu me importar, mas elas são pessoas, Nob. Mulheres. Eu sei que elas prestam um serviço e você não era meu namorado, mas era como se fosse. E eu sei que você as tratou como pessoas especiais. Você faz isso, eu tenho certeza que você foi carinhoso, foi cuidadoso e respeitoso com todas elas. Isso dói, quer dizer, doeu." Sarah sabia que ela foi mimada, mas ela amava Noble, era como se ele a traísse.
"E agora, com o seu humano? Se nas suas férias, eu convidasse vocês para um encontro de casais, estaria tudo bem?" Ele a olhou. Estaria? Noble com outra, com uma namorada. Sarah não sabia responder. Diante de toda essa situação, a única certeza que Sarah tinha era que ela era muito nova ainda e que queria que ele fosse feliz.
"Sim, estaria tudo bem." Ela sorriu. Dizer isso tirou um pouco da estranheza dele ali. Ela se deitou e sorriu.
"Você está com sono?" Ele perguntou se levantando. Ela ergueu o olhar, ele tinha de ser tão grande? Ou tão lindo?
"Sim, é o remédio, me deixa sonolenta." Ele sorriu e se ajoelhou.
Posso te dar um beijo, um último beijo?" Ele perguntou.
Ela fez que sim, ele desceu os lábios sobre os dela, devagar, com carinho, com pouca pressão, mas ainda assim de forma deliciosa. Sarah se ajeitou se erguendo usando o cotovelo e lhe dando mais acesso, e ele foi aquecendo o beijo. Noble lhe sugou um lábio, segurou o rosto dela e a beijou com mais sede. Sarah enfiou os dedos pelos cabelos indomáveis dele, ruivos, macios e volumosos. Ele continuou sugando sua boca ela sugando a dele, até que ele usou a língua para deixar tudo ainda mais quente. Ele rosnou na boca dela e se afastou.
Ele se levantou, o vulto nas calças dele era nítido. Sarah não sabia o que fazer , todo o corpo dela estava quente e formigando.
"Espero que seu humano seja bom na cama, por que você parece nunca ter sido beijada direito." Ele disse e sumiu pela janela.
Sarah se deitou de costas e olhou o teto. Patrick era carinhoso, eles ainda estavam se descobrindo, Sarah era meio tímida, eles ainda não tinham feito nada muito diversificado, por assim dizer.
Noble a amava, mas como a uma irmãzinha. Ela viu isso no rosto dele quando ele se afastou, como se tivesse descoberto que a ligação deles era bem fraterna. Mas ela queimou sob os lábios dele e nunca esqueceria essa sensação.
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FILHOTES DE VALIANT - PRIDE
FanfictionPride tinha decidido escolher uma fêmea que pudesse ajudá-lo a criar seus filhotes e a festa de ano novo na Reserva parecia a ocasião perfeita para isso. Só que Livie, a mãe de seus filhotes, que Pride acreditava estar morta não gostou nada dessa hi...