Violet estava deitada, quando um corpo gigante e muito pesado se jogou em cima dela.
"Ei! Você não teve infância?" Ela reclamou tentando sair de debaixo de Pride.
"Como a heroína da família sairia de uma situação dessas?" Ele perguntou.
Violet pensou e ia morder a orelha dele, mas ele desviou o rosto.
"Não." Ela então pensou nas palavras de seu pai:
"Bolas, querida, mire sempre nas bolas." Violet fingiu que o morderia no ombro, ele se afastou um pouquinho, mas foi o suficiente, Violet apertou as bolas dele com força. Pride saiu de cima dela e se ajoelhou no chão, as mãos na virilha.
"Não vale cravar as unhas, Vi. Não brinco mais com você." Ela se levantou e o livro caiu no chão. Ela ainda tentou pegar, mas o livro caiu perto dele, ele pegou. Folheou, abriu uma página aleatória e jogou para o lado.
"Romance? Algo que Daisy leria, não você." Daisy não gostava de ler, mas ela queria desviar a atenção dele do livro, então ficou calada.
"O que foi isso?" Ela se sentou.
"Estou testando. Ainda não entendi por que um simples beijo em Minerva despertou minha sede."
"Testando comigo? Você ficou louco? "Queria que eu testasse com quem? James? Ele me enerva, sabe disso."
"O ideal seria Candid, depois de vocês três, brutamontes, ele é o mais forte."
"Noble um músico, Honor um poeta traidor e eu um ourives descontrolado. Eu tenho pena do papai às vezes. Você e Daisy estão dando alguma alegria a ele afinal."
"Força feminina!" Ela sorriu, ele também.
"Mas eu não gosto quando você fala assim de Honor." Ela disse, ele pegou o livro e franziu o nariz.
"Ele é meu irmão mais doce e mais bonzinho. Ele é o melhor de nós. Eu sinto falta dele." Ela disse. Pride porém, não respondeu.
"Vi, onde arrumou esse livro?"
"Marlena deixou aqui em casa a milhares de anos atrás." Ele colocou na mesinha de cabeceira.
"Você não está querendo ideias para..." Ele cruzou os braços.
"Lunna leu, então..." Ela deu de ombros.
"A história não é ruim. É sobre um duque que tem um monte de bastardos e um filho legítimo."
Pride ergueu uma sobrancelha.
"Você perdeu a virgindade bem cedo, não venha dizer que por que eu sou fêmea, eu..."
"E eu precisando treinar meu controle. Obrigado, irmãzinha."
"Não. Se você bater nele, eu vou..." Violet odiava não terminar as frases.
"Contar para o papai?" Ele sorriu e a imitou:
"Papai, eu queria compartilhar sexo com Florest, mas Pride chutou as bolas dele e elas estouraram." Ele a imitou com maestria, Pride fazia isso com facilidade, a voz dele era um pouco mais aguda. Violet tentou não imaginar ela dizendo isso para seu pai, ou as bolas de Florest estourando, ela nem sabia se isso era possível, mas ela riu. Ele riu e ficaram rindo por uns tempos, os olhos dela se encheram de lágrimas.
"Eu vou a cabana de Dusky e quero que venha comigo." Ele disse.
"Dusky? Por que ele?" Ela perguntou, mas tirou uma calça jeans e uma camisa do closet, jogou na cama e entrou no banheiro.
"Eu preciso falar com alguém sobre o vínculo. Livie vai ficar comigo e os filhotes, a partir de amanhã, então eu queria saber um pouco mais."
Violet quase saiu pelada de debaixo do chuveiro quando ele disse que Livie iria ir ficar com eles. Ela se Ensaboou rapidamente e saiu enrolada numa toalha. Pride lhe deu as costas indo para a janela. Violet se secou e se vestiu.
"Vamos. Eu não acho que vai resolver alguma coisa, tio Dus não é mais o mesmo." Ela disse, eles saíram. Lá embaixo, tudo estava de pernas pro ar e Candid limpava tudo com um lenço amarrado na cabeça.
"Está sujo ali." Violet mostrou. Ele não disse nada. Pride e Violet saíram rindo.
"O castigo demorou, mas chegou." Pride disse.
"Nem me lembre que me dá vontade de rir. Acho que foi a melhor dele. Daisy quase se mijou de tanto rir."
"Bom, como eu não estava em casa, não deu pra rir tanto." Pride disse, mas sorriu.
"No tempo que nossa família ainda era normal." Violet ficou triste. Ela tinha trazido toda a tempestade.
"Não foi culpa sua, sabe disso. Teríamos de passar por isso, ia explodir na nossa cara. Não fique triste. Lembre-se do papai tentando fazer Rebbeca ir embora de olhos fechados por que ela estava nua." Violet sorriu. Isaac disse que o cio de Rebbeca era muito violento e três dias antes da festa de ano novo ele começaria. Candid, então, disse que Honor poderia ajudar compartilhando sexo com ela, Rebbeca só teria de ir na casa deles e entrar no quarto de Honor.
Então, sua mãe, Daisy e Violet estavam assistindo tv, seu pai na garagem mexendo em alguma coisa e Honor trabalhava em seu quarto, quando Rebbeca, nua em pelo, carregando um dos filhotinhos dela nas costas, bateu na porta. A porta deles sempre ficava aberta, Rebbeca foi entrando e dizendo:
"Fazer sexo Honor." Ela entregou o filhotinho para Daisy, farejou e foi na direção dos quartos. Sua mãe demorou muito para se recuperar e gritou pelo seu pai. O pai de Violet, chegou correndo, quando Rebbeca já abria o quarto de Honor. Violet e Daisy já estavam rindo e o filhotinho também riu com elas. Ele era tão bonitinho!
Rebbeca entrou no quarto de Honor e o atacou, o beijou, ele não teve como reagir, a beijou de volta. Seu pai ficou parado, sua mãe mandou ele entrar no quarto e tirar Rebbeca de lá, mas seu pai coçou a cabeça e disse que talvez fosse uma coisa boa. Sua mãe entrou no quarto e puxou Rebbeca de cima de Honor. Rebbeca rosnou para ela, seu pai entrou no quarto, de olhos fechados e pegou Rebbeca esperneando, ainda de olhos fechados. O filhotinho voou dos braços de Daisy e cravou as unhas nas costas de seu pai, foi uma confusão muito grande. Candid, que estava em algum lugar escondido, rindo, é claro, veio e pegou Rebbeca, o filhotinho e os levou. Daisy e Violet ficaram horas rindo.
"Quanto tempo ele vai limpar a casa?" Pride perguntou.
"Todos os dias até ir embora. Vai fazer o jantar, almoço e café, vai ficar a nossa disposição." Violet adorava a comida de Candid, era uma coisa boa.
"Vou comer lá todos os dias." Violet acenou. Eles chegaram a casa de Dusky, um jipe de brinquedo cor de rosa estava na varanda. Pride bateu e entraram. Pride ficou visivelmente desconfortável, por Ann estar ali, mas ver que Jewel estava bem e contando uma história desviou a atenção de Violet.
"Então, eu montei no gato. Ele tinha um cheirinho de canela, Dindo. Ele mandou eu segurar nas orelhas dele e correu, parecia que eu estava voando! Ele me levou até um portal na parede, eu desci dele e ele me lambeu!" Ela riu. Dusky a abraçou, ela estava no colo dele.
"Ele disse que é pra eu ser boazinha. Disse que é pra você perdoar a minha Dinda, que ele sabia que a sua cabeça era dura, mas que ele não imaginava o quanto. Ele disse que ama a gente, eu, Trees, você e que ama a dinda também, mas só se ela cuidar bem de você." Ann se sentou perto deles e beijou a bochecha dela. Violet desviou os olhos, mas viu que Dusky puxou Ann para perto.
"Oi, Violet! Olha, eu estou bem!" Jewel disse, ela estava com os cabelos cheios de laços, um monte deles.
"Eu fico muito feliz com isso, Jewel!" Ela passou a mão pelos cabelos castanhos compridos.
"Minha Dinda fez todos esses laços, estou bonita? Quer dizer, eu sou bonita, mas estou mais bonita?" Ela perguntou.
Violet sorriu, mas foi Pride quem respondeu.
"Linda, maravilhosa!" Ele disse, ela saiu do colo de Dusky e o abraçou. Dusky se levantou.
"Bom, vamos, senhorita North? Seu burro de carga está pronto." Dusky disse ela sorriu.
Jewel beijou Ann várias vezes na bochecha, beijou Violet e também Pride.
"É uma pena que você seja tão velho!" Ela suspirou, Pride riu. Ela saiu, Dusky saiu atrás.
"Eu não demoro, só vou puxar essa porcaria de jipe." Ele disse e saiu fechando a porta.
"Vieram falar de Livie." Ann olhou de um lado para outro, inspirou e os localizou. Ela bateu no sofá ao seu lado, Violet se sentou, Pride ocupou uma cadeira a frente dela.
"Viemos falar com o tio Dusky. Sobre o vínculo. Talvez devamos voltar outro dia."
"Mas se eu sei muito mais sobre essa... 'coisa'! Acham que são os primeiros que aparecem aqui para falar disso? Dusky manda todos embora, ele odeia falar sobre isso." Ela disse torcendo a boca. Fazia um tempo que Violet não a via, ela estava com uma aparência bem melhor, seu rosto delicado estava menos torto, talvez por ela ter ganhado peso, ela usava um lenço na cabeça, Violet tinha ouvido dizer que os cabelos dela cresciam e depois caíam. Sentada, não dava para perceber que um lado do corpo dela era torcido e ela mantinha sua mão defeituosa junto ao corpo.
"Deixa eu te dizer uma coisa, bonitão. Se você tem mesmo um vínculo com Livie será o único de toda a segunda geração, o que acha disso?" Ela perguntou. Violet pensou sobre o que ela disse e perguntou:
"Como pode dizer isso com certeza?"
Ela revirou os olhos cegos. Era estranho, pois depois de revirar os olhos ela inspirou e voltou a localizar Pride.
"Se for errado, quem disse foi o seu irmão, aquela cria de Satanás." Ela disse.
"Ele veio aqui, por causa daquela moça, o clone de Jewel, Cas. Ele queria saber por que continuava transando com outras fêmeas, como vocês falam." Ela explicou.
"Na verdade, Jewel é que é clone de Cassie." Violet a corrigiu.Ela fez um barulho de pouco caso com a boca.
"O dedinho do pé da minha macaquinha é mais original que aquela garota. Foi uma surpresa ela conseguir um gostoso como o Hush." Pride sorriu, Violet bateu nele com o pé.
"Bom, mas vamos lá. Tudo volta a Livie e o poder dela, você não percebe?" Ela disse e o encarou.
"Acha que meu vínculo não é real? Eu não sou como os outros, eu tenho..."
"Sede de sangue? Ah, bonitão, isso te deixa violento, não é? Você já deu umazinha enquanto chorava sangue e seja lá o que acontece quando você sente sede?" Ela perguntou.
"Eu não sinto sede." Pride disse.
"Então, por que chamam de sede? Você não toma sangue?" Ela torceu a boca e Violet disse que ela estava confundindo Pride de propósito. Violet riu, Ann a acompanhou.
"Não fui eu que inventei o nome. E isso não importa. Acha que eu ficaria todo esse tempo querendo Livie e não estaria vinculado?"
Ann suspirou fundo, se recostou no sofá e se preparou para falar.
"Deixe-me te dizer algo sobre Livie. Eu não fui uma boa mãe. Acho que eu fui uma péssima mãe na verdade, por que eu ignorei tudo na maternidade que desse trabalho. Livie foi criada por babás na maioria do tempo. Ela era uma criança linda e eu a exibia, mas não tinha paciência para ela, eu... Bom, taí algo que eu me arrependo profundamente. Se eu tivesse prestado a mínima atenção nela, eu teria visto que ela não era uma criança comum, e que toda aquela medicação de supressão, só fez adormecer o dom, ou capacidade dela, mas que assim que o tempo dos remédios passou, o dom dela aflorou de várias maneiras e acho que nem ela percebeu."
Violet acenou. Tia Marianne contou como Livie parou Pride com apenas um comando, o fazendo dormir por dias.
"Ela usava seu poder sem saber, ninguém sabia, ninguém percebia. Uma vez, ela sumiu um anel valiosíssimo de diamante, eu dei falta e convoquei as empregadas da casa, Livie fez todas nós esquecermos da existência do anel. Estou falando de mim, os seguranças, todas as empregadas, jardineiros e até o rapaz que limpava a piscina. Evan não estava em casa, e eu tinha ligado para ele quando dei falta do anel. Ela era pequena, deve ter se esquecido de Evan, mas quando ele voltou perguntou do anel. Eu não sabia que anel era esse, era como se nunca tivesse visto o anel do registro que Evan mostrou. Evan foi logo nela, ela chorou e contou tudo. Até hoje eu não me lembro de ter usado aquele anel. E ela era pequena nessa época."
Violet pensou no resgate de Livie, dela correndo, sendo atacada por ratos, um gato e por pessoas. E em tudo o que Jewel estava contando quando chegaram.
"Esse lugar de que Jewel estava contando..." Ela começou, Ann virou a cabeça na direção dela.
"Sim, esse lugar é uma incógnita. Vengeance e Dusky acham que é um lugar espiritual, eu não acho. Acho que nada disso existe, ainda que aconteça na mente das pessoas, e eu acredito que se você ficar muito tempo lá, você pode morrer." Ela disse.
"Mas o tio Blue..." Violet começou, porém não teve coragem de terminar.
"Se eu estiver certa, Blue somos nós, Mariah é Livie. Blue é a parte de nosso cérebro que quer nos tirar de lá, que nos tira de lá. Mariah é a parte de Livie que a chama à realidade, que a lembra das regras. A principal regra é não deixar a mente das pessoas lá."
Ela disse muito séria, Pride balançou a cabeça querendo dizer que ela era louca. Violet porém não pensava assim. Estar naquele lugar foi aterrador.
"Mas o tio V. disse que esteve naquele lugar antes, quando ele quase morreu. Ela não teria por que levá-lo lá." Pride argumentou.
Ann fez o barulho com a boca. Violet riu.
"Como sabe se Vengeance não tem seu próprio lugar? Ele é o desgraçado original com todos esses poderes idiotas. Ele não desenvolveu nenhum deles, deixou para desgraçarem a vida dos filhos dele." Ela disse, sua voz rouca pingando desprezo.
"Então, acha que eu não estou vinculado?" Pride disse.
"Não sei, querido, pode ser, pode não ser, mas é perfeitamente possível que que você esteve sob o domínio de Livie. Ou do que quer que seja que está dentro dela." Ela disse e ficou triste.
"Como assim?" Ele perguntou.
"Livie é boa! Livie é boa, ela é boa, não há nenhuma grama de maldade nela, nunca houve. Não foi Livie que quase matou a tal moça que vive correndo pelada por aí, e não foi Livie que quase matou Jewel. Não foi!" Ela ficou exaltada.
"Eu nunca pensei que pudesse ser ela, Ann. Na verdade, eu vim aqui por que..."
"Por que você andou molhando seu biscoito gigante na trapaceira? Isso não importa, bonitão. O que você precisa é..." Ann parou de falar.
Pride não se importou dela ter parado o pensamento, ele foi logo defendendo Minerva.
"Ela não é trapaceira e eu não molhei meu biscoito!" Ele disse. Violet até quis rir, mas Ann parecia distante. Mais distante que os olhos cegos dela sempre pareciam estar.
"Você não disse que seu biscoito não é gigante. Então eu acertei nisso. Bom, acho que estou um pouco cansada. Esses dois dias foram muito pesados, por um momento eu pensei que perderia minha macaquinha." Ela estendeu a mão boa, Pride a ajudou a levantar.
"Querida, pode me ajudar a me deitar? Você tem de ir embora, bonitão. Dusky não gosta que machos fiquem no quarto comigo." Ela riu.
"Tá, nem eu acredito nisso. Vá fazer as suas jóias, ou cuidar dos meus netinhos. Só te digo que se for morar com Livie, tenha cuidado com ela, a trate bem." Pride olhou para Violet, Violet acenou ele se foi.
Ann foi andando se guiando pelas paredes até o quarto dela. Haviam duas camas cobertas por lindas colchas de retalhos, feitas por ela.
Ela tirou o lenço da cabeça, soltando os cabelos negros e lisos dela. Havia uma falha bem acima das orelhas. Ela tocou.
"Dusky se ofereceu para raspar a minha cabeça, mas eu queria tanto continuar com meus cabelos! Aí essa grande parte aqui caiu. Agora..." Violet teve pena dela, perder a beleza para alguém como ela devia ser trágico.
"Não tenha pena de mim, tigrinha. Eu estou vivendo o momento mais feliz de toda a minha vida. Eu nunca fui tão feliz! Eu tenho uma família, uma de verdade, É como se Michelle e BELLS fossem nossos filhos e Jewel, Treasure, Lily e Sheer fossem nossos netinhos. Dusky está mais calmo, ele e eu não fazemos sexo, é claro, mas nós estamos bem. E o sofrimento de ter perdido Livie se foi. Ela está viva! Agora minha felicidade está completa." Ela tirou o vestido, Violet a ajudou a vestir uma camisola. O corpo dela era cortado por manchas roxas e seu braço defeituoso era muito esquisito.
Ela se deitou e estendeu a mão para Violet bem quando Dusky apareceu.
"Não acha que é cedo demais para dormir?" Ele perguntou. Era exatamente o que Violet achava. Ela estendeu a outra mão, ou tentou era a mão torta, ele, ao invés, afastou a coberta e deitou com ela, de conchinha. Ann fechou os olhos.
"Você vai precisar ser forte. Não pode contar nada para seu irmão, se contar, Livie saberá. Há algo dentro de Livie, que não é Livie. Eu não sei porque Livie atacou a..." Ele se virou para Dusky.
"Rebbeca?" Ele disse, ela sorriu.
"Viu? Já estamos completando as frases um do outro." Dusky fechou a cara.
"Continuando, eu não sei por que Livie atacaria Rebbeca, mas eu sei por que ela atacou Jewel." Ela disse, Dusky se sentou.
"Se ela atacou Jewel como você diz, Ann, ela deve ser contida." Ele ia saindo da cama, Ann tentou se virar, ele parou.
"Não. Calma. Temos de saber lidar com ela. Não seja um macaco burro."
Dusky abriu a boca mas bufou e voltou a se deitar.
"Minha macaquinha é muito esperta. Esperta até demais. Ela viu Livie fazer o que quer que Livie fez. E Livie deve ter visto que ela viu. Livie deve ter se concentrado em Rebbeca, os olhos dela mudam de cor. E é por isso que eu mandei seu irmão bonitão embora. Muito cuidado, tigrinha. Peça alguém para vigiar Livie. Alguém bem burrinho, alguém de quem ela não desconfie. Ela desconfiará se você ficar muito próxima. Na verdade, eu aconselho que você tome o partido da trapaceira. Jogue na cara dela que Pride comeu a fruta da trapaceira e se lambuzou. Livie não confia muito em si mesma, isso vai fazer você ver quando não é ela que está no comando." Dusky a abraçou e descansou a cabeça sobre a dela.
"Acha então mesmo que Livie tem múltiplas personalidades?" Violet perguntou. Ann fechou os olhos, estava cansada, Dusky a virou e se ergueu num cotovelo.
"Além de feia é sem educação? Violet falou com você." Ele disse.
"Isso, tripudie da mulher feia." Ann disse e ele riu.
"Evan ficou com ela. Se eu tivesse sabido que ela estava viva, eu diria que ele não era de confiança e que ele e a vadia da Samantha não deixariam Livie livre."
"Você conhece a tal Samantha?"
"E quem não conhece aquela puta? Eu nunca a vi, mas Evan tinha milhares de reuniões com ela, sempre a distância, claro. Eu uma vez disse que aquele sigilo todo era por que ela devia ser muito feia. Quem sabe o que aquela filha da puta pode ter feito? O que disseram mesmo, Dus?"
"Que Livie ficou refém de drogas alucinógenas." Ele disse. Violet estava se sentindo desconfortável ali, era como se eles estivessem tendo um momento íntimo. Ann fez o mesmo som com a boca.
"Quem você acha que pode ter desenvolvido essas drogas? Isso mesmo, a puta." Ann disse.
"Vou lavar essa sua boca suja com sabão." Dusky disse.
"Que tal lavar outras coisas?" Ela perguntou, ele fechou a cara.
"Não dá pra brincar com você, Ann."
"Uma garota pode tentar. Agora, macaco, saia daqui, a tigrinha quer me perguntar mais uma coisa." Dusky saiu da cama e do quarto.
"Quer falar sobre rapazes?" Como ela sabia? Será que com a cegueira, ela tinha desenvolvido algum sexto sentido?
"Ann, você..."
"Ah, tigrinha! Jewel já me contou de Florest pulando a sua janela e seu pai batendo nele. Mas diga logo, pois demorou muito tempo pra eu conseguir fazer meu macaco deitar comigo. E vou te contar um segredo: ele não é proporcional." Ela sorriu.
"Falando nisso..." Ela não conseguiu completar.
"Em paus? Ou pintos? Como vocês falam hoje em dia?" Ela se ajeitou.
"Bom, eu acho que é o nome mesmo."Violet sentiu suas bochechas ficarem quentes.
"Pênis? Sério? Vocês são tão sem criatividade! Mas eu sei tudo sobre pênis. Como acariciar, como chupar! Ah, os meus tempos! Vou te contar um segredo: Dusky enxerga melhor na penumbra, eu enxergo melhor na claridade. Então, eu sempre abro todas as janelas da cabana, e ele vive tomando banho e se vestindo na minha frente! Eu espero que não demore tanto pra ele me deixar tocar nele, se você me entende!" Violet resolveu então se abrir:
"Florest disse que quer colocar o pênis dele na minha boca e eu acho isso uma nojeira. Ele faz xixi com o pênis!"
Ann riu.
"Ah, querida, que inocência! É só ele lavar! No caso deles a higiene é bem mais fácil que a nossa. Eu já fui, bom, eu já cobrei para acompanhar executivos e mesmo muitos deles sendo ricos, eu cansei de chupar pintos salgados." Ela fez uma careta.
"É bom?" Violet perguntou.
"Não é uma unanimidade. Muitas mulheres não gostam, outras, e a mamãe aqui inclusa, gostam. Mas depende muito do dono do instrumento. Se Florest te pegar pelos cabelos, tenha cuidado. Demora um pouquinho pra se gostar de uma fodida na boca violenta. Mas deixa eu ver uma coisa, venha aqui."
Violet se aproximou e se sentou perto dela. Ann tocou no rosto de Violet, com os dedos, de leve. Passou um dedo pela boca dela e fez Violet abrir um pouco os lábios e Ann tocou em suas presas.
"Ele disse que queria foder a sua boca? Sério?" Ela perguntou depois de tirar a mão do rosto de Violet.
"Disse, quer dizer ele disse que queria colocar o pau dele em minha boca. Por quê?" Violet quis saber.
"Você vai ter de perguntar para uma dessas... Fêmeas, essas grandonas. Elas podem te ensinar, por que eu não consigo imaginar como você chuparia o pau dele com essas presas gigantes."
Violet acenou. Era exatamente o que ela pensou.
"Violet, querida. Está escuro já. Sei que o assunto de vocês está parecendo muito elucidativo, mas acho que se seu pai aparecer aqui atrás de você, e ouvir um pedaço dessa conversa, eu vou acabar tendo que lutar com ele." Dusky disse entrando no quarto.
Os olhos de Violet quase rolaram de seu rosto, ela esqueceu completamente de Dusky ali!
"Você adora lutar com homens maiores que você, macaco. Mas eu estou cansada. Lembre-se. Você precisa de ajuda. Alguém invisível." Ela se ajeitou, Dusky se ajeitou ao lado dela.
"Você fecha a porta, querida?" Dusky perguntou com um sorriso. Violet saiu dali feliz por seu tio Dus.
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FILHOTES DE VALIANT - PRIDE
FanfictionPride tinha decidido escolher uma fêmea que pudesse ajudá-lo a criar seus filhotes e a festa de ano novo na Reserva parecia a ocasião perfeita para isso. Só que Livie, a mãe de seus filhotes, que Pride acreditava estar morta não gostou nada dessa hi...