Capítulo 2| Uma Nova Alyna

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      Senhor Kaleb Giell era um dos melhores cavaleiro do Dragão Celestial, depois de Kael vem o senhor Eric Bennet o vice lider dos cavaleiros e depois o senhor Kaleb Giell o segundo vice líder  que se tornou o braço esquerdo de Kael. O senhor Giell é o segundo filho de um nobre de Freya e está seguindo Kael desde os doze anos de idade quando ainda eram escudeiros portanto são grande amigos, mas Kaleb Giell odeia meu pai o marquês de Bryer, ao início eu não sabia o por quê e foi então durante a guerra que escutei a sua história. Meu pai faliu a sua família levando seu pai a cometer suicídio movido pelo desespero, então seu irmão mais velho para salvar sua família sacrificou sua felicidade e seu casou com a única filha de um conde ao qual não amava e herdou sua fortuna e título, assim sua mãe e irmã mais nova não caíram em desgraça, o senhor Giell por sua vez se tornou um aprendiz de cavaleiro da família real aos oito anos de idade, desde então tudo que envolve o marquês de Bryer está envolto de podridão e isso também me inclui, Kaleb Giell será a pessoa mais hostil a mim em toda Amell e só durante a grande guerra é que vai me pedir perdão enquanto se sacrifica para me salvar... Uma batida na porta me tirou de meus devaneios eu arrumei minha postura respirei fundo e o mandei entrar, a pequena e servil figura de Gaya apareceu anunciando a entrada do senhor Giell.
    —Bom dia senhor Giell. – O cumprimentei com cortesia enquanto pedia para ele se sentar.
    — Estou bem em ficar em pé. – Respondeu ele ignorando meu cumprimento.
    —Vamos ter uma longa conversa por isso eu sugiro que o senhor se sente. – Insisti com firmeza o fazendo se sentar à contra gosto. — Senhor Giell eu gostaria de discutir com o senhor sobre algumas medidas que pensei para proteger Amell dos ataques de monstros, e também para ajudar no desenvolvimento do território. – Eu me calei esperando que ele falasse algo, mas tudo que consegui foi um sorriso de escárnio que fingi não ver. 
— Bom, a partir de amanhã vou construir ferramentas mágicas para instalar nos muros que cercam a aldeia e os campos...
    —Me perdoe por minha rudeza mas, a senhora por acaso sabe que magia não é algo que qualquer um pode usar. – Ele me interrompeu em voz baixa sem esconder o desagrado em seu tom rude ao falar, eu suspirei pesadamente por dentro e mais uma vez ignorei sua falta de educação e respeito ao falar com a senhora da casa.
    —Senhor Giell eu sei perfeitamente como funciona o uso da magia e por isso quero instalar as ferramentas mágicas, sei que o mago Ravy também queria instalar as ferramentas por toda Amell, mas devido a expedição repentina não teve tempo para concluir seu trabalho.
    —Ai sim temos um ponto que concordamos, devido ao seu querido pai meus irmãos do Dragão Celestial estão arriscando suas vidas em uma batalha que não era deles e por isso o mago não teve tempo de terminar seu trabalho. – Suas palavras cheias de sarcasmo estavam fazendo minha paciência se perder ao vento, eu olhei para ele com impaciência e continuei a falar.
    —Quando as ferramentas estiverem prontas quero uma equipe de apoio que me acompanhe junto com o mago Silfy até os muros de Amell.
    —Como comandante interino dos cavaleiros vou ter que rejeitar seu pedido, afinal somos muito ocupados para perder nosso tempo...
    —SENHOR KALEB GIELL! – Chamei seu nome erguendo meu tom de voz em alguns decibéis em total falta de paciência enquanto batia minha mão com força na mesa, em uma atitude totalmente fora dos padrões da nobreza de Freya, claro que quando me casei com Kael eu era uma criatura tímida de mais para erguer meus olhos do chão, mas nada que uma convivência diária em um campo de batalha para aprender os piores hábitos, o senhor Giell me olhou surpreso, mas logo o descontentamento se estampou em seu rosto mais uma vez, eu respirei fundo novamente e continuei.
    —Senhor Giell estou querendo discutir um assunto importante para Amell e é algo que no futuro vai salvar muitas vidas, por isso insisto que o senhor dê o devido respeito e seriedade a esta conversa! Forme uma equipe e deixe sobre aviso para que me sigam aos muros de Amell em alguns dias!
     – Kaleb Giell era um posso gélido e sem expressão por isso era impossível de ler, ele apenas fez um gesto positivo com a cabeça no final.
    — Fico feliz que tenhamos encerrado este assunto, agora em relação ao segundo assunto, eu preciso que uma pequena equipe esteja pronta para uma viagem até Zulklarth na primeira hora da manhã.
    —Com qual finalidade? – Ele questionou a contra gosto
    —Para a compra de sementes de cana de açúcar.
    —Para o quê? – O senhor Giell se levantou em um sobressalto com uma expressão que poderia matar alguém desavisado, eu o olhei com a minha melhor expressão de firmeza e comando tentando imitar Kael quando dava ordens sem aceitar discussão.
    —Vamos iniciar o plantio de cana de açúcar em Amell, quero sua melhor equipe para acompanhar o senhor Lancaster.
     Neste momento Anael bateu levemente a porta e anunciou a entrada de Eduel Lancaster, um dos Vassalos de Kael responsável pelas negociações comerciais de Amell.
    — Já pode se retirar senhor Giell... Seja bem vindo senhor Lancaster – Falei olhado de um para o outro, eu ignorei o olhar irritado do senhor Giell ao mesmo tempo que sorri com cortesia para Eduel Lancaster. – Senhor Lancaster te chamei aqui por que decidi iniciar um novo engenho em Amell, minha ideia vai elevar a fortuna e o progresso de Amell em outro nível e com certeza lorde Cedrick estará muito feliz ao retornar e verificar o progresso que teremos feito na Finca.
    – Os olhos de Eduel Lancaster brilharam em um misto de surpresa e admiração, assim que lancei minhas palavras.
    —Nós iniciaremos o plantio de cana de açúcar em Amell, também contaremos com um engenho para a fabricação do açúcar e um engenho para a fabricação de bebida destilada é o suficiente para começar, acredito que no inverno do ano que vem já estaremos vendendo os primeiros lotes da bebida, e muito antes disso os primeiros lotes de cubos de açúcar.
     Os olhos do senhor Lancaster que antes brilharam  de surpresa agora comtinham um pouco de descrença, era de conhecimento de todos que apenas no Reino de Zulklarth se produzia esses produtos e Amell era uma terra infértil.
    —Minha senhora... – Eu sabia que ele iria tentar me persuadir a desistir, mas eu o interrompi com firmeza.
    —Como senhora de Amell me responsabilizo por tudo que vier a falhar, seu único trabalho como vassalo é seguir com uma equipe amanhã para Zulklarth e trazer as sementes, embora este reino seja o único a monopolizar o plantio da cana de açúcar não existe nenhum decreto que impeça outros reinos de também obter este plantio, até onde eu sei os produtores de Zulklarth até se beneficiam com pobres sonhadores que voltam para seus reinos achando que obtiveram uma mina de ouro e perdem tudo por não conseguir uma única colheita.
    —Então minha senhora se o processo de cultivo é um segredo de Zulklart como vamos conseguir uma boa colheita.  – Eu lhe dei um sorriso misterioso como resposta e encerrei nossa conversa com a ordem expressa e irrevogável de trazer as sementes, quando Eduel lancaster partiu já era hora do almoço e após a refeição comecei a fazer os desenhos de como seria o engenho de açúcar, invocando em minha mente toda a lembrança do engenho que havia conhecido no condado de Enguerrard em Zulklart.

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