Memórias

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    —Vamos descansar nesta estalagem partiremos assim que amanhecer.
     Dada a ordem cada cavaleiro levou seu cavalo para o estábulo, Gael veio buscar o cavalo de Kael e sabendo que seu líder ainda deveria estar bravo nem nos olhou nos olhos , entramos na pousada ainda em silêncio e aquela atitude fria de Kael estava me deixando nervosa, eu sabia que ele estava furioso comigo, mas ao ponto de mal me olhar era demais assim eu também não procurei falar com ele, a dona da estalagem me deu a chave do quarto e eu pedi por um banho depois subi para o meu quarto sem olhar para trás e apenas podia sentir o olhar de Kael nas minhas costas.
    —Droga, por que ele me descobriu tão cedo? Estamos apenas com um mês de viagem então não é longe o suficiente para ele não me mandar de volta, mas eu não vou voltar! – Falei em voz baixa e  decidida enquanto terminada de enxugar meu corpo e assim que vesti as limpas roupas de baixo e uma camisola branca que a dona da estalagem forneceu Kael entrou no quarto, ele também havia se banhado e vestia uma blusa branca com calças pretas eu não sabia em qual quarto havia se banhado. Provavelmente no quarto de Ravy. pensei ao olhar seu semblante cansado e em suas mãos havia uma bandeja cheia de comida quente.
    —Você não desceu para comer, como seu corpo pode suportar se você não se alimentar direito? Coma! – Kael usou sua fria voz de comando e colocou a bandeja ao lado da cama, esperou eu começar a comer antes de voltar a falar. – Alyna a guerra não é algo para estar aos olhos de uma dama, amanhã pela manhã Kaleb vai guiar um pequeno esquadrão para escolta-la de volta.
    —De jeito nenhum! Não irei voltar! – Respondi decidida.
    —Alyna! Você se lembra de como gritou quando aquele ogro te atacou? Aquilo não é nada comparado a uma guerra!
    —Sim tive medo, mas eu consegui usar a minha magia! Eu posso ser útil para a ordem Dragão Celestial! Para você! – Eu agarrei suas mãos querendo que ele me aceitasse ao seu lado, mas Kael também estava firme em sua decisão.
    —Alyna eu jamais vou permitir que a sua vida esteja em risco, então você vai voltar!
      —Quem garante que minha vida não estará em risco quando estivermos fazendo o retorno? Podemos ser atacados a qualquer momento! E não só isso toda a ordem será afetada quando você desfalcar  vinte a cinquenta cavaleiros para me escoltar incluindo o senhor Kaleb! Será um atraso e perigoso para todos!  – Vendo que ele continuava em silêncio continuei. —Como vou conviver com a culpa  se algo der errado por minha causa? Se alguém se ferir ou morrer? –Tentei apelar para seu coração, mas na mesmo hora ele enrijeceu seu corpo ao falar.
    —E como eu vou conviver com a culpa se você se ferir? Se você mor... – Kael foi incapaz de terminar sua frase e era como se algo lhe ferisse profundamente apenas ao imaginar, e parecia que agora estava mais decidido a me fazer voltar.
    —Então me proteja até eu poder me proteger! Confie em mim! Agora que despertei minha magia posso aprender o resto com Ravy, então por favor Kael me deixe ficar eu não suportaria ficar anos longe de você, levar meses para conseguir uma notícia... Eu iria definhar dia após dia... – Eu lhe abracei forte enquanto lágrimas escorriam por meu rosto e a minha voz era uma súplica de cortar o coração.
    —Droga Alyna ... – Kael sussurrou também em agonia antes de invadir minha boca com a sua, seu beijo foi rude ferindo um pouco meus lábios eu sabia que aquela era sua forma de punição por levá-lo ao limite. — Você está me enlouquecendo Alyna, por que diabos você tinha que vir escondida desse jeito?... Um mês Alyna! Um mês dentro daquela maldita carroça como um bandido!
    —Kael eu só queira estar com você... Por quantos anos essa maldita guerra vai durar? Já perdemos três anos do nosso casamento e agora isso ...
    —Alyna ...
      Kael me chamou interrompendo minhas palavras na tentativa de argumentar, mas eu não lhe sei chance e decidi usar minha última cartada.
    —Isso é sua culpa por querer me deixar para trás. 
     Minhas palavras estavam cheias de mágoa e desespero eu esperava que ele não tivesse forças para resistir as minhas lágrimas, Kael respirou fundo e soltou um grunhido baixo antes de me apertar novamente em seus braços e seus lábios rudes mais uma vez me atacaram com força, suas mãos logo estavam  passeando sobre minhas coxas, quadril e  bunda então ele me ergueu e me sentou em seu colo.
    —Alyna isso... Devemos parar agora... – Kael sussurrou em meu ouvido enquanto mordiscava de leve o lóbulo da minha mãe orelha fazendo meu corpo se arrepiar.
     —Ah! Kael...Ah... – Meus gemidos sussurrados o fizeram perder seu último fio de racionalidade e em um piscar de olhos nossas roupas estavam jogadas no chão e os dedos dele invadiam o mais profundo do meu ser me fazendo estremecer enquanto seus  labios beijavam, lambiam e mordiscavam meus mamilos arrancando baixos gemidos de meus lábios.
    —Alyna não posso mais suportar...
      Falando isso Kael retirou seus dedos e me preencheu por inteiro nos fazendo estremecer em cada estocada em cada movimento, como naquele último mês eu sentia falta de seu cheiro, de seu gosto, do seu corpo me entreguei sem reservas ou pudor a ele.
    —Kael por favor não me afaste de você... Por favor... – Supliquei entre suspiros quentes e gemidos sussurrados, naquele momento ele parou seu movimiento acariciou meu rosto antes de me beijar apaixonadamente após seu beijo seus movimentos se tornaram mais fortes e rápidos como se nos quisesse fundir em um só, nossos  gemidos voltaram a encher o quarto até nosso clímax chegar ao fim.
    —Você tem noção do quanto te amo e o quanto me assusta você estar aqui?
     Eu havia escutado aquelas palavras, mas estava em dúvida se eram reais ou não já que após fazer amor toda a exaustão acumulada daquelas semanas viajando escondida e o uso repentino da magia me fizeram sentir uma forte sonolência.
    —Minha senhora...
       Eu abri meus olhos ainda sonolentos com o chamado de Gaya a porta, suspirei ao perceber que havia sonhado com uma memória do passado, sem perceber em que momento havia adormecido.
    —Mas por que tinha que ser esse tipo de lembrança? – Reclamei baixinho comigo mesma e logo deixei Gaya entrar.
     —Gaya preciso de um banho por favor. –Pedi sentindo minhas bochechas pegarem fogo ao sentir a umidade lasciva entre minha pernas.
    —Senhora seu rosto está tão vermelho, por acaso a senhora tem febre?
   Gaya perguntou gentil como sempre enquanto colocava sua mão em minha testa com seu rosto cheio de preocupação.
    —Apenas com  um pouco de calor, eu estou bem Gaya, por favor só me prepara meu banho.
     Gaya me deu um aceno de cabeça antes de sair do quarto. — Alyna se acalme...Ah? Que vergonha... – Pensei levando a mão até meu peito sentindo meu coração ainda batendo forte com as lembranças de Kael, após o banho consegui acalmar minha mente e meu corpo suspirei aliviada, eu tinha que me concentrar em meus últimos preparativos já que no dia seguinte partiria para Norman.

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AlynaOnde histórias criam vida. Descubra agora