N/a: se eu fosse vocês não me animava pra esse cap não.
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Jaebeom sentiu o chão sumir debaixo de seus pés. Um bebê... Ele ia ser pai... Um bebê! Pai... Começa a hiperventilar e sentiu Jinyoung o acudir e o segurar por trás. Nem sabia que havia caído, ele havia caído mesmo? Ele ouviu um choro de longe, não sabia identificar de quem, mas sabia que era de alguém de sua família, pois só tinham eles na sala de espera naquele momento. Deixou que Jinyoung levasse seu corpo de volta a cadeira e não conseguiu ouvir uma palavra sequer que tenham dito pra ele. Encarava o nada com o olhar perdido, sua cabeça girando. Se antes sua mente já estava a mil, agora ela estava funcionando dez vezes mais rápido. Ele iria ser pai... Por isso a irritabilidade de Youngjae fora de época, o cheiro nauseante misturado ao cheiro de seu ômega, o enjôo repentino... Eles seriam pais! E aquilo lhe fora negado, o destino não quis que eles fossem...
O que mais poderia dar errado em sua vida?
Foi tirado de seus devaneios por um tapa na cara que Yugyeom lhe dera. Jaebeom o olhou, como um idiota. Quanto tempo havia se passado? Ele não sabia dizer. Jinyoung já não estava mais ali e tampouco sua sogra. Descobriu que a mesma passou mal por causa da notícia e foi socorrida pelos médicos, mas estava fora de perigo. Sua mãe a estava acompanhando também, restando só ele e Yugyeom ali.
— Irmão, eu sei que é horrível tudo isso que está acontecendo, mas ele está vivo. Se concentra nessa informação, okay? — Agora ele acariciava o rosto do alfa, justamente aonde ele havia lhe dado um tapa. — Youngjae está vivo. É isso que importa no momento.
Jaebeom apenas concordou, acenando brevemente com a cabeça. Jinyoung nesse momento já estava se juntando aos dois e lhe deu um abraço forte. Não foi preciso nenhuma palavra, mas Jaebeom sabia que seu amigo alfa entendia como ele estava se sentindo naquele momento.
Miserável era a palavra. Estava aliviado por seu ômega ter sobrevivido, mas ainda arrasado por saber que não seria mais pai. Estava se sentindo miserável e impotente, completamente inútil e desatento. Por mais que lhe dissessem que o acidente não era sua culpa, ele não conseguia acreditar. E se ele tivesse insistido um pouco mais pra Youngjae o acompanhar até a loja? Tomar um ar ao invés de deixar ele se trancar no carro novamente?
Tantas possibilidades, tantos jeitos de se evitar esse acidente...
— Você não tinha como prever isso. — Jinyoung finalmente falou. Parecia que ele estava lendo sua mente. — Foi um acidente. E por sorte, Youngjae está bem. Não fique se culpando, eu sei que você está fazendo isso nesse exato momento. — Jinyoung segura o rosto de Jaebeom com as duas mãos. — Pelo menos uma vez na vida, não se culpe por uma coisa que não teve como você controlar, okay?
— Mas Jinyoung, eu podia ter... — Ele começa a dizer, mas é interrompido.
— Não, você não podia. Você não é vidente. — Jinyoung olha dentro de seus olhos. Ele ia dizer mais alguma coisa, mas a enfermeira chamou pelo nome de Jaebeom mais uma vez, para que ele a acompanhasse até o quarto onde seu ômega estava internado. — Melhore essa cara antes de ir ver Youngjae, você está péssimo. Ele vai ficar preocupado e tudo o que ele não precisa é de preocupação no momento.
Dito isso, Jinyoung se sentou ao lado de Yugyeom e Jaebeom acenou com a cabeça, concordando com ele. Se aproximou da enfermeira, que lhe passava todos os detalhes do estado de Youngjae enquanto caminhavam por aquele corredor completamente branco e até medonho, dependendo do ponto de vista. Youngjae estava com um galo na cabeça pela batida, fizeram exames e ele teve uma leve contusão. Seu pescoço estava imobilizado, pois tinha prejudicado a coluna na batida e provavelmente teria que passar alguns dias assim, mas nada de cadeira de rodas. Ele estava grávido de cinco semanas, tinham feito de tudo para salvar o bebê, mas o mesmo não resistiu.

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Fated ABO [2jae]
FanfictionYoungjae nunca concordou com o fato da sociedade ser regrada pelos alfas, ele sempre se esforçou para que as pessoas o enxergassem como forte apesar de ser um ômega. Infelizmente não é assim que a vida funciona, e por causa do testamento do seu fale...