16. I Wanna Be Yours

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Segredos que tenho mantido em meu coração
São mais difíceis de esconder do que pensei
Talvez eu só queira ser seu
Eu quero ser seu, eu quero ser seu

I Wanna be Yours — Arctic Monkeys

Maeve's POV.

Estávamos imersas em um mundo particular, onde só existiam eu e ela, nada e ninguém mais. Ela apertava meu corpo possessivamente contra o seu corpo, como se quisesse fundir nossos corpos em apenas um. 

Já me senti atraída por outras garotas, mas nunca como estava atraída por Billie. 

Enquanto nos beijávamos eu escorregava as mãos pelo corpo dela, como se quisesse o conhecer. Ela deixava eu apertar a cintura dela e puxar seus cabelos quando sentisse vontade. Billie não estava diferente, ela tocava em meu rosto e em minha cintura por cima do roupão. Quando nossas línguas se encontravam sentia arrepios e um inexplicável desejo naquela mulher. 

Naquela noite eu sentia que a queria. Meu corpo clamava por ela.

Passei a ponta dos dedos de sua testa até ao ombro, onde desci uma das alças da camisola curta e macia que ela trajava naquele momento. 

Dizem que não nos reconhecemos quando nosso desejo se aflora, quando deixamos a luxúria nos dominar e agora consigo dar razão a quem falou isso. Muito provavelmente meus olhos já estavam com suas pupilas dilatadas, pois meu corpo inteiro estava quente e arrepiado. Estava tão desinibida que não conseguia me reconhecer.

Encerrei o beijo com uma mordida em seu lábio inferior, então me afastei um pouco e ela pareceu não entender nada. A olhando em seus olhos azuis de pupilas dilatadas, levei ambas as mãos até ao nó do meu roupão e devagar o desfiz. Conseguinte o deixei cair no chão e lá estava eu, completamente nua na frente de Billie. Dessa vez por livre e espontânea vontade. 

Não senti-me envergonhada com os seus olhos penetrantes e observadores em mim, ao contrário disso, sentia-me desejada por ela. 

— Você tem certeza? — perguntou com a voz rouca, o que denunciava que ela também estava excitada tanto quanto eu. 

— Eu tenho. — dei alguns pequenos passos, até estar muito próxima dela, a pouquíssimos centímetros de distância. — Eu quero ser sua. 

O'Connell não esperou nem mais um segundo ou abriu a boca para falar algo, sua boca grudou na minha com uma rapidez assustadora, as mãos foram direto para a minha cintura, agora descoberta e foi quase impossível não suspirar ao sentir arrepios percorrem meu corpo. 

Com os braços me agarrando deu-me impulso para circular sua cintura com minhas pernas e foi o que fiz. Em poucos passos estávamos na enorme cama, confortável e macia. Ela estava de joelhos e eu deitada, não estávamos nos beijando mais, mas nossos olhos estavam conectados.

Seus azuis olhavam para o meu rosto com a mesma devoção e paixão ardente de sempre. Ela levou uma das mãos até a minha bochecha, a acariciou e sorriu pequeno.

— Você não sabe o quanto sonhei com isso. — sussurrou. — Eu não aguentava mais te ver e não poder te tocar, te provar, beijar. 

Billie tirou a camisola preta e minha respiração pareceu ter ficado presa em minha garganta; seus seios fartos entraram em meu campo de visão e eles eram mais lindos e chamativos do que sempre achei que fossem. Certamente meus olhos brilharam. Eilish por sua vez sorriu satisfeita e com cuidado baixou, até estar com a boca em minha orelha.

— Eu sou toda sua, Maeve. — a voz dela estava rouca e soava tão sensual que senti uma pontada em minha intimidade, eu queria e precisava daquela mulher. 

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