9. Amor-perfeito

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Primeiro capítulo inédito!

Aproveitem muito, tem 4.000 palavras, viu?!

mwah, mwah



Maeve's POV.

Minha cabeça estava encostada no ombro de Tristan. Estávamos sentados na calçada da minha casa, em uma noite fria e aleatória, como fazíamos quando ainda estávamos na escola.

— Como vai ser quando você for para a Espanha? — perguntei baixinho.

— Acho que vamos continuar como estamos, tentando manter um relacionamento a distância. — respondeu ele, soltando a fumaça do cigarro logo depois.

— Acha que vai dar certo? — perguntei.

— Claro! Eu amo você e serei fiel à você. Apesar da saudade podemos nos falar todos os dias. — falou ele, acariciando meu braço coberto por um casaco azul de tecido grosso. — E quando eu voltar, podemos nos casar.

Me afastei dele rapidamente, ele me olhou com o cenho franzido.

— Casar?

— É casar, amor. Provavelmente você já vai estar no último ano da faculdade, talvez trabalhando.

— Mas não é cedo demais para casar? — questionei um pouco alarmada.

— Não, claro que não. Quero dizer, se você não quiser tudo bem.

Não é como se eu não quisesse me casar com ele, quero dizer, eu não sei se quero me casar com ele. Apesar de gostar muito dele e de sua companhia eu não o amo e não tenho certeza de que é com ele que quero ficar para o resto da minha vida.

— Desculpa por te apressar dessa forma, Eve. — suspirou. — Sei que você nunca gostou de falar sobre o futuro, me desculpe.

— Tá, tudo bem. — e realmente estava. — Entendo que você tenha maiores planos para o futuro do que eu.

Falei com uma pontinha de tristeza. Apesar de ter amigos que não são boas companhias, Tristan é um garoto centrado, inteligente e ambicioso com o futuro dele. Ele quer ser advogado e jogar basquete por esporte, ter uma casa grande, casar, ter filhos e ter uma vida estável e muito boa. Já eu não sei o que quero para o meu futuro, não sei para qual faculdade vou e se quero entrar em uma. Não penso em casar e ter filhos, ou ter uma vida estável. Nós pensamos diferente.

— Maeve. — ouvi uma voz conhecida me chamar.

Ao erguer minha mirada para cima deparei-me com dois olhos azuis me olhando atentamente. Apenas a luz da lua e a iluminação dos postes públicos iluminavam a rua, mas mesmo assim conseguia ver o brilho que seus olhos emanam.

— Oi Billie. — respondi com um grande sorriso, ela também sorriu.

— Como você está? — indagou sem desviar o olhar de mim.

— Bem, e você?

— Bem também.

Só ai ela olhou para Tristan que estava ao meu lado com uma expressão confusa.

— Seu amigo, Maeve?

Ela sabe muito bem que ele é o meu namorado.

— Meu namorado. Tristan.

Tristan sorriu, Billie também, porém um sorriso estranho, não um sorriso de simpatia.

— É um prazer conhecer você, Tristan. — disse ela com ambas as mãos nos bolsos da calça preta. — Sou Billie O'Connell, amiga e vizinha da Maeve.

Apontou para a casa ao lado, meu namorado assentiu com a cabeça.

— O prazer é todo meu, Billie.

Dito isso Billie voltou a olhar para mim, dessa vez voltando a sorrir genuinamente.

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