2. Maeve for Prom Queen

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Maeve's POV.

De novo meus olhos foram se abrindo aos poucos, fui retomando a consciência. Assustada e com medo mexi todos os meus membros para confirmar que não estava presa. E não estava presa. Estava na minha cama, deitada e com meu pijama amarelo de sempre. Então tudo aquilo foi apenas um sonho?

Mas tudo foi tão real. Como pode isso ter sido apenas um sonho?

Olhei para o meu braço esquerdo e um desespero tomou conta de mim. O band-aid de antes estava no mesmo lugar. Foi como um balde de água fria, aquilo tudo não foi um simples e assustador sonho ruim, foi o que eu vivi. Meu braço ainda doía e estava com alguns arranhões, isso não estava ali antes. O que aconteceu para eu vir parar aqui e assim? Espera, eu estou em casa? Os meus pais! Eu preciso vê-los.

O mais rápido que pude tirei o cobertor de cima de mim e sai do meu quarto, desci as escadas correndo e quando cheguei ao andar de baixo senti o cheiro de comida. Corri mais ainda até chegar na cozinha e sorri aliviada quando encontrei meu pai cozinhando tranquilamente.

— Pai! — exclamei o abraçando por trás. — Achei que nunca mais veria você.

Senti que meu pai ficou surpreso, mas me abraçou mesmo estando de costas. Então virou-se para mim e me olhou como se eu fosse uma louca.

— Por que? — levantou uma sobrancelha.

— Porque... — mordi a língua com força. Lembrei-me daquelas coisas que aquela mulher me falou e retrocedi, engolindo em seco e pensando no que diria para ele.

— Maeve, você está bem? — ouvi minha mãe perguntar preocupada. Virei para trás e sorri grande, indo lhe abraçar.

— Sim. Sim, eu estou. E você? — perguntei a abraçando com força. Escondi meu rosto na curvatura de seu pescoço e inalei seu perfume bom, sorrindo logo em seguida.

— Eu também estou bem, amor. — se desfez do abraço. — Como está seu braço? Deixe-me ver.

Pediu e foi logo olhando meu braço com o curativo. Eu a olhei confusa. Será que eles sabe o que aconteceu? Mas se soubesse não estariam agindo tão calmos quanto agora.

— Filha, você tem que tomar mais cuidado ao andar na rua. — alertou enquanto passava uma das mãos em meu rosto. — Depois desse acidente não quero saber da senhorita andando tarde da noite na rua, hein.

— Acidente? — perguntei confusa.

Meus pais me olharam estranhados e depois se olharam, logo depois voltaram a olhar para mim.

— Que estranho, o médico falou que não teria nenhuma  sequela. — papai murmurou. — Filha, você lembra do que aconteceu enquanto você vinha para casa?

Engoli em seco. Sim, eu me lembrava o que aconteceu, no entanto eu não posso abrir a boca para falar, não quero morrer, muito menos ver minha família morrer por minha culpa, então resolvi falar que não. Eles ficaram ainda mais surpresos.

— Você foi atropelada. Uma mulher ajudou você, te levou para o hospital e então ligaram para nós. — mamãe falou.

— Eu fui até lá e você estava desacordada por causa dos medicamentos, quando o médico disse que você estava bem trouxe você para casa.

Meu pai explicou. Eu fiquei confusa e engoli em seco. O que aconteceu para eu ter ido para o hospital? Eu não lembro de hospital nenhum. Será que isso é verdade? Será que eu cai em algum momento e acabei perdendo a consciência e alucinei tudo aquilo? Mas, não, aquilo era real demais... E tem o band-aid no meu braço, mas também têm esses arranhões.

Meu almoço ao lado dos meus pais foi barulhento, mas não com barulhos externos, foi com barulhos internos, barulhos da minha mente pensante. Eu não conseguia me concentrar em outra coisa que não fosse o que aconteceu comigo, eu queria respostas. Queria olhar no rosto daquela mulher loira e perguntar quem ela é e o que fez comigo.

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