5. Coming Home

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Maeve's POV.

Encarava a vista da janela do quarto, como já estava acostumada a fazer. Era meio que uma rotina. Ver o sol nascer. Pelo menos era algo que me dava prazer, era bonito de olhar. Os primeiros raios solares pintando o céu com seus tons de amarelo.

Depois de ver o sol nascer, eu sempre voltava para a cama e ficava lá, então deitava na cama e assistia qualquer coisa na Disney +. Pelo menos ela pensou em um pouco de entretenimento para mim.

Billie mal ia para o quarto, ela gostava de ir para lá e ficar me olhando. Às vezes, enquanto eu supostamente dormia, ela vinha até aqui e deitava do meu lado, cantava uma música em grego e acariciava meus cabelos. Eu ficava imóvel, assim ela não perceberia que estava acordada. Ela tem uma voz bonita, se não fosse um monstro deveria ser cantora, ela faria sucesso.

Meus dias passaram se arrastando. Eu falava com a mamãe e o papai através do meu celular, na presença da Billie, ela sempre deixava uma arma carregada do lado dela e fumava ou um cigarro eletrônico ou um normal, despreocupadamente, pois ela sabe que não vou contar nada.

Ela é tão ardilosa e inteligente, que mandou alguém fazer montagens minhas e das coreanas no Hawaii. São as fotos que eu mando para os meus pais e para a Rosé. As fotos e vídeos ficaram perfeitos, eles não vão desconfiar de nada e isso é o mais frustrante de tudo.

Ouvi o barulho da porta se abrir e virei meu olhar para Hannah Montana que passava na televisão, sabia que era ela e não queria ser obrigada a olhar para ela.

— Bom dia, Maeve. — disse, então senti o colchão afundar do meu lado, pois ela se sentou. — Dormiu bem?

Billie tocou em meus cabelos, logo senti a respiração quente dela bater contra o meu rosto. Havia dado um beijo em minha testa.

— Sim, eu dormi. — respondi, ainda com os olhos presos na televisão. — E você?

Ela exigia que eu fosse educada e que a respondesse sempre quando ela perguntar. Hoje em dia eu só faço o que ela manda eu fazer de qualquer forma.

— Eu também, princesa. — os olhos penetrantes dela estão em mim. — Olhe para mim. — ordenou, obedeci. — Hoje você vai voltar para sua casa.

Ela contou sorrindo. Eu, por reflexo, sorri também e então me levantei mais rápido do que o The Flash, me sentando na cama. O sorriso dela aumentou.

— Para a minha casa? Para os meus pais? — indaguei com os olhos quase arregalados, sentindo meu coração bater forte.

— Exatamente, mikró korítsi. — colocou uma mecha minha para trás da orelha, com o mesmo sorriso largo e o olhar fascinado.

— Eu não posso acreditar! — exclamei. — Isso parece um sonho. Tem certeza que não é mentira?

— Claro que tenho, Maeve. Sua viagem era de cinco dias, hoje é o quinto dia.

Ela falou tranquilamente. Ergui uma sobrancelha, agora confusa. Para que exatamente ela me sequestrou, afinal? Para me manter em cárcere privado durante cinco dias e não fazer nada? Sério que ela armou todo esse circuito para me libertar no quinto dia?

— Por que me sequestrou?

— Já disse para parar de usar essa expressão. — inconscientemente revirei os olhos. — E para parar de revirar os olhos também.

— Me desculpe.

— Mas você sabe que eu fiz isso para ter você perto de mim. — falou simples, como ela sempre fala quando eu perguntava por algo. — Agora vai lá. Se arrume que daqui a pouco vamos para o aeroporto.

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