(16) Sua, por enquanto

1.2K 114 0
                                    

Acordar foi como mergulhar num tonel de mel.

Suas coxas eram pegajosas e grossas e escorregadias, acumulando-se e manchando a calcinha e o amortecimento macio por baixo dela.

E estava quente. Tão quente. Chamas abrasadoras a lambiam, arrancando sua pele por dentro. O corpo ao lado dela, o braço sobre ela, era demais. Muito calor.

Então ela começou a arranhar a mão, cravando as unhas na carne macia do braço para afastá-lo ou para baixo, ou ela não tinha certeza de onde precisava.

— Granger? — A voz em pânico poderia estar a trinta centímetros de distância ou a quilômetros de distância, ela mal conseguia ouvir e era a única coisa que conseguia ouvir; tudo de uma vez.

Sua boca estava se movendo.

Alfa, alfa, alfa.

Por que ela estava implorando? O que ela estava implorando?

Oh

O braço que uma vez esteve sobre ela desceu por seu peito, sobre a protuberância apertada de seu seio, até o monte no ápice de suas coxas e mergulhou.

Por um momento houve alívio do calor. Ela conseguia respirar.

Mas então o ar foi subitamente arrancado de seus pulmões enquanto dedos fortes traçavam o contorno de seu clitóris, sem tocá-lo completamente.

Por favor por favor por favor.

E aquele filho da puta estava rindo. Um estrondo profundo vindo do centro de sua barriga que a fez arquear as costas para se aproximar da respiração fresca que escapou de seus lábios.

—Tão carente, ômega. Eu cuidarei de você. Eu tenho você, minha doce menina.

A mão havia sumido e ela teria gritado em protesto se não fosse seu rosto enterrado em um travesseiro.

Não não não.

Deixe-me vê-lo.

Por favor por favor.

Eu preciso ver você.

Uma mão fria em sua espinha. Acariciando, acalmando.

—Não posso, ômega, tem que ser assim. Você me faz perder o controle. Esses olhos, esses malditos olhos.

O calor estava atravessando seus olhos e queimando sua língua. Ela estava se debatendo, arqueando, chorando. Seus cachos estavam úmidos e grudados no rosto. Suas mãos se estendendo atrás dela para agarrar algo, aquela coisa que iria parar a queima.

Ofegante, ofegante, ofegante.

As mãos estavam no alto para mantê-la firme.

— Minha doce menina, minha boa menina, tão pronta para mim.

Ela estava pronta. Ela estava mais do que pronta.

Ele separou as coxas dela e de repente a mão nas costas dela desapareceu. Ele estava ajoelhado atrás dela, respirando seu perfume. Um rosnado vindo de sua garganta. Lambidas amplas de sua língua para pegar o líquido que escorreu até seu joelho.

Não foi suficiente.

Mais, mais, por favor, mais.

A língua dele estava ali, plana e forte contra o clitóris dela por trás. Seus polegares se moveram para separar suas dobras, seu nariz enterrado quase na abertura de sua boceta.

Ele colocou uma mão sob sua barriga para apoiá-la, dando-lhe acesso mais fácil ao botão que agora pulsava, implorando para ser tocado.

Não bastava, agora era quase demais.

Cherry Mint | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora