(6) Todo mundo sabe

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Harry Potter não lia a menos que fosse absolutamente, sem dúvida, inexplicavelmente necessário.

Depois de anos confinado com os Dursley, sem nada além de livros para ler, ele estava cansado deles. Por que ler sobre aventuras quando você pode vivê-las sozinho? O que estou tentando dizer é que Harry Potter não lia. Nunca.

Então, quando Ronald Weasley encontrou seu amigo enterrado em um livro de 25 centímetros de espessura no início da manhã de um fim de semana, bem, ele quase desmaiou.

— Caramba, Harry. — O menino pulou com a menção de seu nome, não esperando que mais alguém estivesse acordado àquela hora. — Nunca pensei que veria esse dia. Você mal toca nos livros escolares, muito menos nos de lazer.

Harry zombou: — Isso dificilmente é por prazer. Estou... pesquisando.

— Oh Merlin, ele enlouqueceu. Absolutamente louco. Livros acadêmicos, Harry Potter, em um sábado? Devo alertar... — As palhaçadas amigáveis ​​de Ron pararam ao ver o rosto sério de seu amigo.

— Estou lendo sobre o que Hermione é. Se não fosse a nossa amiga passando por isso, seria fascinante. Mas é, você sabia que eles vendem ômegas para homens? Para fazer o que quer que seja?

— Ah, sim, mamãe falava sobre isso o tempo todo. A tia dela era um ômega, você sabe. Minha tia-avó Shirley. Um homem ofereceu-lhe riquezas para tê-la. Mas ela escolheu um homem pobre. Durante tempos difíceis para nós, minha mãe dizia que gostaria que Shirley tivesse ficado com as riquezas para que não fôssemos tão... Ah, pare com isso, Harry, ela estava apenas tentando.

Harry lançou um olhar para o amigo, mas depois suavizou sua expressão. — Você... quero dizer... você acha que isso aconteceria hoje? Você realmente acha que os homens tentariam comprar Hermione?

Ron sentou-se ao lado de seu companheiro de cabelos negros no sofá. Ele ponderou por um momento.

— Eu acho que sim... quero dizer, McGonagall tem mantido silêncio sobre tudo. Ninguém sabe ao certo ainda, mas já existem rumores. Depois do primeiro mês de Hermione... — Ron parou quando Harry se encolheu.

O primeiro mês após o fim do cio de Hermione foi difícil. Muito difícil. No início, ela tentou não deixar que isso a distraísse dos estudos. Tentou ir às aulas e às refeições como se tudo estivesse normal. Mas o que poderia ser normal em centenas de homens mostrando os dentes uns para os outros quando tentavam se aproximar de você? O que era normal no fato de sua melhor amiga chegar ao ponto de vomitar porque estava se escondendo de você? Nada, nada era normal.

Hermione se barricou no corredor de concreto pelo resto do mês. Ela solicitou que apenas mulheres pudessem entrar nas proteções. Daphne visitava com frequência; trazendo suas tarefas e conversando com ela sobre Draco. Mas isso significava que Harry e Ron não falavam com a amiga há menos de um mês.

— Muita gente está falando agora, Harry. Sobre como os alfas estão agindo, sobre como Hermione desapareceu. McGonagall não pode manter isso em segredo para sempre. Mas, quando isso acontecer e o resto do mundo descobrir...

— Ela receberá ofertas. — Harry terminou.

Ron suspirou. — Ela receberá ofertas.

A dupla ficou em silêncio pelo que pareceu uma eternidade. A fraca luz do sol havia mudado para o brilho opaco da verdadeira manhã. Os residentes da Grifinória começaram a entrar na sala comunal com eles, criando um burburinho perturbador. Mas, de repente, o burburinho desapareceu.

Hermione Granger estava na entrada, os olhos procurando pelos amigos que ela não via há muito tempo. Quando seus olhos pousaram no par, ela saltou em direção a eles. Sem pensar, ela se jogou primeiro nos braços de Ron. Ele recuou ao seu toque. No entanto, isso foi diferente da última vez. Muito diferente. Em vez da típica náusea autocontrolada, ele parecia zangado. Furioso.

Cherry Mint | DramioneOnde histórias criam vida. Descubra agora