Sobre o Mar Das Estrela-Xiaoxuesong

28

Ele teve que dar mais um passo para trás, tateando pelo batente da porta para se equilibrar, a vertigem repentinamente insuportável.

Tentando administrar as imagens conflitantes em sua mente - horror, culpa, afeição, raiva; a sentença de morte que ele deveria passar, deveria querer passar, deveria, deveria , mas simplesmente não podia - era bastante difícil com a distância que ele havia cultivado com tanto cuidado.

Ele não estava de forma alguma pronto para pensar sobre corpos e o que esses corpos tinham feito, o que ele tinha feito, com Xue Yang.

Xue Yang .

Seus joelhos quase cederam e uma mão agarrou seu cotovelo, então imediatamente recuou quando ele se encolheu violentamente.

“Daozhang?”

Teria sido mais fácil, ele tinha certeza, encontrar a clareza de que precisava, se houvesse algo malicioso ou obsceno na voz, mas Xue Yang não parecia nada além de aterrorizado .

“Xiao Xingchen-.. Eu... você está ferido? Vou chamar os médicos, fique aqui...”

Não,” ele conseguiu, lutando contra a tontura para se endireitar. Pode ser difícil explicar às dignas senhoras mais velhas por que ele cairia ofegante de joelhos por causa de um único toque do assassino no meio delas. “É... está tudo bem, eu estou bem. Não me toque novamente.”

Um vazio súbito à sua frente, espaço para respirar, o som de passos recuando tão rápido que quase tropeçavam.

"Volte para a cama", disse ele, e conseguiu fazê-lo comandar, como se ele não estivesse ainda agarrado ao batente da porta como algo se afogando, como se aquele comando não tornasse tudo pior , sua garganta e ouvidos de repente ficando quentes . “Você está se queimando novamente por estar de pé, andando por aí. Deixe suas energias descansarem.”

“ Você precisa descansar!” Xue Yang atirou de volta e a infantilidade da troca o fez cair na gargalhada, apenas um pouco insano, sem fôlego.

"Eu vou. Eu vou descansar. Podemos conversar mais tarde.”

Houve um silêncio absoluto no quarto, apenas um rangido suave como se alguém obedientemente se acomodasse na cama novamente.

“Xiao Xingchen...”

Ele raramente tinha ouvido Xue Yang soar tão confuso. Supondo que ele não podia culpá-lo, ele ainda estava tentando alcançá-lo, definir o que tinha acabado de acontecer ele mesmo.

“Você me assustou,” ele se conformou, o que estava muito mais perto de mentir do que ele estava estritamente confortável. Conseguiu endireitar-se totalmente, soltou a madeira esculpida do batente da porta quase como uma reflexão tardia.

“Sinto muito,” Xue Yang retrucou, imediatamente, como se as palavras tivessem sido meticulosamente ensaiadas, e ele se lembrou da última conversa deles, percebeu que poderiam ter sido. “Eu não queria.”

Uma batida de silêncio.

"Você está machucado?"

"Não", ele suspirou, balançando a cabeça. "Não, eu estou bem. Eu estava surpreso. Quando tenho que reagir a muitas coisas ao mesmo tempo, fico tonto.”