- Annabeth Wood -
point of viewVamos lá, por que está supresa? É claro que eu sempre pesquisei sobre a cidade grande e vi vários filmes... mas... aquilo não era um colégio. Era um prédio gigantesco. As paredes bem pintadas e os móveis sem um arranhão fizeram eu me sentir uma intrusa naquele local. As pessoas passavam por mim sem nem perceber a minha presença, coisa que no interior era completamente diferente. Lá, um cabelo de cor diferente, ou olhos mais claros do que o outro eram o principal assunto da lacuna de fofoca no jornal da escola.
Trajava - como sempre -, um moletom verde escuro escrito Harvard na frente. Não que eu quisesse estudar lá, mas achei o casaco bonito e comprei. A calça jeans azul escuro, as unhas pintadas de preto e o meu tênis encardido me diferenciavam das meninas de lá. Elas vestiam saias cor-de-rosa por debaixo de moletons brancos. Algumas usavam meia-calças delicadas e os tênis recém-lavados. Outras, usavam vestidos floridos e unhas francesinha.
Ignorando os fatos físicos, podemos mencionar também que eu não era o tipo de pessoa que sabia viver na cidade grande. Meu pai me chamava de tabaroa, palavra que eu só fui descobrir o que significava a três dias atrás, quando eu descobri o meu medo por escada rolantes. Aquelas escadas se mexiam para cima e para baixo, e o meu medo de cair e enfiar a minha cabeça da borda daquilo era, sem dúvidas, a pior sensação de ansiedade do mundo.
Segurei a mochila firmemente e manti a minha pose séria. Por mais que eu sempre tenha sonhado em morar na cidade grande, não era bem aquilo o que eu imaginava. Eu queria morar sozinha, e não com o meu irmão. Recentemente minha mãe havia se casado com o meu padrasto, e eu meio que queria dar um tempo para eles dois... privacidade. Mas é claro que eu ainda era nova demais - dezoito anos -, para poder morar sozinha. Então eu tive que ir morar com o meu irmão, Christian, e o meu pai.
De certa forma o meu pai era uma pessoa interessante. Quer dizer, ele fazia meu jantar todos os dias e me deixava quieta com a minha privacidade. Coisa que o padrasto de minha mãe não fazia. Jonh era gentil e amigável... porém amigável demais. Até mesmo de madrugada, quando ele tagarelava sobre o seu jogo de vôlei quando eu ia na cozinha para pegar um copo cheio de Coca-cola. Acho que foi por causa disse que minha mãe de apaixonou por ele. O vôlei. Ela sempre gostou de esportes, bem diferente de mim.
Mas isso não vem ao caso agora.
O sinal tocou e eu olhei para os lados. Os estudantes iam de um lado para o outro, e eu apenas estava no meio deles, parada. Confusa. Aquele colégio era tão grande que tinha andar subterrâneo, mais os três andares de salas de aula. Biblioteca, salão de festas, quadra para vôlei, quadra para futebol e basquete, a quadra do lado de fora do colégio, jardim para a orta do fundamental, laboratório, sala de música e entretenimento, dois auditórios, o enorme refeitório, espaço maker, a cozinha experimental entre diversas outras salas ficavam espalhadas por aquele enorme colégio.
Suspirei e percebi que não havia mais ninguém ali. Eu estava sozinha no enorme corredor. Era silencioso, coisa que no interior era quase impossível. O barulho dos gritos, do aquecedor pocando nos nossos ouvidos e o grito do fundamental na quadra no andar debaixo atrapalhava toda a nossa aula.
Mas eu ouvi algumas risadinhas... tipo, risadinhas. E passos de pessoas correndo. Segui o barulho em direção ao lado de fora, na parte da piscina. Deixei a minha mochila ao lado da porta e passei por ela.
Automáticamente eu senti um rubor subir pelo meu corpo.
Meninos do terceiro ano estavam apenas de short enquanto faziam a aula de natação - uma das matérias obrigatórias do colégio. Alguns deles estavam sentados num banquinho ao lado da porta e me olharam confusos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗕𝗔𝗗 𝗪𝗔𝗬, Vinnie Hacker (HIATUS)
Fanfic- 𝘽𝘼𝘿 𝙒𝘼𝙔 [+18] [Vinnie] ❝É. Eu estava ali, completamente entregue à Vincent Hacker numa sala apertada de uma floricultura, rodeada de plantas e com um regador em mãos. Tanto em corpo, como em alma. ❞ Annabeth tinha certeza de que Vince...