XVI. De volta ao lar.

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- Annabeth Wood -
point of view

- Sim, pai... eu prometo me cuidar, não se preocupe. - resmunguei e concordei com todas as regras e orientações que o mais velho me falava. - O Vinnie é quem vai dirigindo, ele já tem carteira e os pais dele já concordaram. Relaxa, eu não vou morrer.

- Ah, que ótimo. - Christian soltou uma risada irônica e virou o rosto revirando os olhos. - Sério que você vai deix-

- Shiu, Christian. Se começar a falar essas coisas o seu pai não vai deixar Annabeth e Vincent saírem hoje daqui - Babi repreendeu o seu filho sussurrando baixinho.

Estávamos do lado de fora da casa, todos com pijamas exceto eu e Vincent, que se encontrava do lado de fora do carro tentando convencer meu pai de que sabia dirigir bem e que iria me levar em segurança para a casa da minha mãe. Chris encarava o loiro com um olhar mortal, que apenas franziu o cenho confuso e o encarou de lado... acho que nem ele entendia o que estava acontecendo ali.

- Então, rapaz, cuide bem de minha filha, ouviu? Sei que o seu pai é um bom homem, mas não é só por causa disso que eu vou deixar você levar a minha filha para o outro lado do estado sem mais nem menos. - o mais velho cruzou os braços e elevou a cabeça olhando fixamente para Vincent que se mantinha calmo enquanto eu apenas observava.

- Eu prometo cuidar dela e dar notícias assim que estivermos no meio do caminho. Sinto muito ter avisado isso ao senhor apenas agora. - o loiro afirmou cuidadoso e eu soltei uma pequena risada.

Sem dúvidas, Vinnie tentando ser educado e respeitoso era a coisa mais fofa e ao mesmo tempo engraçada que eu já havia visto. Não que ele não fosse respeitoso o tempo todo, mas ele era bem mais fofo quando tentava falar com adultos.

Depois de um tempo tentando convencer meu pai, adentramos o carro de Vinnie com as bagagens e logo ele deu partida em direção à minha antiga casa. Passamos o caminho inteiro ouvindo Blackbear e um pouco de Gavin Luke. Eram estilos de música completamente diferentes? Sim, mas nós passamos a chamar aquilo de equilíbrio.

Durante todo o trajeto o loiro me perguntava se eu estava com fome ou sede e eu sempre negava até porquê eu havia comido um pão cheio de queijo no café da manhã. Ele acariciava a minha derme levemente morna esquentada pelo aquecedor do carro me fazendo quase dormir no banco do passageiro.

Era tão gostoso estar ali com ele... porra, Vinnie fazia eu me sentir tão livre, me mostrando que me admirava como eu era e que gostava de cada centímetro do meu corpo.

- Tá. Mas e se nós conseguíssemos voltar no tempo? - ele indagou aleatoriamente enquanto eu dava um gole no café gelado que eu havia pedido no Starbucks que havia no meio da estrada. - Tipo... no inicio da década. Lá pra os anos 2000?

- Com certeza eu iria para uma balada que tocava TLC ou Spice Girls! - respondi animada. -Porra, Vinnie, eu sei que eu odeio festas daquelas horrorosas que você e a Ellie vão, mas caralho! Se fosse uma balada antigas daquelas que tocava TLC ou Spice Girls eu daria a minha vida pra ir, eu JURO!

- Então você gosta de músicas daquela época? Eu nunca escutei muito, mas a minha mãe põe no carro de vez em quando.

- É claro que eu amo. Kelly, TLC, Ciara, Nelly, Spice Girls, Britney Spears... vários outros, caralho eu amo. - disse animada.

𝗕𝗔𝗗 𝗪𝗔𝗬, Vinnie Hacker (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora