Inocente - Obidei

12

Deidara respirou fundo ao ver seu pai bufando de ódio naquela sala. Ele havia visto as imagens e só estava "tranquilo" porque Obito lhe assumiu rapidamente e deixou claro que realmente queria mais do que aquele namoro - que ainda nem fora concretizado.

- e vai ser sempre assim? Vocês dois vão se pegar no ar livre, as pessoas vão gravar e vocês vão realmente se acostumar com isso? Vão ser expostos o tempo todo e nem vão ligar?

- eu não vou mais tocar de modo malicioso em Deidara fora de um local fechado. Realmente não quero que ele seja exposto novamente e nem quero que nossas intimidades vazem.

- isso é o mínimo. - O loiro mais velho rosnou e Obito se segurou internamente para não xingar o próprio sogro.

- eu sei, Minato, e te entendo por ter tanto ciúmes e medo de algo ruim acontecer com Deidara. Se eu tivesse um filho como ele, eu também teria medo. - beijou as costas da mão do ômega e entrelaçou seus dedos enquanto olhava o Namikaze com a maior despreocupação no olhar. - mas, comigo, você não precisa temer tanto. Eu dou minha vida pelo seu filho e juro que essa foi a primeira e única vez que Deidara vai ser exposto dessa forma.

- o problema não é ele fazer essas...coisas. Os problemas são outros. E se ele engravida?

- Minato, eu e ele nunca aprofundamos nada. Eu já te disse que pretendo tirar sua virgindade só depois do casamento. E, se acabar acontecendo, eu vou assumir tranquilamente. Fora que temos o uso de camisinhas e, se for do nosso querer, eu faço uma vasectomia sem problemas.

Obito odiava remédios para ômegas não engravidarem - anticoncepcionais, pílulas do dia seguinte e etc - porque sabia que elas deixavam seus hormônios bagunçados e que, dependendo da situação, o ômega poderia desenvolver até um tumor ou outra doença. Preferia passar a vida sem tocar em Deidara do que fazê-lo ter uma doença ou uma desregulação hormonal.

- e se alguém tenta matar ele? Sabe que você é...famoso e tem muita gente te querendo, e se tentarem atingir o meu filho para terem você? - as preocupações de Minato eram muito óbvias.

Ele não ligava de Deidara namorar, ele ligava para o que poderia acontecer nesse namoro. Filhos indesejados, raiva de gente obcecada e até agressões. Obito era um alfa enorme e muito rude com quase todo mundo, e se ele agredisse seu bebê?!

- Minato, na maioria do tempo eu ando com seguranças ou nem saio em público. Esses dias foram exceções por Deidara.

- você tem uma personalidade muito forte, quem me garante que não vai bater no meu filho? Não sei se você sabe, mas alfas machões que batem em ômegas é algo que não falta. - nesse momento, ambos ficaram indignados.

Deidara considerava Obito como uma florzinha calma e delicada quando estava do seu lado. Ele só faltava lamber o chão que pisava e era literalmente sua cadelinha. Ele era muito amoroso e carinhoso, não tinha como considerá-lo agressivo perto de si.

E o alfa se ofendia toda vez que via ou ouvia que poderia ser abusivo. Queria socar Minato na parede só por ele cogitar que algum dia seria agressivo com a pessoa que literalmente considerava o amor de sua vida - não que continuasse com moral para se defender depois disso.

- Minato, pelo amor de Deus! - exclamou ofendido e se agarrou no loiro como se ele fosse retirar as palavras do pai. - me xinga de todos os nomes possíveis e impossíveis, mas não me coloque como um alfa desse tipo.

- vai saber, não? Você já brigou e socou várias pessoas que eu sei, e nada me garante que não vá fazer o mesmo com Deidara.

- meus pais sabem que você me considera uma pessoa tão ruim assim? Já falou que eu posso ferir Deidara, abandoná-lo, que eu posso o engravidar e o deixar, que eu sou uma pessoa extremamente agressiva que corre riscos até de bater na pessoa que ama, que eu vou o expor para todos verem. O que mais falta?