Inocente - Obidei

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Mesmo com o fim de tarde chegando, o drone não se retirou do lugar e Obito não fizera muita questão de sair dali ou tentar derrubar a peça de alguma forma.

Depois conseguiria encontrar o dono dele e resolver aquilo sem que a intimidade que tinha com o seu ômega fosse vazada ou a identidade dele fosse parar nas mãos de pessoas erradas.

Então, com a quase noite próxima, ambos resolveram arrumar as coisas e irem embora. O alfa ainda tinha que deixar Deidara em casa - ou não - e tentar passar mais um tempinho com o seu garoto.

Fora que tentaria resolver o caso do provável vídeo que estavam fazendo do moreno com o loiro. Aquelas imagens não podiam chegar nas mãos de sites de fofoca ou da mídia em si. Iriam causar um inferno na vida de Deidara e realmente não queria ver seu ômega sendo atacado até por existir.

Não ligava de assumir o Uzumaki para a mídia. Ele seria seu esposo, afinal de contas. Por que não iria assumir seu esposo?

O problema era o marketing que fariam por cima do garoto. Iriam inventar muitas mentiras e coisas erradas sobre o loirinho apenas para terem mais curtidas e visualizações. Aquilo aconteceu com absolutamente todos os ômegas que já foi visto junto sem nem mesmo ter um namoro ou um relacionamento sério com os mesmos.

Tinha medo, muito medo. Deidara era tudo que tinha, era tudo que amava e queria por perto. Não queria ver ele chorando pela maldade das pessoas na internet, não queria vê-lo sendo julgado por sua aparência e por sua personalidade, não queria vê-lo sofrendo por simplesmente namorar com uma pessoa pública.

Entrou no carro após fechar o porta malas e colocou o cinto de segurança antes de começar a dirigir pelo longo e vazio asfalto que ia até o centro da cidade de Konoha.

Deidara acabou colocando uma música calma após aprender a mexer nas configurações do veículo e sorriu em sua direção de forma doce e manhosa. Ele parecia estar feliz por estar consigo.

Obito revirou os olhos com a fofura do menor e voltou a colocar a mão em sua coxa sem medo de ser rejeitado ou afastado. Apertou um pouco da pele dele e o mesmo relaxou no banco do passageiro como se aquilo lhe deixasse mais calmo e confiante de sua aparência.

- bebê, você quer mesmo ser exposto? - perguntou para confirmar o que fora dito assim que avistaram o drone. - sério, se não quiser, eu posso arranjar uma forma de apagá-los esta noite, posso achar o dono do drone e fazê-lo apagar...

- amor, uma hora ou outra isso iria acontecer. Se você me quer como marido, como irá me esconder para sempre? Você nunca vai conseguir se esconder ou me esconder das pessoas.

- eu só não queria que essa parte chegasse tão cedo...- confessou e ele lhe encarou magoado. Obito não queria assumir o relacionamento de ambos? - como eu já te disse: não é que eu não queira te assumir, eu só não quero que você sofra nas mãos das pessoas. Eu queria te proteger de tudo, Deidara. Absolutamente tudo, mas não é tão fácil quanto parece. Eu não controlo as pessoas e nem todas elas tem medo de mim ou do que eu posso fazer.

- Obito, eu já sou adulto, eu vou saber lidar com isso. De um jeito ou de outro, vamos estar juntos e é só isso que importa.

- queria que fosse simples assim, meu pequeno. Centenas de pessoas já cometeram suicídio por estarem expostas a internet. As pessoas não são boazinhas, meu amor. Você é tão perfeito que eu tenho medo do que podem fazer com você. - apertou sua mão e, pelo jeito, Deidara se sentiu ainda mais seguro por lhe ter.

- eu aguento, amor. Eu não vou te deixar, eu te juro. - prometeu e o alfa agradeceu por ter um ômega daqueles.

- e eu me apaixono cada vez mais por você...- sussurrou e ele corou com a declaração.