Inocente - Obidei

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O Uchiha suspirou baixinho e ansioso assim que chegou na frente da casa dos Uzumaki. A moradia do condomínio fechado tinha a fachada igual a das outras, a diferença era que ela tinha as famosas flores de Kushina na frente e um balanço na árvore de sakuras que serviu para Naruto quando ele era criança.

Tomou coragem e saiu do carro com pressa, pegando a caixinha de veludo e um buquê de rosas vermelhas que já estava dentro do veículo e foi em direção à porta de entrada da família de seu garoto.

Apertou a campainha e arrumou a postura antes da porta ser aberta pelo loirinho de olhos azuis. Deidara usava um vestido curto, azul escuro - quase preto - e um pouco rodado, um tênis baixo preto e o cabelo dourado estava totalmente solto.

O menor amava peças femininas e sabia disso, mas não imaginava que ele ficaria tão bonito assim somente com um vestido que batia um pouco acima de seus joelhos e um sapato nada chamativo.

Não tinha maquiagem no rosto além de um delineado bem feito e cílios postiços não tão grandes que apenas destacavam ainda mais o olhar oceânico que ele possuía.

Se sentiu fraco e sem defesas contra Deidara. Era alguém que conseguia esconder as emoções, feições e tudo relacionado a sentimentos com uma facilidade imensa.

Mas com ele não conseguia nem disfarçar as batidas do coração que estavam aceleradas ao máximo. Sentia que seu peito iria explodir e a única coisa que conseguiu fazer foi sorrir e entregar as flores para o Uzumaki.

- você está mais lindo ainda...- elogiou em um sussurro e só pode ver as bochechas gordinhas tomarem um tom avermelhado por causa da vergonha.

- o-obrigado, você continua bonito como sempre, hm. - devolveu o elogio e Obito tomou a liberdade de enlaçar sua cintura com o braço e o puxar para um abraço forte, finalmente sentindo seu cheiro gostoso e docinho mais de perto.

O menor circulou seus ombros com as mãos e ficou na pontinha dos pés para ajudar na tarefa, tomando cuidado com o buquê para não amassar nenhuma das rosas vermelhas.

O Uchiha engoliu em seco e o trouxe para mais perto. O garoto era tão fofo que sentiu uma grande vontade de o pegar no colo e logo guardar num potinho para cuidar para nada o atingir.

Se separaram com um pouco de custo e o loirinho pediu licença para guardar as flores, dando espaço para Minato enfiar a cabeça na porta e o encarar com os olhos cerrados, provavelmente bem desconfiado com as suas intenções com o filho mais velho.

- eu conheço os seus pais e muito bem, mas não conheço você. Quais são as suas intenções com o meu filho? O que planeja fazer com ele essa noite e no futuro? - perguntou curioso e se encostou no batente para esperar a resposta do moreno.

- bem...minhas intenções com Deidara são óbvias e bem claras: eu gosto dele e vou tentar tê-lo como meu. Não irei fazer nada que ele não queira e pretendo ter um futuro com ele. Namoro, noivado, casamento e filhos. - respondeu direto e sincero. Não iria esconder seus sentimentos de seu futuro sogro sendo que ele somente queria o bem do filho.

Iria ser bem pior se fosse pai e sabia disso, então por que tentar o enganar?

- não magoe o Deidara, por favor. Ele não merece sofrer nas mãos de ninguém, seja um bom alfa para ele que ele será o melhor ômega do mundo para você. Não use os sentimentos dele e nem o obrigue a fazer nada que já terá o meu apoio e o apoio de Kushina para ficarem juntos. - o ex-Namikaze pediu e suspirou alto.

Deidara era seu único filho ômega e o primeiro. Seu bebê que nunca iria crescer. Vê-lo saindo em um encontro com o filho de seus amigos era um pouco desesperador para si mesmo. Era o primeiro encontro dele, primeira experiência romântica, provável primeiro beijo, tudo. Esperava que Madara e Hashirama tivessem o educado muito bem para ser alguém bom para seu pequeno.