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No dia seguinte e nos próximos Ian e Kali ficaram muito próximos, comemoraram o aniversário um do outro durante os 7 anos seguinte, Ian estava cada vez maior, alto, com músculos cada vez mais visíveis. Estavam ambos em cima de uma árvore admirando um casal de corsa brincar.

—Minha mãe me disse uma coisa . . . —Kali hesitou, Ian pegou sua mão e enlaçou seus dedos aos dela.

—Conte-me?!

—Que vocês procriam cedo. —Murmurou ela sem o olhar.

Ian segurou seu queixo a fazendo olhar em seus olhos.

—Já sabemos tanto um sobre o outro, que já deveria saber que tudo o que te falam nem sempre é verdade.

—Então. . . você não está perto de . . . digo, você não tem vontade?

—Minha mãe levou mais de mil anos pra procriar, claro que ela demorou tempo demais e só teve a mim até hoje, mas eu não tenho vontade. . . pelo menos não com a minha espécie.

—Isso quer dizer que tem vontades comigo?

—Sempre, mas não sei como funciona sua puberdade nem nada, então vou esperar por você.

Kali pareceu confusa, como se brigasse com ela mesma.

—Você não me quer não é mesmo? Não como eu a quero. . .

Ian perdeu o chão e Kali puxou-o para beijá-lo. Seus lábios, eram um pouco mais frios do que os dele, mas era bom e eletrizante a ponto de desestabilizar as emoções de Ian e ele voltar a se transformar em um lobo e caiu da árvore já chegou ao chão de volta humano com Kali em cima dele.  Ambos começaram a rir e voltaram ao beijo casto, pois nada sabiam sobre romance a não ser o que viam por aí nos vilarejos. Ian sentiu um cheiro diferente em Kali que o deixou excitado. Àquilo era completamente diferente do que ele conhecia. Kali saiu de cima dele ao sentir sua parte íntima crescer ele olhou e puxou a calça que apertava demais.

—Ian eu não sei se podemos, não sei se somos compatíveis.

—Nossos corpos não parecem pensar o contrário.

—Precisamos descobrir como as coisas funcionam pra depois seguirmos a diante.

—Mas pelo menos posso beijá-la novamente?

Kali sorriu meiga ajoelhada perto dele, Ian arrastou-se até ela e voltou aos seus lábios. Aquele foi o dia em que Ian tinha vontade de levá-la e nunca mais soltá-la. Depois de comer o ensopado de carne e trufa ele procurou seu pai.

—Posso falar com você pai?

—Claro, sente-se ao meu lado.

Ian se sentou e olhou para o lenço em seu braço, com o vermelho sempre vivo.

—Como é acasalar?

Seu pai engoliu em seco. Olhou para o fogo.

—Você é tão jovem Ian, mas se encontrou a loba certa. . .

—Não, eu só quero saber por curiosidade.

—Bom, você pode acasalar sem amor se precisar de alívio, venha vou te levar num lugar.

Ian o acompanhou pelas ruas do vilarejo, estavam quase perto da floresta Mamba quando avistou um casebre com risos, música e ele sentiu o cheiro parecido com o que sentiu em sua bruxinha, não era o mesmo, porque sua bruxinha tinha um cheiro doce e convidativo. Ali não era assim que se sentia. Seu pai abriu a porta e ambos passaram. Havia cheiro de raiz forte e álcool de acácia. Sentaram-se em bancos na volta de uma mesa.

—Altezas o que desejam? — Perguntou uma mulher com peitos quase saindo pra fora de sua roupa e cintura esmagada.

—Quero uma seiva doce pra mim e meu filho.

—E precisam de companhia?

—Não! — Saltou Ian.

Ela retirou-se e voltou rapidamente com suas bebidas.

—Beba devagar Ian, ela é suave, mas faz você perder os sentidos se beber muito rápido.

Ian não tinha interesse nenhum na bebida, mas assistiu para um homem enfiando a língua na boca de uma das atendentes.

—Àquilo ali é estranho. —Comentou Ian.

—Estão se beijando.

—Mas roubando saliva um do outro.

Seu pai riu.

—Isso é um beijo, não é roubo quando ambos querem e a troca de saliva é o único jeito de saber o verdadeiro gosto da parceira, assim como quando sente gosto na sua língua quando está em forma de lobo.

—Hummm. . . quer dizer que quando me transformar em um Lycan ou um berserkir eu vou sentir mais ainda?

— Se conseguir se transformar em um berserkir como sua mãe, sei que vai sentir e ouvir muito além do que qualquer Lycan.

—Em forma de lobo posso beijar . . .

—Não temos boca pra isso kkkkk não me diz que já tentou?

—Não.

—Você já beijou? —Perguntou seu pai meio sem jeito.

—Já, mas não sabia que era pra pôr a língua e acho que ela também não.

—Foi a Polina?

—Não, eca pai, Polina é minha irmã.

—Posso saber o nome da lobinha?

—O que ela está fazendo? —Perguntou Ian mudando de assunto o mais rápido que conseguiu.

A mulher pulava no colo de um homem no canto da taberna enquanto o beijava, ela arqueou as costas e o homem enfiou a cara no meio de seus peitos.

—Àquilo é quase que parecido com acasalar. Mas elas não terão crias, e se existisse sentimento seria chamado de fazer amor.

—Por que ela pula?

— Estão encaixados.

Ian o olhou sem entender.

—Você tem um. . . um pau e a fêmea tem uma entrada que seu pau cabe perfeitamente nelas.

Ian sentiu o rosto queimar de vergonha, não pelo que seu pai disse, mas porque ele mostrou aquilo a Kali. Ele a queria daquela forma sem ao menos saber o que era.

—Se quiser fazer para experimentar posso pagar pra uma delas t. . .

—Não, obrigado, mas não, quando eu fizer, quero que seja com amor.

—Então já encontrou esse amor não foi?

—Talvez!

—Se não quiser ter filhotes por agora, pode tomar um tônico até a hora que você quiser consumar sua união.

Ian bebeu um pouco. Reconheceu o pai de Sloan com uma das mulheres ele olhou para seu pai.

—Você vem muito aqui?

—Não, que espécie de macho eu seria?

—O pai de Sloan está ali e ele tem companheira.

—Se um macho trair sua parceira não se pode confiar nele pra nada, um macho que traí a fêmea que jurou amar e respeitar, também trairia seu bando, trairia sua matilha por pouco mais de nada, isso desonra um macho e desonra uma fêmea também.

—Tenho orgulho de saber disso pai.

—Eu o trouxe aqui porque eu não sei explicar direito o que está vendo aqui.

—Sim, entendo. Obrigado pai.

—Sempre que tiver dúvida me pergunte.

—Quero tomar o tônico.

—Amanhã vamos a curandeira pra ela fazer pra você.

Por sangue e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora