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— Silencio Ravina, preciso pensar. — Disse a ansiã e aquele comando fez com que Ian sentisse um pouquinho de prazer por calar aquela mulher insuportavel. — Mais de 30 filhas foram levadas, para serem . . . pela Deusa, não podemos permitir isso, não podemos deixar elas pra trás e fingir que não sabemos o que está acontecendo.

— E se eles estão mentindo, ouvimos um uivo. — Disse outra bruxa.

— Eu tenho certeza de que não foram eles! — Disse Kali. — Eu os segui, consegui salvar Mitra, e só não estou morta porque Ian me sentiu. 

— Então é uma divida? 

— Por que salvou só Mitra?

— Porque escolheu quem salvar?

— Silencio! — Rosnou Ian ficando arrepiado com os sentimentos de culpa que crescia em Kali. Ele a olhou e acariciou seu rosto com a mão que beirava a mostrar as garras. — Kali fez o que podia, por quem estava mais vulneravel no momento.

— Eu estava amarrada do lado de fora da gaiola, sendo arrastada, Kali usou sua magia p. . . 

— Que magia?

— Você ainda não passou pelo rito.

— A menos que. . .?! 

— Você já se deitou?

— Deitou com ele?

— Parem, deixem-me explicar! — Disse Kali com a voz mais autoritaria, sua rainha. — Nasci com magia, todas nós nascemos com magia, e eu a uso desde pequena para curar a terra ou animais, a uso para o bem, e não, eles não nos comem assim como também não os comemos, nossa história foi distorcida a muito tempo, há uma mentira tão grande entre nós e eu não sei porque a Deusa nos escolheu, mas . . . — Kali o olhou com tanto amor que seu peito parecia que ia explodir. 

— Tudo muito bonito, mas na pratica as coisas são diferentes, não tem provas de que isso tudo é verdade, não tem provas de que pode dar certo e menos ainda de que não é perigoso pra nós essa união, um filho de vocês pode virar um monstro contra nós. — A sacerdotiza mudou da água pro vinho. — O desconhecido. . .

—  O desconhecido é perigoso e deve ser eliminado! — Recitou a voz de sua Nana. — Já conheço essa!

— Nana? — Murmurou Ian quando ela passou por ele e ficou de frente para a sacerdotiza. 

— Karuna? 

 — Olá "Vovó"?!

—  O quê. . . ?

— Sou Karuna Caisem,  neta de  Frija Caisem mais conhecida com o nome distorcido para que vocês não soubessem que é filha de sua sacerdotiza Mania Caisem, Frija Mesiac tida como traidora . . .  — A sacerdotiza jogou uma bola de magia vermelha em Nana e ela bloqueou com um escudo protegendo a todos. — E a minha verdade é que sou filha do filho de Frija com um Lican, sou a prova viva de que . . .

— Cale a boca! — Gritou a SAcerdotiza atacando novamente e Nana defendeu como se o escudo fosse apenas uma pequena fração de sua magia, então a boca da Sacerdotiza fechou e as mãos ficaram presas pela magia de Nana.

— Acho que está na hora de todas aqui saber da verdade! 

A Sacerdotiza tentava lutar em vão, as bruxas estavam todas quietas olhando.

— Frija se relacionou com um filho da Lua durante o rito sem sua mãe saber, a Deusa a agraciou com um filho homem, e Mania iria tira-lo dela como sempre fez com todas vocês, se o bebe nasce macho ela diz estar morto e os vende para os vampiros. — As bruxas olharam indignadas em direção a sacerdotiza. —  Minha vó descobriu tudo e teve o filho na floresta e o entregou ao pai, que o criou em meio a matilha, graças a Deusa ele se transformava com facilidade e a matilha nunca desconfiou, ele encontrou sua parceira dentro da matilha e quando nasci ela tentou me recuperar, eu tinha 5 anos quando descobri minha magia e ela me encontrou na floresta das bestas, tentou me conquistar, contou-me que era minha bisavó e que minha avó tinha cido roubada pelos vampiros, eu fugi dela e voltei pra casa dos meus pais, quando fiquei jovem me aventurei e a encontrei, Frija foi vendida por ela aos vampiros, para que fosse torturada, mas. . . a Deusa mais uma vez interviu e Frija se tornou o grande amor do rei vampiro, ela se tornou um deles para não morrer e está sacerdotiza degradou o nome dela para vocês seguirem  na ignorancia.

Nana olhou para Kali que segurava o colar em sua mão.

—  Mas ela me mandou atrás das minhas irmãs. . .

—  E se não fosse por Ian o que teria te ocorrido? — Perguntou Nana.

— Eu estaria morta. 

—  Porque ela não deixa vocês praticarem a magia de vocês, apenas depois que procriam.

A sacerdotiza se debatia enquanto as bruxas absorviam a informação.

— Você vendeu nossas filhas? — Rosnou uma das bruxas que estava mais perto.

— Meu bebê que você disse que estava morto. . . você o vendeu?

— E qual o pagamento? 

—  Qual a riqueza que você almeja em troca de nossas filhas?

— A pedra da imortalidade! — Disse Nana e todas a olharam. — Vejam o quanto ela é jovem para a idade, vocês vivem pouco mais de mil anos e chegam a essa idade velhas caqueticas. Eu tenho mil e trezentos anos e ela parece mais nova do que eu mesmo eu fazendo uso da pedra, minha avó Frija tem dois mil e seicentos anos eé filha dela, qual a idade que vocês acreditam que ela tenha? 

— E de onde você tira essa Pedra. 

— Ganhei de minha avó Frija, não precisamos de muito pra nos manter, mas ela almeja a juventude eterna e enquanto os vampiros a mantem jovem ela os mantem alimentados e cheios de poder, mas esse poder está aumentando, e vamos acabar escravos tanto nós licans quanto vocês bruxas, e eu pergunto é isso que vocês querem? Querem continuar perdendo suas filhas em noites sem lua? Ou preferem ter um rei e uma rainha que lutam por todos nós? 

Ian estava estupefato com o tanto de informações que foi despejado por sua Nana. 

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Por sangue e AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora