Jade García, uma adolescente de 16 anos. Um pouco complicada e um tanto rebelde, que não leva desaforos para casa. Acreditava em Deus, mas depois que perdeu sua mãe para uma doença com 10 anos, todo esse consentimento mudou e se tornou uma atéia. De...
- Bom dia! Le.. - Sophia para de falar quando já me ver arrumada de frente para o espelho. Hoje acordei mais cedo que normal!
Mas é porque estou ansiosa para entregar a carta que escrevi para Ava, mas preciso colocar no correio primeiro! E eu tenho um plano pra isso..
- Já está arrumada? - sua voz sai surpresa e desconfiada. Penteo meu cabelo para prender pra trás.
- Vocês cristãos, não costuma dizer que milagres acontecem? - pergunto e ando até minha cama e me sento nela para colocar o sapato já, depois é só subir para pegar a mochila e Adíos (adeus) casa!
Nem acredito que tenho ir para escola! Isso é tão... tóxico! Ninguém merece.
- Tá né... - Sophia murmura depois de um longo silêncio. E pelo seu tom sei que está desconfiada. -O café já está pronto - ela ainda me encara de relance estranhando o meu colapso "de acordar cedo". - Não demore para descer, se não vai esfriar! - a mesma continua, mas em seguida sair andando fechando a porta do quarto.
Não, eu não vou pedir para ela levar a carta..
Mas sim o Brian. Ele é insuportável, mas ainda dá para aturar mais do que a Sophia. A única coisa que estou torcendo é que ele me levasse para escola hoje. Espero que a sorte esteja ao meu lado... pelo menos hoje!
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No colégio.
- Chegamos! - Brian fala assim que seu carro para no colégio. Antes de eu responder algo, me lança um olhar sério. - Nada de fugir hoje mocinha.. - isso sooa como uma ordem.
- Tá - resmungo e lembro da carta. Começo abrir minha mochila e tiro ela de lá rapidamente - Pode levar essa carta nos correios? É para minha melhor amiga Ava! - mostro para ele que olha para o envelope, mas depois me encara.
- Essa menina é mesmo importante para você, não é? - o mais velho pergunta me observando. Sim Brian, você não imagina o quanto...
- Sim - respondo enfim. - É apenas o que restou da minha única família - fico pensativa e sinto seu olhar sobre mim, mas logo pega a carta.
- Prometo que deixo lá - afirma e sorri. Agradeço mentalmente e abro a porta do carro. - Ei! Ainda não terminei - bufo e voltar à olhar para o velho. - Mas tem que me prometer que não vai fugir e que não vai bater em ninguém - me encara e parecia falar sério.
- Sou péssima com promessas - comento e relembro de todas promessas que fiz e não cumpri.
- Sabia que eu também posso ser péssimo em promessas, talvez.. - Brian comentou, mas balança a carta em sua mão livre já que a outra está no volante. O encaro por um bom momento e pressionei a mochila em minha mão. Suspiro. Tudo pela a minha melhor amiga...
