Jade García, uma adolescente de 16 anos. Um pouco complicada e um tanto rebelde, que não leva desaforos para casa. Acreditava em Deus, mas depois que perdeu sua mãe para uma doença com 10 anos, todo esse consentimento mudou e se tornou uma atéia. De...
- Como foi com a família risadinha? - minha melhor amiga pergunta utilizando o apelido que eu dei (havia contando para ela sobre). Fecho o meu armário com a sobrancelha erguida. - O que foi? As coisas correm rápido por aqui, se esqueceu? - Ava agi naturalmente e eu ri fraco quando começamos a andar juntas.
- Tinha esquecido sobre esse fato, de como tudo corre bem rápido por aqui, até os mais profundo dos segredos - comento e olho para frente vendo os corredores vazios. Quando as aulas acababam, como agora, todos tinham que voltar para seus quartos, sem pensar uma vez se quer. Como resposta do talvez "pensar", a freira Dora ficava nos corredores para fazer essa ordem valer.
- Tipo quando falaram que a Madre superiora é careca - a garota ao meu lado diz e eu a encaro e solto uma risada e ela fica séria. - O que tem da Madre ser careca? Sua carecafóbica - a loira fala e eu nego com a cabeça.
- Mas é meio que.. normal - encolhi o ombro. - Dela ser careca - termino e Ava ri, agora ela que nega com a cabeça.
- Mas então, como foi lá com a família? - ela muda de assunto assim do nada e tom da sua voz sai preocupada. Entramos no quarto onde um monte de meninas dormindo no mesmo lugar; só no nosso tem dez... sem brincadeira de todas as idades! Terça metade eu nem sei quem é, além do mais que algumas iam sendo adotadas, outras novas entrando, (eu faço parte das antigas).
- Como todas as outras - respondo sua pergunta anterior e escuto o suspirar da minha amiga. Ela ficaria preocupada se eu dissesse que foi "diferente". - Não se preocupe, o nosso plano ainda está de pé - me refiro a nossa fuga das sem pais. Vou andando até um canto ali onde a algumas roupas. Não existia aqui esse lance de: Roupa da Ava, Roupa da Jade, era de todas.
Como grande exemplo: o banheiro. Tem um em cada quarto, mas eu preferia entrar perto das 20:40, o horário que as meninas já estão arrumadas, pois nós todas temos que está deitadas de olhos fechados quando a Dora passa ás 21:00 horas.
- Ainda bem - ela falou e eu começo a subi a escada lentamente e me jogo na minha cama. - Você acha que eles vão voltar? - a mesma pergunta quando me viro ao contrário e fico de cabeça para baixo à olhando.
- Bem.. duvido muito, nenhum deles voltaram - sorrimos ao mesmo tempo relembrando.
- Sei que é um pensamento injusto, mas.. - minha melhor amiga parece pensar nas palavras certas para falar e eu ri tentando aliviar seu desespero. - Eu não... eu não queria que você fosse adotada, você é como uma irmã pra mim Jade, ia ser difícil ter você longe - Ava confessou e eu sorri. Ela é a única pessoa que me importa de verdade e amo sinceramente.
A loira branquela, é minha única família e nunca ninguém mudará isso.
- Eu sei disso, sinto o mesmo. Não se preocupe, dois meses passam rápidos - me refiro ao seu aniversário.
- Assim espero - ela sorri e tira um livro não sei da onde e eu fico confusa. Não podíamos pegar os livros da biblioteca e trazer para os quartos, tem que ficar lá.
- Como conseguiu isso?
- Um mágico, nunca conta seus segredos - a menina disse sorrindo e eu revirei os olhos, mas sorri brevemente logo após.
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