6// persistencias

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Dia seguinte.
7:00M

- Bom dia Jade - ouvi a voz conhecida da Sophia ressuar no quarto e logo depois um clarão, pois provavelmente ela abriu a janela que tem ali. Tampo a cara com a coberta no mesmo movimento quando a claridade bate em meu rosto. - Vamos, levantar! Temos EBD hoje! - a mesma continua falando e eu a ignoro. - Se não sabe o que significa as siglas é: E de, escola, B de, bíblica e D de, Dominical. Escola Bíblia Domical. Por que esse nome? Pois é aos domingos, claro - escuto sua risada.

- Eu sei disso.. - resmungo baixo e ouvir um silêncio por um momento. Torci mentalmente que tivesse desistido de mim e ido embora.

- Já que sabe... - ouço seus passos e sua voz irritante de novo. - Então vamos levantar! - Sophia puxa minha coberta e eu me viro encarando ela já que estou de bruços (só durmo assim).

- Ei!

- Bora jade - ela sai andando ignorando minhas reclamações. - Se arrume e desça para tomar café.

- Eu não vou à lugar nenhum! - exclamo e afirmo no mesmo tempo. A loira para de andar na mesma hora que eu sento na cama e passo a mão no meus cabelos, devo está parecendo um leão. - É isso mesmo que ouviu Sophia - continou, já que a mesma não se moveu do lugar. - Não vou à lugar nenhum! E se não te contaram: eu não sou cristã, nem católica, e tecnicamente não acredito em Deus - a mulher se vira rapidamente que nem um vulto.

- Como não pode acreditar nele? Você está aqui! Nós estamos aqui! Isso é a maior comprovação da sua existência - a mesma começa com seu discurso pa-té-ti-co

- Na verdade estou aqui graças a minha mãe - levanto o dedo e Sophia ri.

- Todos nós somos criação de Deus Jade! E isso, é uma prova que ele existe, com os demais atos no universo - continua e eu fico com raiva e me levanto.

- SE ELE EXISTISSE MINHA MÃE ESTARIA VIVA! -grito com raiva e ela se cala. - Estaria.. - minha voz sair ofegante. Encaro o chão. - Não acredito nele e nada do que falar vai mudar isso Sr. Miller - mudo o tom de voz, mas todo meu corpo parece pegar fogo de tanto ódio. Para mim se a raiva fosse um elemento, seria o fogo. O mesmo consome e destrói onde passa.

- Jade..

- Blá-blá-blá - tampo meus ouvindo com a mão cantarolarando.

- Jade!

- Blá-blá-blá - olho para a mesma.

- JADE!

- BLÁ-BLÁ-BLÁ! - grito de volta e a bruxa vem pisando fundo na minha direção, mas a santa Isabel aparece na hora e segura ela.

- O que está acontecendo aqui? - a mais velha olha entre mim e a filha.

- Essa menina - Sophia aponta pra mim com fúria. - Não querendo me obedecer! Você não se manda Jade! Estou cansada da sua provocações - a mesma ameaça vim até mim e eu solto uma risada.

- Olha, está bravinha - uso todo deboche que habita no meu ser e a mulher na minha frente encara Isabel que segura ela mais firme.

- Está vendo mãe?! - a mesma a olha e depois a mim

- Callate veijo feo! (Cala boca velha feia). - repito a mesma frase que eu disse para ela quando estava no orfanato e Sophia fica com mais raiva e se solta da Isabel e eu corro para atrás da cama. Mas a mulher parece desistir no meio do caminho. Eu continou rindo, estou adorando esse entretenimento, logo em domingo de manhã! Nunca tive um, pelo menos não nesse formato..

- Jade.. - Isabel me chama com sua voz calma. Paro por um momento e a olho. - Respeite Sophia, ela é mais velha que você, e sua responsável também..

Querido DiosOnde histórias criam vida. Descubra agora