Dia seguinte.
- Então, tem algo diferente hoje no colégio? - Sophia quis saber enquanto todos tomamos café juntos, como uma manhã normal. - O grupo está mais movimentado do que o normal. - a mulher diz.
- Hoje tem jogo de vôlei. - comento como se não fosse nada, por dentro estou ansiosa. Eles me olham.
- E você fala assim? Por que não nos avisou? - Brian me questiona e os que estão na mesa concordam.
- É fechado para a galera do meu colégio e do colégio contra, nada de pais e responsáveis. - explico simplesmente e os mesmos murcham.
- Poxa, que vacilo! - o velho resmunga.
- Agora entendi o movimento do grupo... - Sophia murmura.
- Bem, tudo bem. Torceremos daqui então. De qualquer forma, eu não ia conseguir ir por conta da faculdade e trabalho. - Anthony me fita.
- Sim, vamos torcer de casa. O Jason vai estar lá, né? - abuela quis saber. Concordo com a cabeça com um "sim". - Ele com certeza vai gravar tudo, vou pedir para o mesmo nos mandar. - a senhora conclui.
- E quando esse garoto não está, em um lugar onde a Jade esteja... - Brian murmura e eu encaro fazendo careta.
- Está nervosa? - Sophia pergunta me encarando.
- Nervosa não, apenas ansiosa. Vai ser meu primeiro jogo no time. - sorri fraco.
- Vai dar tudo certo. - a mulher me olha e os demais concordam com a sua fala.
Horas depois.
Estou terminando de me arrumar para o jogo que logo após terá. Será fechado para o pessoal da minha escola e da escola contra que jogaria conosco.
Bebo um pouco mais de água, quando vejo uma Geórgia arrumada vindo até mim sorrindo. Lá vem...
- Achei que ia me livrar de você. - ela confessa, parando de frente para mim e eu fico confusa. - Já que ia embora hoje... - a mesma deixa no ar e eu fico surpresa.
Como essa garota sabe?
- As notícias correm rápido, ainda mais quando suas famílias são amigas. - a menina me fita. Tinha me esquecido completamente disso, ela é filha do pastor, amigo da Sophia e o Brian. Faz sentido dela saber...
- É. - esboço sem muito ânimo e coloco minha garrafa no banco e arrumo minha meia.
- Queria te desejar boa sorte, Jade. - escuto a Geórgia dizer.
- Somos do mesmo time...
- Mas assim mesmo, nunca se sabe, não é... - a loira azeda anuncia e eu me viro, encarando-a ela com a testa franzida.
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Querido Dios
SpiritualJade García, uma adolescente de 16 anos. Um pouco complicada e um tanto rebelde, que não leva desaforos para casa. Acreditava em Deus, mas depois que perdeu sua mãe para uma doença com 10 anos, todo esse consentimento mudou e se tornou uma atéia. De...