Epilogue

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 Sete anos depois...

– Mark! Não corra para tão longe! – Margarida pediu ao seu pequeno filho de cabelos castanhos.

– Eu queria um daqueles doces, mamãe! – o menino apontou para um homem velho, que guiava um carrinho com as mais variadas compotas, balas, pirulitos e iguarias para satisfazer a fome de açúcar de uma criança.

– Já disse que não trouxe tanto dinheiro! Você é mesmo um menino caprichoso! Comporte-se! Estamos na frente do trabalho do seu pai, e ele não pode ser envergonhado por seu comportamento intransigente! Além disso, eu não posso ficar correndo atrás de você com uma barriga desse tamanho!

Amuada, a criança cruzou os braços e se aproximou de novo da mãe. De repente, de um prédio comercial, saiu Sean. Ele vinha bem vestido, engravatado, de bengala na mão, e colocava um elegante chapéu preto enquanto cumprimentava alguém na recepção, anunciando sua partida.

– Oh, vocês vieram mesmo! – disse, ao encontrar a mulher e o filho.

Margarida sorriu para ele com candura, enquanto segurava a mão da criança.

– Eu não perderia jamais a chance de almoçar fora com meu querido marido recém promovido.

– E eu também não perderia a chance de comemorar minha promoção ao lado da minha linda esposa e dos meus dois filhos maravilhosos.

Tocando na barriga de Margarida, ele falou, colando a boca ao ventre dela:

– Olá, bebê! Aqui é o papai! Como está aí dentro? Está bem acomodado?

– Sean, para! Que vergonha! As pessoas estão olhando!

– Eu não me incomodo nem um pouco que todo o mundo à minha volta saiba que eu estou muito feliz, vivendo o melhor momento da minha vida!

Os dois se acomodaram no restaurante. Após fazerem seus pedidos, Sean percebeu que Margarida ajeitava o guardanapo distraidamente, como se estivesse com alguma ideia paralela em mente.

– Tem algo de novo a me contar, querida?

– Eu vi uma das meninas, dia desses.

– Qual delas?

– Maria. Ela se casou com um comerciante daqui de perto. Eu estava pensando se não poderíamos visitá-la.

– Imediatamente! Sem problema nenhum.

– Mas você soube... que ela entrou para a "vida" antes de se casar? Você não vê problema nisso?

– Meu amor, eu nunca fui preconceituoso. Na verdade, quando anunciei a todos o fechamento do circo, uma das coisas que mais me causou preocupação foi que destino teriam todas aquelas lindas garotas que trabalhavam lá. Já imaginava que fosse acontecer esse tipo de coisa. Que bom que ela conseguiu se casar.

– Eu já te disse mil vezes que o circo não fechou, ele apenas se fundiu a outra companhia.

– Que seja. Um monte de gente teve que sair.

– Foi realmente triste.

– Foi terrível. Mas, enfim, não vamos falar de coisas tristes!

– Pai, eu quero comer doce.

– Ah, então olhe bem para a vitrine! Hoje você vai ganhar o doce que quiser! Pode escolher!

– Verdade, pai?

– Absolutamente verdade. Vá lá, e diga que tomem nota para esta mesa, que é... 9?

– Eu acho que é seis, querido.

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⏰ Última atualização: May 25, 2022 ⏰

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