In The Dark

Capítulo 25

Bem vindos ao primeiro da série de capítulos mais tensos da história.

Não adianta me xingar no final.

ESSE CAPÍTULO ESTÁ ENORME EU MEREÇO MUITOS COMENTÁRIOS!

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— Por favor, tomem cuidado. — Aaliyah repetiu mais uma vez, segurando as malas e Peter no colo.

— Vai dar tudo certo. — falei, mas nem mesmo eu tinha essa certeza. Shawn se aproximou, beijando a testa da irmã.

— Quando o avião pousar, mande mensagem, quando chegar no hotel também. Preciso que me diga se está bem todos os dias, qualquer coisa, ligue pra mim. — Reforçou. Aaliyah assentiu, puxando o irmão para um abraço.

— Por favor, me avise quando chegar também.

Shawn assentiu e ela se despediu de nós dois, caminhando para a fila para entrar no avião. Ficamos ali até ela entrar e, quando o fez, fomos pra o andar de cima, onde o nosso avião iria sair.

Foi um silêncio horrível durante todo o caminho para Toronto, era nítido o desconforto e preocupação de Shawn, seria a primeira vez que ele se afastaria da irmã desde que a teve de volta.

Quando chegamos na cidade, Shawn pegou um táxi para o hotel e me informou que o carro alugado já estava lá. Eram cerca de cinco da tarde quando chegamos por isso, começamos a nos arrumar.

Shawn entrou primeiro no banheiro para tomar um banho e eu fiz o mesmo em seguida. Fui rápida, porque estava muito ansiosa.

Quando saí, um vestido estava em cima da cama. Era vermelho, com mangas compridas e gola alta, o tecido fino e com brilho próprio se destacava. Shawn escolheu a cor apropriada para o momento.

Me vesti, sabendo que ele estava em algum lugar do quarto grande terminando de se ajeitar. Deixei os cabelos soltos e quase não passei nada no rosto. Calcei os sapatos sentada na cama  e no mesmo instante Shawn apareceu, já bem vestido.

— Tenho quase certeza de que não vamos precisar de nada disso. — começou, se referindo ao ponto eletrônico e às armas. — Mas é apenas por precaução. — Se ajoelhou na minha frente, segurando minha perna.

Fez o mesmo de sempre: deslizou a faixa pela minha perna até a coxa, prendendo com firmeza quando chegou lá. Contudo, desta vez, notei seus dedos se atrapalhando, o único sinal de ansiedade que ele demonstrou.

Shawn colocou o ponto eletrônico no meu ouvido e ficou de pé, me ajudando a levantar.

— Está na hora.

Assenti. Descemos até o estacionamento, onde encontramos o carro escuro que Shawn havia alugado. Ele deu partida, saindo pela rua com calma.

— O evento está a dez minutos daqui. — falou, me levando a encará-lo.

— Não é perto demais de onde estamos?

— Miguel vai estar ocupado demais tentando não ir para a cadeia para se preocupar com nós dois. — disse — De qualquer forma, só estou indo porque quero olhar no rosto dele quando ele ver tudo o que ele tem se destruindo.

Fiquei em silêncio sabendo que eu também queria olhar no rosto de Miguel e ver o mundo dele acabar. Me daria satisfação, porque ele acabou com a vida de centenas de pessoas, incluindo a minha.

Shawn não mentiu quando disse que o local era perto: em menos de dez minutos chegamos. Era um prédio enorme, porém apenas os três primeiros andares pareciam estar em funcionamento. As luzes podiam ser vistas pela janela, mesmo que os vidros fossem escuros e tinham muitas, muitas pessoas. Muito mais do que haviam dos outros eventos em que fomos.