13. Acordando

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Me sentia tão cansada, que meu corpo não aguentava muito tempo acordada, eu abria os olhos via alguns rostos conhecidos, as vezes outros desconhecidos, eu não sabia explicar bem, muitas das vezes eu sentia que estava apenas alucinando.

Eu tinha perdido a noção de tempo, desde que ouvi a voz de Draco dizendo que ia procurar ajuda, mas ele não voltava nunca:

-Há quantos dias eu estou aqui? -Eu perguntei atordoada de olhos fechados, eu nem sabia se tinha alguém perto de mim.

-Um dia e meio. - Alguém respondeu, parecia ser Dumbledore.

-Padrinho?

-Sim, Criança. - Ele falou meio rouco e cansado.

-O que aconteceu? Onde Draco tá? - Eu não conseguia parar de pensar em Malfoy.

-Ele está do lado de fora, pedi para ficar lá.

-Por que? - Eu perguntei muito fraca.

-Só fique tranquila e descanse.

Comecei a ouvir um barulho de coisas se movendo então percebi que estavam carregando a maca que eu estava através de magia, eu abri os olhos e vi que estava saindo pelos fundos da enfermaria subindo um andar da ala hospitalar.

Comecei a ouvir vozes, parecia uma mulher falando e eu não conseguia entender muito bem até perceber que minha maca parou e a voz dela estava bem ao meu lado direito:

-Pobrezinha! Quem poderia ter feito isso com uma menina tão jovem?

-Ainda estamos investigando. -Dumbledore falou.

-Ela é? -Ouvi uma voz nova, masculina e muito boa de ouvir, me trazia um conforto estranho.

-Sim, é ela.

-Ela consegue me ouvir? -A voz falou novamente.

-Acredito que esteja dormindo. - O padrinho falou.

-Consigo, ouvir... -Eu falei baixinho, mas ninguém pareceu me escutar.

Senti algo se aproximando de mim, e um cheiro estranhamente familiar um pouco cítrico e marinho, eu não sabia explicar, mas me lembrava um dia de Sol:

-Eu sinto muito te conhecer assim, mas agora que sei da sua existência nunca mais você vai ficar sozinha! - A voz falou com ternura e eu senti um calor no meu coração tão grande que sorri sem mesmo saber quem estava falando.

-Oras, mas isso não foi lindo de ouvir? - A voz da mulher soava chorosa.

-Eu fico feliz senhora Kowalski de que tenham vindo ajudar Sun. - Dumbledore falou.

-No começo Hunter achou que estávamos mentindo, mas desde criança estávamos o preparando para esse momento de reencontro, só não sabíamos que ia ser nessas condições.

-Acho que no fundo eu sempre soube que tinha uma irmã, mas o mais ícrivel é ela ser a minha gêmea. - A voz masculina soava.

"Gêmea?" Meu coração acelerou e eu mal sabia no que pensar ouvindo aquilo, comecei a achar que ainda estava presa em algum tipo de sonho maluco.

Eu não tinha forças pra falar, mas prestava atenção em tudo o que acontecia, senti duas mãos bem quente em meus braços e algo como se fosse uma agulha me espetar, me encolhi um pouco e então tentei abrir os olhos.

Vi madame Pomfrey preparando um tipo de bolsa com um líquido escuro, ao meu lado percebi que tinha alguém deitado ligado a essa bolsa, e em volta dessa pessoa uma equipe estava fazendo um tipo de magia.

Eu não conseguia entender, eu podia ouvir ele gemer parecia que ele sentia dor, então tentei levantar a cabeça pois eu também comecei a sentir dor, só conseguia pensar:

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