[13] Próximos.

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              #GarotoDasBandanas🥪

Ao acordar, a primeira coisa que Park fez foi ficar repassando o dia de ontem em sua cabeça, foi inevitável que um sorriso bobo não nascesse em seus lábios ao se lembrar de como Jungkook estava confiante ontem, ou ao menos parecia, talvez a bandana azul forte realmente tivesse feito efeito.

O jeito que ele se defendeu da mulher do caixa dizendo que ela não tinha que interferir em sua orientação sexual, ou também o modo que ele conseguiu calar a menina que estava passando a mão em Jimin, o peito do mais velho se enchia de orgulho apenas em lembrar. Com toda certeza, ele não era o  garotinho bobo que aparentava ser, talvez seu jeito fofo ou sua carência enorme, fossem os verdadeiros motivos para que as pessoas pensassem que ele aguentaria ouvir tudo calado, sem se defender – até Park pensou isso, por um breve momento –, mas sentiu orgulho ao vê-lo lidar tão bem com aquele tipo de situação.

Outra coisa que não saiu de sua cabeça, foi aquela menina que lhe tocou, e a forma que ele não se sentiu à vontade com isso, foi algo tão rápido e repentino, que mal teve tempo para raciocinar de fato que estava acontecendo ali.

Conseguiu se recordar brevemente dela, nada muito claro, porque no momento em que ficou com ela, já não estava mais raciocinando bem, a bebida já tinha tomado todo seu corpo, estava completamente mole e já não falava coisa com coisa. Pela sua recordação, a menina estava da mesma forma quando chegou pedindo para dançar consigo. Depois daí, as únicas coisa que se lembrava era das luzes fortes da pista de dança começarem a piscar de forma aleatória, e do seu estômago embrulhado após uma tontura breve.

Tudo bem que no outro dia, depois de muita insistência e um certo peso na consciência, disse que ligaria para ela o quanto antes, e embora qualquer pessoa soubesse  que isso era mentira, a garota realmente levou a sério, e esperou por ela.

Park não ficou com muitas pessoas, e era justamente por isso que era tão cobiçado na escola e em outros lugares, mas aquela foi uma exceção que ele não se orgulhava, afinal, ambos estavam meio bêbados, embora conscientes de seus atos.

Mas não julgava a mulher por cobrar uma ligação após aquela noite, até porque qualquer pessoa queria ter ao menos uma chance de poder provar dos belos lábios de Park, e como a mesma teve essa sorte, achou que poderiam tentar algo a mais.

Mas não é como se ele fosse um monstro, a menina loira chegou em um momento de fraqueza, e o mesmo acabou cedendo, porque naquele momento, mesmo fraco pela bebida, estava carente, era assim que ele ficava quando passava dos limites na bebida, só uniu o útil ao agradável.

O que fizeram naquela noite foi totalmente esquecido no outro dia por ele, mas para ela parece que as coisas não tinham ficado tão claras assim, caso contrário não teria agido daquela forma no mercado, como se ele devesse alguma explicação, ou fosse obrigado a aturar aquele tipo de comportamento.

A forma como Jungkook o defendeu naquela hora, fez Park se sentir tão bem, porque mesmo com a evidente vergonha ao ser exposto como seu namorado apenas para despistar a garota, ele não exitou em nenhum momento em o ajudar, porque sabia que Jimin precisava dele. E naquele momento no mercado enquanto Jungkook informava para a mulher que aquilo não era certo, Park se sentiu protegido, o que era engraçado, porque geralmente era ao contrário.

Ele sorriu mais uma vez com a lembrança.

Jungkook também poderia ser seu escudo, e se enganou ao pensar que teria que cuidar do menino sempre, afinal, Jeon também estava cuidado dele desde o momento em que chegou, só não tinha percebido ainda.

Os abraços, os lanches e até os filmes que Kook colocava quando queria dizer alguma coisa de forma indireta, eram provas disso.

E conforme as lembranças da noite passada iam aparecendo, ele ia entrando em desespero, ficou assim praticamente a noite toda, só conseguiu pregar os olhos quando viu o dia amanhecer, pois seus pensamentos sempre acabavam em uma única pessoa:

Um Inquilino e MeioOnde histórias criam vida. Descubra agora