[34] Amor e seus significados.

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Para Taehyung, a coisa que ele mais ansiava preservar era o seu coração, a fim de evitar toda a sofrência e angústia que um amor pudesse causar ao ter a relação rompida, e acreditou nisso fielmente desde o dia em que decretou que não aceitaria viver da mesma forma que sua família. Só não contava que essa preservação toda fosse a causa da sofrência e da angústia que tanto tentava evitar.

Para aquele momento, lhe era oferecido vários lanches em formato de coração coração por Kook, um café bem forte feito por Jimin, e um vick – dos bons – que Jin tinha feito questão de comprar, isso porque o nariz dele estava entupido de tanto chorar, precisava cheirar algo para desentupir.

Os meninos estavam preocupados, combinaram de se reunir na casa de Namjoon e Jin, infelizmente aquela festa do pijama não seria tão feliz quanto as outras. O motivo era porque notaram que havia algo de errado com Taehyung.

Quem poderia não notar? Estava claro para qualquer um, até mesmo para Kook.

Aquela reunião era para demonstrar apoio, e saber o que estava rolando. Conversas como aquelas nem sempre eram boas, mas sempre eram necessárias.

Por isso estavam daquela forma: Jimin tinha emprestado o abraço de Jungkook, Tae aparentava precisar daquele carinho mais do que ele naquele momento.

O abraço de Jeon era como um remédio, capaz de curar as feridas internas, amenizar a dor e transformá-la em cicatrizes. Mais eficaz do que qualquer medicamento, mas Taehyung nem ao menos conseguia dizer onde estava doendo, era…novo.

— Tae…eu não gosto de te ver assim. – A voz de Jungkook era como música para seus ouvidos. O tom de voz carinhoso, o cuidado com as palavras, o carinho que fazia em seu cabelo, tudo fazia Tae se sentir tão acolhido e protegido.

Apesar de notar a preocupação e curiosidade dos meninos, Tae não queria ser a primeira pessoa a tocar no assunto. Nem sabia como explicar o que estava acontecendo.

Seria muito mais fácil se alguém viesse lhe explicar tudo aquilo que estava sentindo, apresentando argumentos válidos, porque para ele nada estava fazendo sentido, pelo menos naquele momento.

— Eu vou ficar bem, gracinha. – Tranquilizou, fungando mais uma vez. — Eu tô gripado só…não entendi esse alvoroço todo. O Yoongi me sequestrou e me trouxe pra cá, vocês sabem disso, né?

A brincadeira arrancou risos soprados dos meninos, que não duraram muito tempo, eram sorrisos preocupados, preguiçosos, daqueles que serviam de preparação para alguma pergunta séria. Não existia nada mais triste do que ver um deles tentando esconder a dor com piadas e assuntos aleatórios.

A voz de Tae estava embargada, o nariz entupido, vermelho, os olhos inchados, era claro que não era gripe. 

— É o seguinte…O Jungkook pediu pra eu ser cuidadoso com as palavras, mas você me conhece, né? – Jimin foi quem iniciou o assunto.Taehyung sabia que teria que contar mais cedo ou mais tarde, mas estava tentando adiar ao máximo. 

Ele respirou fundo, antes de autorizar:

— Manda a pergunta logo, bestão. – Rolou os olhos, se aconchegando ao abraço de Kook.

— Fala pra gente o que rolou de verdade, Tae… 

— Eu juro que meu coração está quebrado em mil pedaços agora. – Jin dedilhou o rosto dele, limpando seu rosto com o dedão.  — Só diga o que está rolando…pode contar com a gente, garoto.

— Não fiquem agindo como se eu estivesse morrendo… – Franziu as sobrancelhas e limpou o nariz. — Isso faz eu me sentir um idiota.

— Você é o nosso idiota… – Yoongi respondeu, dando de ombros. Ainda sim, não conseguiu dar risada, nenhum deles conseguiu. O assunto era sério, sabiam disso. 

Um Inquilino e MeioOnde histórias criam vida. Descubra agora